UBS elevou sua previsão de preços para paládio e platina em meio à oferta restrita e à crescente demanda dos EUA

O UBS elevou suas previsões de preços para paládio e platina, apontando para uma demanda mais forte nos EUA e um aperto crescente no mercado, impulsionado por incertezas na oferta e potenciais restrições comerciais.

O paládio, que havia ficado atrás de outros metais preciosos durante grande parte do ano, apresentou uma recuperação notável em outubro. Os estrategistas do UBS, Giovanni Staunovo e Wayne Gordon, elevaram sua previsão para o metal em US$ 250 por onça, para US$ 1.350 em todos os prazos de vencimento, citando a demanda persistente dos EUA, apesar dos fundamentos relativamente mais fracos do paládio em comparação com o ouro e a platina.

As participações em fundos negociados em bolsa (ETFs) atrelados ao paládio têm aumentado de forma constante desde maio, com entradas aceleradas no final de setembro e início de outubro, quando os preços do ouro ultrapassaram US$ 4.000 por onça.

Os estrategistas compararam a alta generalizada dos metais preciosos ao otimismo do mercado, dizendo: “como uma bóia na maré alta, tudo o que está na água sobe”.

Eles também apontaram dois acontecimentos nos EUA que impulsionaram a demanda: a investigação da Seção 232 sobre Minerais Críticos e uma petição antidumping apresentada pela Sibanye (NYSE:SBSW) e pelo Sindicato dos Trabalhadores do Aço (United Steelworkers Union). Enquanto isso, os estoques de paládio nos armazéns da Nymex atingiram o nível mais alto em uma década.

Ainda assim, o UBS alertou que o paládio continua sendo um investimento volátil devido ao seu pequeno tamanho de mercado e à forte dependência da indústria automobilística, que representa mais de 80% da demanda global.

Em relação à platina, o UBS elevou sua previsão em US$ 200 por onça, para US$ 1.550, observando que o mercado de barras do metal permanece excepcionalmente restrito, como se pode constatar no aumento das taxas de arrendamento.

“Acreditamos que o aperto reflete a incerteza sobre se os Estados Unidos irão ou não impor tarifas sobre as importações de platina”, escreveram os estrategistas.

O UBS ainda espera que a platina seja excluída de possíveis tarifas, mas o atraso na investigação sobre minerais críticos nos EUA prolongou a incerteza no mercado.

O banco acrescentou que os estoques nos armazéns da Nymex têm aumentado, enquanto a escassez de oferta em importantes centros comerciais, como Londres e Zurique, pode continuar até que haja clareza no mercado.

As participações de ETFs em platina permaneceram baixas durante o terceiro trimestre, mas começaram a se recuperar em outubro, à medida que os investidores aumentaram a exposição a metais preciosos juntamente com o ouro.

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