
Desempenho misto na B3 e NYSE reflete cautela global, mas perspectivas de dividendos mantêm otimismo.
Em um dia marcado pela volatilidade no mercado de commodities, a Petrobras (BOV:PETR4) | (BOV:PETR3) | (NYSE:PBR) | (NYSE:PBR.A) registrou variações sutis em suas ações, acompanhando o tom negativo dos preços do petróleo Brent (CCOM:OILBRENT) e WTI (CCOM:OILCRUDE). Apesar dos números robustos de produção divulgados para o terceiro trimestre de 2025, os investidores parecem priorizar a queda nos barris internacionais, que recuaram mais de 1,8% no fechamento desta terça-feira (28/10). Essa dinâmica destaca como o setor de óleo e gás continua sensível a flutuações globais, mas também reforça o apelo da estatal brasileira por sua eficiência operacional no pré-sal.
As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) encerraram o pregão com uma variação quase neutra, subindo apenas 0,03% para R$ 30,01. O dia começou com abertura em R$ 29,98, atingindo máxima de R$ 30,35 e mínima de R$ 29,76, em um volume de mais de 25 milhões de unidades. Essa estabilidade relativa sugere que os compradores institucionais seguraram as perdas, possivelmente atraídos pela prévia de produção que superou expectativas, mas o fechamento tímido reflete a pressão externa do petróleo em baixa. Para investidores iniciantes, é um lembrete de que, em dias como esse, o foco deve estar na tendência de longo prazo, não no ruído diário.
Já as ordinárias (PETR3), não escaparam da cautela geral e caíram 0,22% para R$ 31,90, com abertura em R$ 31,89, máxima de R$ 32,31 e mínima de R$ 31,65, negociando cerca de 14 milhões de papéis. Essa leve desvalorização contrasta com o otimismo gerado pela produção recorde de 3,14 milhões de barris de óleo equivalente por dia no terceiro trimestre, um salto de 17,3% ante o mesmo período de 2024. Analistas apontam que a preferencial se beneficia mais da política de dividendos, enquanto a ordinária sente o peso de direitos de voto em um ambiente de governança sob escrutínio.
Do outro lado do Atlântico, as ADRs da Petrobras na NYSE também sentiram o impacto, mas com sinais mistos que ecoam a resiliência da empresa. O ADR comum PBR avançou 0,34% para US$ 11,90, partindo de abertura em US$ 11,90, com máxima de US$ 12,02 e mínima de US$ 11,80, em um volume robusto de quase 29 milhões de ações. Essa alta modesta pode ser vista como um contraponto à fraqueza do petróleo, impulsionada por fluxos de investidores estrangeiros que valorizam a exposição ao pré-sal sem os riscos cambiais diretos.
A ADR preferencial PBR.A, por sua vez, registrou ganho de 0,27% para US$ 11,21, com abertura em US$ 11,18, máxima de US$ 11,31 e mínima de US$ 11,12, e volume de cerca de 5,6 milhões de unidades. Esses movimentos positivos nas ADRs contrastam com o dia mais volátil na B3, possivelmente devido à diversificação de bases de investidores nos EUA, onde o foco está nos fundamentos operacionais em vez da volatilidade local do real. Para traders experientes, isso ilustra a importância de monitorar arbitragens entre mercados, especialmente em uma commodity tão global quanto o petróleo.
Comparando com os preços do petróleo, o desempenho da Petrobras parece resiliente, apesar da correlação histórica. O Brent fechou em US$ 63,89 por barril, caindo 1,87% com abertura em US$ 63,83, máxima de US$ 64,79 e mínima de US$ 63,51, enquanto o WTI recuou 1,74% para US$ 60,10, abrindo em US$ 60,05, com pico de US$ 61,04 e piso de US$ 59,69. Essas quedas, atribuídas a temores de demanda global enfraquecida pela desaceleração econômica na China e estoques elevados nos EUA, pressionaram o setor inteiro. No entanto, a Petrobras se saiu melhor que a média, com variações próximas de zero na B3 e leves altas na NYSE, graças à sua produção acima da média que mitiga o impacto de preços mais baixos.
- Queda nos preços do petróleo: O recuo de Brent e WTI reflete preocupações com oferta excessiva e demanda fraca, impactando margens de refino da Petrobras.
- Produção recorde no 3T25: O aumento de 17,3% para 3,14 milhões de boe/dia, puxado pelo FPSO Almirante Barroso e pré-sal, sustenta receitas mesmo com barris mais baratos.
- Expectativas de dividendos: Projeções de até R$ 1,02 por ação reacendem interesse, com pagamento previsto para novembro, atraindo yield hunters.
- Estratégia de investimentos: O plano 2025-2029 de US$ 111 bilhões, incluindo exploração na Margem Equatorial (potencial de R$ 419 bi para o PIB), equilibra crescimento e retornos aos acionistas.
- Retomada de projetos: Contratos assinados para Refinaria Abreu e Lima sinalizam foco em processamento doméstico, reduzindo dependência de importações.
No cenário global, a Petrobras se posiciona como uma das poucas petroleiras a evitar perdas acentuadas hoje. A Exxon Mobil (NYSE:XOM) caiu 0,78% para US$ 115,03, com abertura em US$ 115,00 e volume de 9,5 milhões, enquanto a Chevron (NYSE:CVX) recuou 0,60% para US$ 154,35, abrindo em US$ 154,25. Ambas superaram a Petrobras em valor absoluto, mas suas quedas foram mais pronunciadas que as ADRs da estatal, que subiram. A Shell (NYSE:SHEL) teve declínio similar de 0,90% para US$ 74,83, e a TotalEnergies (NYSE:TTE) perdeu 0,54% para US$ 53,48, refletindo pressões europeias em refino.
