
O Ibovespa encerrou esta sexta-feira (19/12) em alta, refletindo um ambiente de maior apetite ao risco nos mercados globais, especialmente após o avanço das ações de tecnologia em Wall Street, em uma das últimas semanas cheias de pregões antes do fim do ano. O principal índice da bolsa brasileira avançou 0,35%, aos 158.473 pontos, apesar de acumular queda de 1,43% na semana. O volume financeiro negociado somou R$ 22,8 bilhões, bem acima da média móvel de 50 pregões, de R$ 17,3 bilhões, sinalizando maior participação dos investidores. O contrato futuro do Ibovespa também operou em campo positivo ao longo do dia, acompanhando o mercado à vista.
Juros futuros recuam e sustentam desempenho do mercado acionário
O desempenho do mercado de ações brasileiro foi sustentado pelo fechamento da curva de juros futuros, com quedas de até 12 pontos-base nos vértices mais longos. O movimento ocorreu após declarações do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, ao afirmar que não há “porta fechada” para decisões futuras do Copom. O mercado interpretou a sinalização como possível abertura para um corte da taxa Selic já na reunião de janeiro, o que reduziu o prêmio de risco e favoreceu ativos de renda variável.
Cenário político doméstico tem impacto limitado sobre os ativos
No campo político, os investidores minimizaram as discussões recentes sobre o cenário eleitoral de 2026. Especulações envolvendo o senador Flávio Bolsonaro e declarações do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que reforçou foco administrativo no estado e articulações na direita para um projeto nacional, não chegaram a provocar volatilidade relevante nos mercados.
Bolsas globais sobem apesar de alta nos rendimentos dos Treasuries
No exterior, Wall Street encerrou o dia em alta, com ganhos nos índices Dow Jones, S&P 500 e Nasdaq 100, mesmo diante da elevação dos rendimentos dos Treasuries. O movimento ocorreu após o Banco Central do Japão elevar sua taxa de juros ao maior nível em três décadas, o que impulsionou o dólar globalmente. O dólar futuro no Brasil subiu 0,31%, a R$ 5,554, enquanto o índice DXY avançou 0,28%, limitando ganhos mais expressivos do Ibovespa.
Destaques positivos no noticiário corporativo impulsionam o índice
No noticiário corporativo, ações de grande peso ajudaram a sustentar o Ibovespa. Entre as maiores contribuições em pontos estiveram Vale, Itaú Unibanco e Embraer, com altas de 0,71%, 0,92% e 1,41%, respectivamente. Entre as maiores altas percentuais do índice, destacaram-se Braskem, impulsionada por novos contratos de longo prazo com a Petrobras, CVC Brasil e IRB Brasil Resseguros, que avançaram 6,56%, 4,12% e 2,50%.
Ações em queda e papéis mais negociados do dia
Na ponta negativa, CSN e CSN Mineração recuaram após o anúncio de reorganização societária envolvendo a MRS. Fora do índice, as ações do Grupo Mateus registraram forte queda após corte de recomendação por analistas. Já entre os papéis mais negociados do dia, Vale, Itaú e Petrobras concentraram o maior volume financeiro, refletindo o interesse dos investidores institucionais.
Mercado de juros reforça expectativa cautelosa sobre política monetária
O mercado de juros futuros teve mais um dia de fechamento da curva, com quedas mais intensas nos vencimentos longos, enquanto os prazos curtos e médios também recuaram de forma moderada. O movimento refletiu a leitura de maior flexibilidade na condução da política monetária pelo Banco Central. Contratos do DI futuro registraram quedas de até 12 pontos-base, reforçando a percepção de que o mercado passou a precificar, com cautela, uma eventual redução da Selic nos próximos encontros do Copom, mesmo em um cenário internacional de juros ainda elevados.
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