Boletim Focus, setor de serviços e indicadores de inflação nos EUA e China movimentam mercados, enquanto Europa e Ásia apresentam dados secundários; atenção ao impacto no câmbio, juros e ações.
A segunda-feira (13/10) começa intensa para os mercados globais, com a divulgação de uma série de indicadores econômicos relevantes que podem influenciar a Bolsa, os juros, o câmbio e títulos públicos. No Brasil, o foco estará no Boletim Focus, divulgado às 08h25, e no crescimento do setor de serviços, com dados mensais e anuais para agosto, programados para 09h00.
O mercado projeta que o crescimento mensal do setor de serviços fique em 0,3% (ante 0,3% no mês anterior), enquanto o crescimento anual deve registrar 2,8%, mantendo a estabilidade frente ao valor anterior. Esses números podem afetar a percepção sobre o ritmo da economia e a trajetória da taxa Selic.
Nos EUA, os investidores seguem de perto os efeitos do shutdown que já dura 12 dias. Entre os principais indicadores, destacam-se o Índice de Tendência de Emprego (08h00, USD), com valor anterior de 106,41, e os Gastos de Construção (08h00, USD), projetados em -0,1%, repetindo o resultado de agosto. Além disso, será divulgado às 11h00 o dado de Vendas no Atacado (mensal, agosto), com expectativa de alta de 1,4%.
Ainda nos EUA, haverá uma sequência de discursos de autoridades monetárias, incluindo Paulson (13h10), Powell (12h30) e membros do Fed como Waller e Collins (16h25 e 16h30). Estes pronunciamentos podem gerar volatilidade nos mercados de ações, títulos e câmbio, considerando o impasse fiscal em Washington.
Na China, dados de comércio exterior e inflação devem chamar atenção. Às 00h00, serão divulgadas as Exportações e Importações (Outubro), com projeções anuais de 6,0% e 1,5%, respectivamente, ante 4,4% e 1,3% anteriormente. A balança comercial em USD é esperada em 98,96 bilhões (ante 102,33B). O IPC mensal (22h30) projeta ligeira alta de 0,2%, ante queda anterior de -0,4%.
Na Europa, a Alemanha divulga indicadores de preços por atacado às 03h00, com expectativas de 0,7% no acumulado anual e -0,6% no mensal, reforçando o monitoramento da inflação ao produtor. Ainda na região, serão realizados leilões de títulos alemães e franceses (06h30 e 10h00), e o saldo das transações correntes da zona do euro (09h00) traz referência de 14,8 bilhões.
No Reino Unido, dados de varejo do BRC (20h01) e discursos do BoE (16h10) poderão influenciar a libra e os mercados de renda fixa locais, enquanto o índice ZEW da Alemanha (06h00) fornece insights sobre a percepção econômica, com expectativas de 37,3, frente a 26,1 no mês anterior.
Na Ásia e Oceania, destaque para o PIB trimestral de Singapura (21h00), com crescimento anual de 4,4%, e indicadores do RBA da Austrália (21h30), incluindo atas da política monetária e confiança empresarial NAB. O mercado projeta leve estabilidade em indicadores de confiança, influenciando a percepção sobre a trajetória dos juros na região.
Indicadores secundários da Nova Zelândia incluem o desempenho no setor de serviços (18:30, NZD), projetado em 47,5, e as vendas no varejo (18:45), com projeção anual de 0,9% e mensal de 0,7%. Esses dados servem de termômetro para o consumo interno e impacto em moedas e ações locais.
No Japão, a divulgação da massa monetária M2 (20h50) e do agregado M3 oferece pistas sobre liquidez, enquanto no Singapura, os dados do PIB trimestral podem influenciar decisões de investimento no Sudeste Asiático.
Para os investidores, a combinação de dados do Brasil e EUA será determinante para o movimento de mercados globais, especialmente considerando o impacto do shutdown americano, a expectativa para o Boletim Focus e os resultados do setor de serviços. Europa e Ásia oferecem suporte analítico, mas a atenção permanece voltada para os indicadores que podem definir a trajetória de juros e câmbio.
O cenário global sugere que bolsas, títulos públicos e moedas reagirão de forma segmentada: expectativas de inflação e crescimento nos EUA e China podem gerar pressão sobre os Treasuries e o dólar, enquanto dados robustos no Brasil podem fortalecer o real e influenciar a curva de juros local.
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