PMI dos EUA sobe a 43,8 em outubro, diz ISM de Chicago

A economia norte-mana deu um pequeno sinal de resiliência em outubro, mas continua mostrando dificuldades. O principal termômetro da atividade industrial na região de Chicago, o Índice de Gerentes de Compras (PMI) do Instituto para Gestão da Oferta (ISM), apresentou uma melhora inesperada. O indicador saltou para 43,8 pontos neste mês, saindo da marca de 40,6 registrada em setembro.

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A alta foi uma surpresa positiva para o mercado, que não esperava um fôlego tão significativo. “O resultado superou a expectativa de analistas consultados pela FactSet, que previam avanço do indicador a 42 neste mês.” Apesar do otimismo contido, um detalhe crucial impede comemorações. “A leitura abaixo da barreira de 50, no entanto, sinaliza contração da atividade econômica.” Isso significa que, mesmo com a melhora, o setor ainda está encolhendo, apenas em um ritmo mais lento.

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Para os mercados globais, um PMI de Chicago mais forte que o projetado pode ser interpretado de forma dúbia. Por um lado, alivia temporariamente os temores de uma recessão mais abrupta, o que poderia dar fôlego aos índices acionários, como o S&P 500 (SPI:SP500). Por outro, pode fazer o Federal Reserve (Fed) acreditar que a economia tem musculatura para suportar taxas de juros altas por mais tempo, adiando os cortes tão aguardados pelo mercado. Essa percepção pode fortalecer o dólar norte-americano frente a outras moedas, como visto na paridade Dólar Americano e Real Brasileiro (FX:USDBRL), e exercer pressão sobre os títulos de dívida do governo dos EUA.

No momento da divulgação do dado, os contratos futuros dos principais índices norte-americanos, como o S&P 500 Futuro (CCOM:US500), mostraram uma reação cautelosamente positiva, refletindo o alívio imediato com o número acima da Projeção. No entanto, a trajetória sustentada do ativo dependerá de como os investidores balancearão essa melhora cíclica com o cenário de juros ainda restritivos que o indicador pode acentuar.

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