
Raízen sofre com rebaixamento de rating e endividamento, puxando as maiores perdas do Ibovespa, enquanto Yduqs, Ultrapar, Hypera e Sabesp também recuam em um pregão de cautela.
Nesta segunda-feira (27/10), o Índice Bovespa (BOV:IBOV) fechou com alta tímida de 0,55%, atingindo 146.969,10 pontos, mas nem todas as ações acompanharam o otimismo. A Raízen (BOV:RAIZ4), empresa do setor de energia e agronegócio focada em biocombustíveis, etanol, açúcar e energia renovável, liderou as baixas com uma queda de 2,06%, fechando a R$ 0,95. A desvalorização reflete preocupações com o alto endividamento da companhia e o recente rebaixamento de seu rating pela Fitch, que abalou a confiança dos investidores. Outras empresas, como Yduqs, Ultrapar, Hypera e Sabesp, também figuraram entre as maiores perdas, pressionadas por fatores específicos e um mercado atento ao cenário macroeconômico global.
A Raízen, conhecida por marcas como Shell no varejo de combustíveis e pela produção de etanol e bioenergia, viu suas ações despencarem após notícias de um prejuízo líquido de R$ 1,8 bilhão no primeiro trimestre da safra 2025/2026. A dívida líquida da empresa disparou para R$ 49,2 bilhões, com alavancagem de 4,5 vezes o Ebitda, assustando o mercado. O rebaixamento do rating para ‘BBB-’ pela Fitch, aliado à venda de títulos de dívida externa por um investidor, elevou temores de perda do grau de investimento, consolidando a Raízen como a maior baixa do dia.
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Na análise técnica da RAIZ4, o gráfico diário mostra um cenário de fragilidade. O padrão de candlestick Alicate de Topo (Bearish Tweezer Top) de 22 de outubro sinaliza resistência à alta, reforçando a pressão vendedora. O preço atual está próximo do suporte crítico de R$ 0,90, e uma ruptura pode levar a R$ 0,84, intensificando perdas. Por outro lado, uma recuperação acima de R$ 1,01 poderia testar resistências em R$ 1,35 e R$ 1,57, mas apenas 30,77% dos indicadores técnicos (como HILO, Trix e Parabólico SAR) sugerem alta, contra 23,08% em baixa e 46,15% neutros. O campo de tendência em baixa e a Média Móvel de 21 períodos reforçam o viés negativo no curto prazo.
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Outras baixas importantes do Ibovespa nesta segunda-feira (27/10)
A Yduqs (BOV:YDUQ3), do setor de educação, focada em ensino superior e marcas como Estácio e Ibmec, caiu 1,58%, fechando a R$ 13,04. A queda reflete a pressão de um mercado cauteloso com o setor educacional, que enfrenta desafios regulatórios e competição crescente no ensino a distância. Apesar do avanço de 216,51% no ano, o desempenho diário foi prejudicado por realização de lucros após um rali recente de 8,22% na semana, sugerindo que investidores embolsaram ganhos em um pregão de baixa liquidez.
A Ultrapar (BOV:UGPA3), holding do setor de energia e varejo com marcas como Ipiranga (combustíveis) e Ultragaz (gás liquefeito), recuou 1,55% para R$ 21,18. A desvalorização veio após o anúncio da aquisição de 37,5% da Virtu GNL por R$ 102,5 milhões, que gerou preocupações sobre o impacto financeiro em um momento de margens apertadas. A cautela com o consumo de combustíveis no Brasil, em meio a preços voláteis do petróleo, também pesou. Acompanhe o desempenho de cada ação em tempo real no Monitor Performance ADVFN.
No setor farmacêutico, a Hypera (BOV:HYPE3), conhecida por medicamentos como Benegrip, Doril e Buscopan, caiu 1,01%, fechando a R$ 23,43. A pressão veio de revisões negativas de analistas após resultados trimestrais que mostraram margens sob pressão devido a custos elevados de matérias-primas e desafios logísticos. Apesar de um desempenho anual positivo de 29,52%, o mercado reagiu à falta de catalisadores de curto prazo, com investidores mais seletivos no setor de saúde.
A Sabesp (BOV:SBSP3), do setor de saneamento básico, responsável por serviços de água e esgoto em São Paulo, recuou 0,89% para R$ 131,92. A baixa foi influenciada por incertezas regulatórias após debates sobre a privatização e ajustes tarifários, que geraram volatilidade. Mesmo com um ganho anual robusto de 49,06%, o pregão refletiu uma correção técnica após a ação atingir máximas recentes, com investidores monitorando o impacto de decisões políticas no setor.
Entre as gigantes, a Vale (BOV:VALE3), do setor de mineração e líder na produção de minério de ferro, caiu 0,40% para R$ 61,48. Apesar da alta de 1,94% no minério de ferro na Bolsa de Dalian, a ação sofreu com realização de lucros após ganhos semanais de 2,23%. A robusta prévia operacional do 3T25, com produção recorde desde 2018, não foi suficiente para evitar a pressão vendedora em um mercado sensível ao cenário chinês.
No setor financeiro, apenas a Hapvida (BOV:HAPV3), do ramo de saúde suplementar com planos de saúde e odontológicos, apareceu entre as maiores baixas, recuando 0,37% para R$ 32,31. A queda reflete preocupações com margens pressionadas por custos operacionais crescentes e sinistralidade elevada, em um setor sensível à inflação médica. Outras financeiras, como Itaú Unibanco (BOV:ITUB4) e Bradesco (BOV:BBDC4), subiram 0,84% e 0,55%, respectivamente, mostrando resiliência em um pregão misto.
O pregão de 27 de outubro no Ibovespa reflete a dinâmica volátil do mercado brasileiro, com setores como energia, educação e saneamento enfrentando desafios específicos. A Raízen, com sua queda acentuada, ilustra os riscos de endividamento elevado, enquanto outras empresas mostram correções pontuais em meio a um índice que ainda sustenta alta.
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