Vale (VALE3) apresenta sinais gráficos mistos nesta segunda-feira (13/10), entre recuperação da produção e volatilidade do minério de ferro

As ações da Vale (BOV:VALE3) registram oscilações significativas, refletindo tanto o impacto da volatilidade do preço do minério de ferro quanto a recuperação da produção pós-Brumadinho. Padrões recentes de candlestick incluem Engolfo de Baixa e Harami de Alta, sinalizando movimentos contraditórios no gráfico diário.

No intraday de 15 minutos, formações como Engolfo de Baixa e Alicate de Fundo indicam momentos de venda e compra, exigindo atenção de traders de curto prazo que acompanham os níveis de suporte e resistência.

O suporte relevante da VALE3 se encontra em R$ 58,75, enquanto a resistência imediata é R$ 60,38. Rompimentos desses níveis podem abrir espaço para testes em R$ 63,99, R$ 65,35 e R$ 67,10, oferecendo potencial de valorização de curto a médio prazo.

Indicadores técnicos apresentam sinais mistos: o HILO e o Parabólico SAR indicam tendências de compra, mas o campo de tendência mostra movimento de baixa no curto prazo. O MACD ainda não apresenta cruzamentos significativos, mantendo cenário neutro.

O lucro líquido da Vale no 2T25 caiu 24%, totalizando US$ 2,12 bilhões, pressionado por volatilidade do minério e custos operacionais, mas a produção segue sólida, permitindo que a empresa mantenha sua posição de destaque no setor de mineração global.

A governança corporativa tem apresentado avanços, com 100% de adequação às práticas recomendadas pelo segundo ano consecutivo, fator positivo para confiança de investidores institucionais.

A redução do Capex para 2025, entre US$ 5,4 e 5,7 bilhões, reflete foco em eficiência e disciplina de capital, impactando positivamente o fluxo de caixa e permitindo potencial pagamento de dividendos extraordinários.

O legado do desastre de Brumadinho ainda afeta a companhia, com encerramento do Programa de Transferência de Renda e novas condenações judiciais, o que mantém atenção regulatória e jurídica elevada.

Comparando com concorrentes como CSN Mineração (BOV:CMIN3), a Vale apresenta maior resiliência operacional, embora sujeita à oscilação de preços internacionais e aos riscos macroeconômicos da China e mercados asiáticos.

Analistas da XP Investimentos recomendam postura neutra, ponderando entre riscos de volatilidade e fundamentos sólidos de produção, enquanto o Bradesco aponta oportunidades de dividendos extraordinários.

Em síntese, VALE3 combina recuperação da produção, avanços em governança e disciplina de investimentos com volatilidade do minério e impactos legais de Brumadinho. Investidores devem equilibrar oportunidades de valorização com cautela frente aos riscos persistentes.

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