A semana (13 a 17 de outubro) foi marcada por fortes perdas entre as Small Caps da B3, com a Gafisa (GFSA3) registrando a maior desvalorização do índice, caindo 11,30%. O movimento reflete tanto a volatilidade histórica da companhia quanto sinais técnicos recentes que indicam pressão vendedora, embora existam também alertas de possíveis reversões de alta.
Entre as ações que mais recuaram, também se destacam Multilaser Industrial (MLAS3, -10,10%) e Oncoclínicas Brasil (ONCO3, -10,00%), mostrando que o segmento de Small Caps enfrentou uma semana de ampla oscilação. A seguir, o ranking das principais perdas do índice nesta semana:
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VVEO3 – CM Hospitalar ON: -9,65%
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ONCO3 – Oncoclínicas Brasil ON: -10,00%
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MLAS3 – Multilaser Industrial ON: -10,10%
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GFSA3 – Gafisa ON: -11,30%
No pregão de sexta-feira (17), a ação GFSA3 apresentou leve recuperação, fechando em R$ 6,15, alta de 0,49% no dia, com máxima em R$ 6,45 e mínima em R$ 5,89. Apesar disso, o desempenho semanal reflete uma série de fatores que ainda pressionam a companhia.
O desempenho negativo do Small Caps na semana refletiu fatores setoriais e corporativos distintos. No segmento de saúde, Oncoclínicas Brasil ON (BOV:ONCO3) registrou queda de 10,00% após preocupações com margens operacionais e expectativas de crescimento menos agressivas no setor hospitalar. Já o varejo, com Magazine Luiza ON (BOV:MGLU3) recuando 7,18%, sofreu pressão devido a relatórios de vendas abaixo do esperado e ajustes na estratégia de expansão. O Grupo Pão de Açúcar ON (BOV:PCAR3), por sua vez, caiu 6,33%, pressionado por mudanças de liderança e expectativa de margens mais apertadas no setor supermercadista.
Outros destaques negativos da semana incluíram UNIPAR PNB (BOV:UNIP6, -6,38%), Simpar ON (BOV:SIMH3, -6,47%), PRINER ON (BOV:PRNR3, -5,03%) e CVC Brasil ON (BOV:CVCB3, -4,57%), refletindo pressões setoriais em química, logística e turismo. Brava Energia ON (BOV:BRAV3, -4,22%) também sofreu impactos devido a auditorias da ANP, que limitaram parcialmente sua produção na Bacia Potiguar.
O setor imobiliário e de construção civil apresentou perdas relevantes, com JSL ON (BOV:JSLG3, -4,21%) e Gafisa ON (BOV:GFSA3, -11,30%) pressionando o Small Caps em meio a ajustes de expectativas sobre lançamentos e vendas líquidas nos próximos trimestres. No segmento de tecnologia e serviços, Locaweb ON (BOV:LWSA3, -2,43%) e Positivo Tec ON (BOV:POSI3, -2,45%) também registraram queda, refletindo cautela dos investidores diante da desaceleração em investimentos corporativos.
No setor financeiro, ABC Brasil PN (BOV:ABCB4, -1,57%) e IRB Brasil ON (BOV:IRBR3, -3,14%) tiveram retração devido à volatilidade de mercado e notícias sobre ajustes regulatórios e provisões de risco. O setor alimentício também registrou baixas, com Natura Cosméticos ON (BOV:NATU3, -3,66%) e São Martinho ON (BOV:SMTO3, -2,25%), pressionadas por custos elevados de insumos e volatilidade cambial.
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Outros setores afetados incluem transporte e logística, com Armac Locação e Logística ON (BOV:ARML3, -3,14%) e IoCHP-Maxion ON (BOV:MYPK3, -2,36%), refletindo ajustes operacionais e impactos de contratos recentes. O setor de energia e saneamento também teve participação na semana negativa, com Brava Energia ON (BOV:BRAV3, -4,22%) e TEGMA ON (BOV:TGMA3, -0,61%).
