
O alívio veio, mas ainda é mínimo para o bolso do consumidor. A taxa de juros do rotativo do cartão de crédito deu uma trégua em setembro, mas continua em níveis que figuram entre os mais altos de todo o sistema financeiro. Segundo dados divulgados pelo Banco Central, o índice anual caiu de 447,9% para 443,3%. Uma queda simbólica que não tira o rotativo do posto de modalidade de crédito mais cara do país.
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Para entender o peso no orçamento, é preciso lembrar que o rotativo é aquela linha de crédito pré-aprovada que entra em cena quando o cliente não consegue pagar a fatura integral do cartão. Ele também engloba os saques realizados na função crédito. A legislação atual, que entrou em vigor em 3 de janeiro de 2024, trouxe um freio importante. O Conselho Monetário Nacional (CMN) limitou os juros do rotativo e do parcelado a 100% do valor original da dívida. Isso significa que, por lei, o valor devido não pode dobrar apenas com os encargos financeiros. Apesar desse teto, os números de setembro mostram que as taxas praticadas continuam extremamente elevadas, refletindo o custo histórico do crédito no Brasil.
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O cenário para outras modalidades também foi misto. No parcelamento da fatura do cartão, houve uma leve queda, com a taxa indo de 180,7% para 178,3% ao ano. Já a taxa média total do cartão de crédito, que agrega todas as suas operações, ficou praticamente estável em 90,1% ao ano. Enquanto isso, o cheque especial, outra linha de crédito de curto prazo conhecida pelo alto custo, seguiu na contramão e registrou aumento: sua taxa média subiu de 138,2% para 141% ao ano no período.
Com a implementação das novas regras do CMN, o mercado financeiro projeta que as taxas devem apresentar reduções graduais nos próximos meses. A expectativa é que, com o tempo, os bancos ajustem suas carteiras e o custo do dinheiro se torne mais previsível. No entanto, especialistas são unânimes em alertar que a ferramenta mais poderosa continua sendo o uso consciente. Pagar a fatura integralmente segue sendo a estratégia mais eficaz para escapar da roda-viva do endividamento.
Impacto no Mercado:
Embora a notícia sobre os juros do cartão reflita diretamente no custo de vida do consumidor, seu efeito imediato sobre a bolsa de valores e os preços de ações específicas tende a ser indireto. Uma trajetória de queda consistente dessas taxas poderia, no médio prazo, sinalizar um ambiente de crédito mais saudável, potencialmente aumentando o poder de compra das famílias e impactando positivamente os resultados de varejistas e do setor de consumo cíclico. No entanto, com os juros ainda em patamares exorbitantes, esse efeito positivo ainda é uma promessa distante. Para o câmbio (FX:USDBRL) e os títulos, a notícia por si só não é um driver significativo, mas integra um quadro mais amplo de custo de crédito no país, que é monitorado pelos investidores.
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