Curva de juros fecha o dia em queda, com contratos longos refletindo menor percepção de risco fiscal e cenário externo mais estável.
O mercado de juros futuros encerrou a quarta-feira (08/10) em queda generalizada, com destaque para os vértices longos da curva de juros, que recuaram diante de um ambiente externo mais benigno e de expectativas de menor volatilidade no câmbio. O dia foi de viés de alívio para a renda fixa local, em meio à percepção de que o Banco Central pode manter a taxa Selic estável por mais tempo, reforçando a ancoragem das expectativas de inflação.
🔹 Destaques da curva de juros
A sessão foi dominada por movimento de queda nas taxas, com destaque para os contratos com vencimento em janeiro de 2028 (BMF:DI1F28), que recuaram 0,44%, fechando a 13,475%, e os contratos com vencimento em janeiro de 2030 (BMF:DI1F30), que caíram 0,37%, a 13,535%.
Na parte curta da curva, o contrato com vencimento em janeiro de 2026 (BMF:DI1F26) destoou levemente do movimento, com pequena alta de 0,01%, encerrando a 14,898%, refletindo ajustes técnicos após o fechamento anterior. O contrato mais líquido do dia foi o DI1F27, com 523,7 mil negócios, que caiu 0,32%, para 14,085%, acompanhando o alívio dos vencimentos intermediários.
🔸 Curto e médio prazos: maior liquidez e estabilidade
Entre os vértices curtos e médios da curva de juros, os contratos com vencimento em janeiro de 2026 (BMF:DI1F26) e janeiro de 2027 (BMF:DI1F27) concentraram os maiores volumes, movimentando 630,7 mil e 523,7 mil contratos, respectivamente. Esses prazos seguem sendo os mais líquidos do DI Futuro, e refletem o posicionamento dos investidores em relação à política monetária do Banco Central.
A leve alta no curto prazo contrastou com as quedas nos vértices intermediários, indicando que parte do mercado ainda precifica um ciclo prolongado de manutenção da taxa básica de juros, mas sem cortes expressivos à frente.
🔻 Longo prazo: alívio fiscal e cautela com cenário político
Nos vértices longos da curva de juros, o movimento foi de queda uniforme. Os contratos com vencimento em janeiro de 2031 (BMF:DI1F31) recuaram 0,29%, para 13,64%, enquanto o janeiro de 2035 (BMF:DI1F35) caiu 0,29%, fechando a 13,73%.
Esses vencimentos mais longos são os mais sensíveis ao cenário fiscal e político brasileiro, e o alívio observado reflete a percepção de menor risco de deterioração das contas públicas no curto prazo. Além disso, a redução da volatilidade nos Treasuries norte-americanos e o dólar mais contido contribuíram para o fechamento das taxas no Brasil.
📊 Curva de juros em queda moderada e atenção à ata do Copom
A leitura geral foi de curva de juros em leve fechamento, com investidores monitorando a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e eventuais sinais sobre o tom das próximas decisões. A expectativa predominante é de manutenção da Selic, o que reforça a atratividade da renda fixa e contribui para a redução dos prêmios de risco embutidos nos contratos futuros de DI.
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