Dívida Líquida e balanço orçamentário no Brasil. Ibovespa sobe 0,5% nesta sexta-feira

Nesta sexta-feira (31/10), os mercados brasileiros acordaram com uma agenda carregada de indicadores fiscais, começando às 08:30 com o Dívida Líquida/PIB (Set), Balanço Orçamentário (Set), Superávit Orçamentário (Set) e Dívida Bruta/PIB (Mensal) (Set), seguidos pela Taxa de Desemprego (Set) às 09:00. Os dados fiscais vieram piores que as estimativas do mercado, sinalizando maior endividamento público, enquanto o desemprego alinhou-se às expectativas, sem surpresas. O Ibovespa (BOV:IBOV) reagiu em linha, avançando 0,5% para 149.540,43 pontos, com o Futuro do Ibovespa (BMF:WINFUT) abrindo em alta moderada, refletindo otimismo seletivo em ações cíclicas apesar das preocupações com contas públicas.

O Dívida Líquida/PIB de setembro registrou 64,8%, acima da projeção de 64,2% e do resultado anterior de 64,2%, indicando uma leve deterioração na relação dívida sobre o produto interno bruto, enquanto o Balanço Orçamentário veio em -102,185 bilhões de reais, pior que os -86,100 bilhões projetados e os -91,516 bilhões anteriores, destacando um rombo fiscal maior do que o esperado no período.

O Superávit Orçamentário de setembro ficou em -17,452 bilhões de reais, ligeiramente abaixo da estimativa de -17,255 bilhões, mantendo a tendência de déficits persistentes, e a Dívida Bruta/PIB (Mensal) subiu para 78,1%, superando a projeção de 77,5%, o que reforça alertas sobre a sustentabilidade das finanças públicas em um cenário de juros elevados.

Esses indicadores fiscais, quando saem acima das expectativas em termos de endividamento, geralmente pressionam o mercado de ações ao elevar temores de cortes em gastos ou aumentos tributários, o que freia o consumo e investimentos; no câmbio, o real tende a se desvalorizar frente ao dólar, como visto na paridade dólar americano – real brasileiro (FX:USDBRL) em 5,3761 com leve queda de -0,0074, e nos títulos públicos, os yields dos contratos de juros (BMF:DI1FUT) sobem, encarecendo o financiamento do governo e impactando a curva de juros.

A Taxa de Desemprego de setembro foi divulgada às 09:00 em 5,6%, alinhada à projeção de 5,5% e estável em relação aos 5,6% anteriores, sugerindo um mercado de trabalho resiliente, embora com sinais de desaceleração sutil no setor de serviços.

Dados de desemprego como esse, quando em linha ou melhores que o esperado, costumam impulsionar ações de consumo e varejo no Ibovespa, ao sinalizar maior poder de compra da população; no câmbio, fortalecem o real ao atrair fluxos estrangeiros em busca de estabilidade social, e nos títulos, ajudam a conter yields ao reduzir apostas em estímulos fiscais expansionistas.

A reação imediata do mercado nesta sexta-feira (31/10) foi de cautela mista, com o Ibovespa (BOV:IBOV) em 149.540,43 pontos após alta de 0,5%, e a paridade dólar-real (FX:USDBRL) em 5,3761 com variação negativa de -0,0074, onde os indicadores fiscais ruins geraram volatilidade maior, elevando prêmios de risco em blue chips como Petrobras (BOV:PETR4) | (BOV:PETR3), enquanto o desemprego estável amorteceu perdas em setores sensíveis ao emprego.

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