Ultrapar (UGPA3) pressionada no Ibovespa: aquisição em GNL pode impulsionar reversão técnica na terça-feira

Após terceira maior queda ontem, análise técnica aponta possíveis estratégias para 28 de outubro.

As ações de Ultrapar (BOV:UGPA3) encerraram o pregão de 27 de outubro estáveis em R$ 21,18, mas registraram a terceira maior desvalorização do Ibovespa no dia, com volume de 7,6 milhões de ações refletindo realização de lucros após altas recentes. O papel, que subiu 2,32% em 24 de outubro e 2,07% em 23 de outubro, agora consolida próximo à resistência de R$ 21,97, em um contexto de neutralidade técnica misturada a catalisadores positivos da empresa.

A análise de candlesticks do Scanner ADVFN evidencia volatilidade com viés baixista imediato. A Linha de Contra-ataque de Baixa formada em 27 de outubro sinaliza contra-ataque vendedor após toques na máxima de R$ 21,82, ecoando os Três Corvos Negros de 06 de outubro e o Engolfo de Baixa de 26 de setembro. No entanto, padrões altistas como a Linha de Piercing de 15 de outubro oferecem contraponto, sugerindo que uma consolidação acima de R$ 20,89 pode preparar uma reversão.

Suportes e resistências delineiam um cenário de oportunidade cautelosa. Com R$ 19,93 como piso imediato — testado em 22/10/2025 —, o rompimento acima de R$ 21,97 pavimentaria o caminho para R$ 22,22 e até R$ 24,43, com potencial altista de 292,69% até o histórico máximo de R$ 83,25. Uma violação do suporte em R$ 19,93, por outro lado, exporia o ativo a R$ 17,00, ampliando perdas em um mercado volátil.

Os indicadores técnicos reforçam a neutralidade dominante, com 46% neutros, incluindo IFR entre 30-70 e MACD sem cruzamentos. Quatro sinais altistas — como Parabólico SAR e ADX/DMI para compra — contrastam com três baixistas, destacando-se o Trix descendente e a Média de 21 períodos em baixa. O Campo de Tendência em baixa alerta para pullbacks, mas o suporte em R$ 19,93 pode atrair compradores oportunistas.

Esse quadro técnico ganha contorno com as últimas notícias sobre Ultrapar (BOV:UGPA3). Em 25 de outubro, a companhia anunciou a aquisição de 37,5% da VirtuGNL por R$ 102,5 milhões, fortalecendo sua aposta em gás natural liquefeito (GNL) e soluções de baixo carbono para substituir diesel no transporte rodoviário. O movimento, com R$ 85 milhões em aporte de capital, alinha-se à estratégia de diversificação e pode catalisar uma recuperação, ignorando a pressão de curto prazo.

Os resultados do 2T25 foram um destaque positivo, com lucro líquido de R$ 1,2 bilhão — salto de 134% ano a ano —, impulsionado por operações robustas e créditos fiscais de R$ 677 milhões. Em agosto de 2025, a Ultrapar distribuiu R$ 326 milhões em dividendos, reforçando atratividade para income investors. A valorização em setembro de 2024, pós-Investor Day, elevou recomendações de compra do Santander e Bradesco BBI, com preços-alvo de R$ 30-33.

A reorganização na governança, com o retorno do CEO Marcos Lutz em 2025 e conselhos separados para unidades do grupo, visa maior eficiência. Analistas do Itaú BBA projetam upside de 34% em setembro de 2025, contrastando com visões mais conservadoras como o preço-alvo de R$ 20,28 do Money Times para day trades. O anúncio do auxílio Gás Para Todos em 2025, movimentando R$ 5,6 bilhões, beneficia diretamente o portfólio de distribuição de combustíveis da Ultrapar.

No pregão de 27 de outubro, a estabilidade em R$ 21,18 (alta de 0,09% reportada em algumas fontes) reflete digestão da aquisição em GNL, mas a terceira maior queda no Ibovespa destaca sensibilidade a fatores macro, como oscilações no diesel importado. Para CSN Mineração (BOV:CMIN3) e pares setoriais, o foco em commodities voláteis pressiona, mas a diversificação da Ultrapar mitiga riscos.

A estratégia de trade para terça-feira (28/10) equilibra o viés neutro: compra longa em R$ 21,20-R$ 21,50, com stop em R$ 20,80 e alvo em R$ 21,97, visando risco-recompensa de 1:2. Volume acima de 8 milhões confirmaria momentum altista, alinhado à notícia da VirtuGNL. Para defensivos, venda curta abaixo de R$ 19,93, mirando R$ 19,42, mas priorize cautela com o 3T25 a ser divulgado em novembro.

O Ibovespa, influenciado por agendas de resultados como Vale e Bradesco nesta semana, pode amplificar movimentos em Ultrapar (BOV:UGPA3). Com o papel testando R$ 21,97, traders monitoram o IFR para evitar sobrecompra, enquanto a aquisição em GNL surge como trunfo para uma virada. Posições pequenas são recomendadas, dada a neutralidade de 46% nos indicadores.

Resimundo, a análise técnica de Ultrapar (BOV:UGPA3) via Scanner ADVFN revela um ativo em encruzilhada: pressão baixista de candlesticks contra suportes firmes e catalisadores como a VirtuGNL.

Todas as análises técnicas apresentadas neste artigo foram obtidas por meio da ferramenta Scanner ADVFN, uma plataforma avançada que permite acompanhar em tempo real o comportamento de ações, identificar padrões de candlestick, suportes e resistências, e interpretar diversos indicadores técnicos de forma prática e confiável. Ao utilizar o Scanner ADVFN, investidores têm a vantagem de visualizar rapidamente quais ativos estão em tendência de alta ou baixa, monitorar sinais de reversão e tomar decisões mais informadas, sem depender apenas da intuição. A ferramenta também facilita comparações entre diferentes períodos e ativos, oferecendo um panorama completo do mercado de ações da bolsa de valores, tornando a análise mais eficiente e acessível tanto para investidores iniciantes quanto para profissionais experientes.