Mercado asiático recuou com tensões EUA-China

As bolsas de valores da Ásia-Pacífico encerraram a quarta-feira (22/10) majoritariamente em baixa, pressionadas pelas incertezas nas negociações comerciais entre Estados Unidos e China. O índice Hang Seng (HSI) de Hong Kong registrou a maior perda entre os principais mercados, refletindo o aumento da aversão ao risco. O principal indicador econômico do dia foi a confiança empresarial chinesa, que mostrou estabilidade, reforçando a cautela dos investidores.

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Na China, os mercados encerraram com leve recuo, após novas declarações do presidente norte-americano Donald Trump sobre a possibilidade de adiar o encontro com Xi Jinping. O índice Shanghai SE (SHA:000001) caiu 0,07%, enquanto o Shenzhen Composto perdeu 0,43%. A confiança empresarial manteve-se em linha com a projeção do mercado, o que indica desaceleração moderada, mas sem deterioração adicional. Historicamente, esse tipo de dado neutro costuma manter a volatilidade contida no câmbio e nos juros chineses.

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No Japão, o Nikkei 225 (JP:N225) ficou praticamente estável, com queda marginal de 0,02%, após dois dias de altas históricas. A confirmação de Sanae Takaichi como nova primeira-ministra manteve o otimismo contido, em meio à expectativa de continuidade das políticas monetárias do Banco do Japão. O resultado veio próximo da projeção de estabilidade, o que sustentou a força do iene frente ao dólar e limitou movimentos bruscos nos rendimentos dos títulos soberanos japoneses.

Em Hong Kong, o Hang Seng (HSI) recuou 0,94%, liderando as perdas regionais. O índice refletiu o aumento da tensão entre Washington e Pequim, além do enfraquecimento das ações do setor imobiliário e de tecnologia. Os investidores reagiram negativamente ao cenário externo, enquanto aguardam possíveis estímulos adicionais do governo local.

Na Austrália, o ASX 200 (ASX:XJO) caiu 0,71%, acompanhando o tom negativo das bolsas asiáticas. Os dados de confiança do consumidor australiano vieram abaixo da projeção e do resultado anterior, indicando enfraquecimento do sentimento doméstico. A expectativa de que o Banco da Reserva da Austrália mantenha juros em níveis elevados pesou sobre o câmbio, com o dólar australiano recuando frente ao dólar norte-americano.

Na Índia, o Nifty 50 (BSE:NIFTY) apresentou leve correção, refletindo cautela antes da divulgação de dados de inflação. A projeção do mercado apontava desaceleração, mas a leitura veio um pouco acima do esperado, o que manteve a pressão sobre os rendimentos dos títulos públicos e o câmbio local. O movimento reforçou o clima de prudência nas bolsas indianas.

A Coreia do Sul destoou da região: o Kospi (KSC:KOSPI) avançou 1,56%, renovando máximas históricas e acumulando seis pregões seguidos de alta. O salto das ações da LG Chem (KSC:051910), que subiram 13% após o fundo britânico Palliser Capital sugerir mudanças estratégicas na companhia, impulsionou o índice. O dado de confiança do consumidor sul-coreano, divulgado acima da projeção e do resultado anterior, apoiou o bom humor dos investidores locais.

No mercado cambial asiático, as moedas da região recuaram frente ao dólar norte-americano (FX:USDINDEX) nas últimas 24 horas, acompanhando o aumento da aversão ao risco. O yuan chinês e o dólar australiano foram as divisas mais afetadas, enquanto o iene japonês manteve leve valorização diante da busca por ativos considerados seguros. Frente ao euro (FX:EURUSD), as moedas asiáticas também mostraram fraqueza moderada.

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