CSN recebe multa de R$128,1 milhões do Cade; siderúrgica promete recorrer

Decisão do Tribunal Regional Federal da 6ª Região leva Cade a multar a CSN por venda tardia de ações da Usiminas; ação CSNA3 fecha em alta de 1,63% e investidores acompanham repercussão

A Cia Siderúrgica Nacional (BOV:CSNA3) informou nesta quinta-feira (23/10) que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aplicou uma multa de R$128,1 milhões, após decisão monocrática de desembargadora do Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6), relacionada à venda de ações da Usiminas (USIM5) realizada fora do prazo estipulado.

O caso, que gerou discussão entre a área técnica do Cade e os conselheiros da autarquia, envolve uma determinação de venda de ações compradas da Usiminas, cujo cumprimento atrasado motivou a penalidade. A CSN destacou que a decisão vai contra a análise da área técnica e os votos de dois conselheiros, incluindo o presidente do Cade, que não reconheceram qualquer inadimplemento.

Em nota oficial, a siderúrgica informou que adotará todas as medidas legais cabíveis para assegurar seus direitos, incluindo os recursos contra a decisão monocrática do TRF-6. A empresa reforçou seu compromisso com a governança e o cumprimento das normas regulatórias, ressaltando que o episódio não impacta sua operação siderúrgica nem seus projetos de investimento.

No pregão desta quinta-feira (23/10), as ações CSNA3 fecharam cotadas a R$8,75, apresentando alta de 1,63% em relação ao preço anterior de R$8,61. O pregão registrou oscilação entre R$8,63 e R$8,78, refletindo a atenção do mercado ao anúncio da multa e às perspectivas de recursos judiciais.

A Cia Siderúrgica Nacional é uma das maiores siderúrgicas do Brasil, atuando na produção de aço, mineração e logística de ferro gusa, com concorrentes como Gerdau (GGBR4), Usiminas (USIM5) e ArcelorMittal Brasil. A empresa também participa de projetos de expansão industrial e mantém presença ativa em mercados internacionais.

Para os investidores que acompanham a CSN (CSNA3) na bolsa de valores, o evento reforça a importância de monitorar decisões regulatórias e jurídicas que podem impactar o preço das ações e a percepção do mercado.