EUA: O Tesouro aumenta a taxa de juros dos títulos da Série I para 4,03%

O Tesouro dos Estados Unidos deu uma notícia positiva para investidores que buscam segurança e proteção contra a inflação. Na sexta-feira (31/10), o Departamento do Tesouro anunciou um aumento na taxa de juros dos títulos de poupança da Série I adquiridos a partir de agora. Esta revisão semestral coloca o rendimento anual em uma taxa mais atraente.

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A partir desta segunda-feira (01/11) e até 30 de abril de 2026, os novos títulos I renderão 4,03% ao ano. Este valor supera a taxa de 3,98% que estava vigente até o dia 31 de outubro. A composição deste rendimento é clara: uma parte fixa de 0,90% soma-se a uma componente variável de 3,12%, que espelha diretamente os dados mais recentes da inflação. Esta estrutura é a grande vantagem do produto, pois garante que o retorno acompanhe o custo de vida.

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Um porta-voz do Tesouro comentou a decisão, afirmando: “A nova taxa, que muda a cada seis meses, é composta por uma parcela variável de 3,12%, baseada em dados de inflação, e uma parcela fixa de 0,90%”. Esta transparência é um dos pilares que fortalece a confiança dos investidores neste ativo.

Para se ter uma ideia do poder destes títulos em momentos de alta inflação, é só olhar para o passado recente. “A taxa dos títulos do tipo I atingiu seu ponto mais alto, de 9,62%, em maio de 2022, quando os níveis de inflação atingiram o pico e muitos investidores correram para investir, já que esses ativos são vistos como uma proteção contra o aumento dos custos, pois sua taxa de juros está diretamente atrelada à taxa de inflação”.

Impacto nos Mercados
Embora os títulos I não sejam negociados no mercado secundário como ações, o aumento da sua taxa pode influenciar o sentimento do investidor global. Uma taxa mais alta em um ativo livre de risco como este pode tornar os investimentos de renda fixa norte-americanos mais atrativos em relação a ativos de maior risco de outros países. Isso pode exercer uma pressão de valorização sobre o dólar norte-americano (FX:USDBRL) e, potencialmente, reduzir o apetite por renda variável em mercados emergentes, direcionando mais capital para a segurança do Tesouro dos EUA. No cenário doméstico, a alta reforça a percepção de que a política monetária mantém um viés restritivo, o que pode conter os ânimos na bolsa de valores local.

Contexto Atual do Ativo
O movimento do Tesouro norte-americano ao aumentar o rendimento dos títulos I sinaliza uma contínua adaptação ao cenário inflacionário global. Para o investidor brasileiro, isso reforça a atratividade da renda fixa internacional como um componente de diversificação e proteção em uma carteira. Enquanto o Ibovespa (BMF:IBOV) navega entre incertezas domésticas e externas, ativos lastreados em dólar e com garantia governamental, como os títulos I, se apresentam como um porto seguro em meio à volatilidade, oferecendo um retorno real potencialmente positivo.

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