Investidores aguardam dados de inflação, setor de serviços e emprego nos EUA e no Brasil, enquanto China retornou da Golden Week e Europa apresenta sinais moderados de estabilidade.
A semana de 12 a 17 de outubro de 2025 promete ser movimentada para os mercados globais, com foco nos indicadores econômicos de Brasil e Estados Unidos. Após doze dias de paralisação parcial do governo americano devido ao shutdown, a divulgação de dados nos EUA sofreu atrasos, aumentando a expectativa por sinais de recuperação da economia e do mercado de trabalho.
No Brasil, os investidores acompanharão de perto os números do setor de serviços e do varejo, com destaque para o IBC-Br de agosto e o Boletim Focus, que devem oferecer uma leitura mais detalhada sobre a trajetória do crescimento e da inflação no país. Para o setor de serviços, a projeção é de crescimento mensal de 0,3% e anual de 2,8%, enquanto o varejo deve mostrar uma alta modesta de 1,0% no acumulado anual.
Nos Estados Unidos, o foco será nos dados de emprego (Payroll) de setembro, vendas no varejo, inflação (IPC e núcleo IPC) e produção industrial. O mercado projeta a criação de 52 mil empregos não-agrícolas, ligeiramente acima dos 22 mil registrados no mês anterior. A taxa de desemprego deve permanecer estável em 4,3%, e o ganho médio por hora deve apresentar crescimento anual de 3,7%, refletindo o ritmo ainda resiliente do mercado de trabalho.
A inflação americana também estará sob os holofotes, com o IPC mensal projetado em 0,3%, alinhado ao mês anterior, e o núcleo IPC mantendo 0,3% de avanço. O setor industrial deve registrar crescimento mensal de 0,1% e anual de 0,87%, indicando estabilidade após meses de volatilidade. As vendas no varejo devem registrar alta de 0,4% no mês, abaixo da projeção de 0,7%, enquanto o núcleo de vendas no varejo, excluindo gasolina e automóveis, deve avançar 0,7%.
No Brasil, o fluxo cambial estrangeiro será monitorado, com expectativa de continuar negativo, refletindo a cautela dos investidores internacionais frente ao cenário global de juros e à política econômica doméstica. O IGP-10, divulgado na sexta-feira (17/10), deve apresentar leve variação mensal, em linha com a inflação controlada no país.
O retorno da China da Golden Week deve fornecer novos dados comerciais e de inflação. As projeções indicam crescimento das exportações em 6,0% no acumulado anual de outubro, acima dos 4,4% de setembro, enquanto a balança comercial em dólares deve apresentar leve recuo, de US$ 102,33 bilhões para US$ 98,96 bilhões, refletindo ajustes na demanda externa e interna.
Na Europa, os indicadores devem mostrar uma estabilização moderada. A Alemanha divulga IPC mensal de 0,2% e anual de 2,4%, enquanto o núcleo IPC permanece em 2,3% na Zona do Euro. A produção industrial alemã e francesa apresenta variações positivas, mas modestas, e a balança comercial italiana segue equilibrada.
No Reino Unido, a expectativa é de estabilidade nos dados de emprego, com taxa de desemprego projetada em 4,7% e crescimento anual do setor de construção de 2,4%. O PIB anual deve crescer apenas 1,4%, mantendo a economia britânica em ritmo lento, mas constante.
A Nova Zelândia terá atenção voltada ao desempenho do setor de serviços e às vendas no varejo pagas com cartões de crédito ou débito, indicadores que devem refletir o comportamento do consumo doméstico em setembro.
No Japão, a produção industrial mensal deve registrar leve recuo de 1,2%, enquanto a utilização da capacidade instalada permanece em patamar estável, mostrando sinais de ajuste pós-feriado. O núcleo das encomendas de maquinário, tanto mensal quanto anual, será analisado pelos investidores globais em busca de sinais de retomada industrial.
Na Austrália, o mercado acompanhará a variação no emprego, taxa de desemprego e confiança empresarial. Espera-se um cenário de ligeira retração no emprego em tempo integral, mas sem impacto significativo na taxa de participação, projetada em 66,8%.
O Canadá terá como destaque as licenças de construção, enquanto a Índia divulga inflação anual e dados de exportação e importação em dólares, importantes para compreender a dinâmica do comércio e das pressões de preços na região.
Em resumo, a semana será marcada pelo retorno gradual da China às atividades econômicas, pela recuperação esperada nos EUA após o shutdown, e por indicadores moderados da Europa. O Brasil mantém seu foco no setor de serviços e varejo, enquanto os mercados globais monitoram de perto cada sinal de inflação e crescimento.
Investidores devem ficar atentos à volatilidade potencial, especialmente com os discursos de membros do Fed, do BoE e do BCE, que podem fornecer pistas sobre a política monetária futura e impactos no câmbio, juros e bolsas de valores.
O acompanhamento diário desses indicadores será crucial para estratégias de curto e médio prazo, e poderá influenciar fortemente o fluxo de capital estrangeiro nos mercados emergentes, em especial no Brasil.
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