A ConocoPhillips (NYSE:COP) foi uma das que performaram pior, caindo 2,13% para US$ 86,80, com abertura em US$ 86,70 e alta volatilidade, enquanto a Equinor (NYSE:EQNR) desvalorizou 1,11% para US$ 24,09. Aqui, a Petrobras brilhou com ganhos leves em suas ADRs, superando essas rivais em resiliência, graças à sua exposição ao pré-sal de baixo custo, que isola melhor contra quedas no WTI. Já a Brava Energia (BOV:BRAV3), uma player menor no Brasil, subiu 1,39% para R$ 14,60, mas em escala menor, destacando o peso da Petrobras no Ibovespa.
Esses comparativos revelam que, enquanto gigantes como Exxon e Chevron lidam com custos mais altos em shale americano, a Petrobras ganha com eficiência no offshore brasileiro, posicionando-a melhor para um mercado de petróleo volátil. A PetroRio (BOV:PRIO3) caiu 1,62% para R$ 36,40, e a Petroreconcavo (BOV:RECV3) subiu modesto 0,32% para R$ 12,58, mas nenhuma rivalizou com o equilíbrio das ADRs da Petrobras. Para experientes, isso reforça diversificar com exposição a low-cost producers como a estatal.
Olhando para o futuro, a divulgação do balanço do terceiro trimestre no final de outubro pode ser o catalisador para reversão, especialmente com analistas como o AXP Investimentos mantendo recomendação de compra para PETR4, apesar de corte no preço-alvo para R$ 30,02. A estratégia de dividendos, que distribuiu bilhões no semestre, continua sendo o chamariz, com yield acima de 15% atraindo fundos de renda.
Em resumo, apesar do dia de cautela impulsionado pelo petróleo em baixa, a Petrobras demonstra força operacional que a diferencia no setor. Investidores que buscam estabilidade em commodities voláteis encontrarão na estatal um porto relativamente seguro, impulsionado por produção e payouts generosos.
A análise acima foi realizada pela ferramenta AI – ADVFN Intelligence. A AI é a principal fornecedora de análise financeira e pesquisa impulsionada por Inteligência Artificial disponível no mercado. TESTE GRATUITAMENTE a Inteligência Artificial da ADVFN.
Análise Técnica Petrobras – PETR4 (28/10)
O candle desta terça-feira (28/10) formou um padrão Thrusting Line (Linha de Confiança) combinado com Unique Three River Bottom – sinal neutro com viés de fundo, indicando que a pressão vendedora perdeu força após tocar a mínima de R$ 29,76. O fechamento em R$ 30,01, acima da média ponderada do dia (R$ 30,03), reforça a presença de compradores institucionais na reta final, mesmo com petróleo em baixa. O volume de 25,3 milhões ficou 17% abaixo da média trimestral (30,4 mi), sugerindo que o movimento foi mais técnico do que fundamental – típico de ajuste pós-notícia de produção.
Do ponto de vista de suportes e resistências, o preço respeitou o suporte dinâmico em R$ 29,69 e agora encara a resistência imediata em R$ 30,72 (topo de 21/10). Um rompimento com volume acima de 28 milhões abriria caminho para R$ 31,08 e, em sequência, R$ 32,80 – região de forte oferta histórica. O SAR Parabólico permanece em modo compra, o Momento cruzou zero para cima e a média de 5 períodos está acima da de 21, configurando um micro-setup altista. Contudo, o HILO ativador ainda aponta venda, e 53,85% dos indicadores seguem neutros (IFR 48, Estocástico 62, MACD flat). Para traders, o gatilho de entrada compradora fica no fechamento acima de R$ 30,72 com volume crescente; já o stop de risco pode ser posicionado abaixo de R$ 29,47 (próximo suporte). Em resumo: viés de alta condicional, mas sem força explosiva até romper a barreira psicológica dos R$ 31.
Todas as análises técnicas apresentadas neste artigo foram obtidas por meio da ferramenta Scanner ADVFN, uma plataforma avançada que permite acompanhar em tempo real o comportamento de ações, identificar padrões de candlestick, suportes e resistências, e interpretar diversos indicadores técnicos de forma prática e confiável. Ao utilizar o Scanner ADVFN, investidores têm a vantagem de visualizar rapidamente quais ativos estão em tendência de alta ou baixa, monitorar sinais de reversão e tomar decisões mais informadas, sem depender apenas da intuição. A ferramenta também facilita comparações entre diferentes períodos e ativos, oferecendo um panorama completo do mercado de ações da bolsa de valores, tornando a análise mais eficiente e acessível tanto para investidores iniciantes quanto para profissionais experientes.
Aviso ao Investidor! A análise técnica apresentada neste artigo é exclusivamente para fins informativos e educacionais, com base em dados extraídos da ferramenta Scanner ADVFN. Não constitui recomendação ou oferta de compra ou venda de qualquer ativo financeiro. Investimentos envolvem riscos, e decisões devem ser tomadas com base em avaliação própria ou consulta a profissionais financeiros qualificados. A ADVFN e os autores não se responsabilizam por perdas, danos (diretos, indiretos ou incidentais), custos ou lucros cessantes decorrentes do uso destas informações. O desempenho passado não garante resultados futuros. Invista com cautela e responsabilidade.
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