O índice Small Caps (BOV:SMLL) encerrou a semana aos 2.130,83 pontos, ligeiramente abaixo do fechamento anterior, mostrando que, apesar das pressões de algumas grandes quedas, o mercado buscou estabilidade nas demais ações do índice.
Entre as empresas de menor capitalização, destacam-se Multilaser Industrial ON (BOV:MLAS3, -10,10%) e CM Hospitalar ON (BOV:VVEO3, -9,65%), refletindo maior sensibilidade a notícias corporativas e menor liquidez no mercado.
No setor varejista, perdas significativas foram registradas por Casas Bahia ON (BOV:BHIA3, -2,81%) e CVC Brasil ON (BOV:CVCB3, -4,57%), impactando investidores que acompanham tendências de consumo.
O desempenho setorial mostra que setores cíclicos, como varejo, saúde e construção civil, lideraram as quedas, enquanto segmentos defensivos ajudaram a mitigar perdas mais expressivas do Small Caps na semana.
O Índice Small Caps (BOV:SMLL) reflete a diversidade de setores e a volatilidade típica de empresas de menor capitalização, reforçando a importância de análise detalhada para investidores que buscam oportunidades e gerenciam riscos no mercado de ações.
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📊 Análise técnica da Gafisa
O estudo gráfico da Gafisa indica padrões mistos: candlesticks recentes mostram sinais de baixa, como Três Corvos Negros e Engolfo de Baixa, mas também surgiram sinais de reversão, como o Martelo (Hammer) registrado em 14 de outubro.
Indicadores técnicos reforçam essa dualidade: 46,15% apontam tendência de baixa, 23,08% sinalizam alta e 30,77% permanecem neutros. Entre os pontos de atenção, a resistência em R$ 7,05 pode abrir caminho para novos testes em R$ 7,70 e além, com potencial de upside histórico de 578,51%, enquanto o suporte em R$ 1,22 representa um piso relevante para o papel.
🏢 Contexto corporativo
A Gafisa vem enfrentando desafios estruturais e societários nos últimos anos. Em agosto de 2025, a companhia concluiu um aumento de capital que levantou R$ 88,67 milhões com a emissão de 4,43 milhões de ações. Apesar desse reforço financeiro, o histórico de pedidos de falência em 2024 e conflitos entre acionistas, especialmente envolvendo o majoritário Nelson Tanure, ainda gera incerteza no mercado.
O foco estratégico da Gafisa segue voltado para o segmento de alto padrão, com projetos concentrados em São Paulo e Rio de Janeiro. Após o período de forte desvalorização em 2024, que chegou a -83%, a companhia registrou lucro líquido de R$ 21,1 milhões no 1T25, sinalizando tentativa de recuperação gradual.
🔍 Perspectivas
Para analistas técnicos e investidores, a Gafisa apresenta um quadro misto: indicadores de sobrevenda sugerem que o papel pode iniciar um movimento de recuperação, mas o histórico de volatilidade e os desafios corporativos exigem cautela. Acompanhamento diário é recomendado para avaliar possíveis rompimentos de suporte ou resistência.
Todas as análises técnicas apresentadas neste artigo foram obtidas por meio da ferramenta Scanner ADVFN, uma plataforma avançada que permite acompanhar em tempo real o comportamento de ações, identificar padrões de candlestick, suportes e resistências, e interpretar diversos indicadores técnicos de forma prática e confiável. Ao utilizar o Scanner ADVFN, investidores têm a vantagem de visualizar rapidamente quais ativos estão em tendência de alta ou baixa, monitorar sinais de reversão e tomar decisões mais informadas, sem depender apenas da intuição. A ferramenta também facilita comparações entre diferentes períodos e ativos, oferecendo um panorama completo do mercado de ações da bolsa de valores, tornando a análise mais eficiente e acessível tanto para investidores iniciantes quanto para profissionais experientes.
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