Ações da Vale (BOV:VALE3) | (NYSE:VALE) avançam com minério de ferro estável em Cingapura e perspectiva positiva para reabertura do mercado chinês após feriado da Golden Week

A Vale (BOV:VALE3) encerrou esta quarta-feira (08/10) em alta de 0,85%, cotada a R$ 59,25 na B3, acompanhando o movimento positivo das principais mineradoras globais. O avanço ocorreu em um dia de liquidez reduzida no mercado de commodities, já que as negociações de minério de ferro na Bolsa de Dalian (DCE) permaneceram suspensas devido ao feriado da Golden Week na China. Em Cingapura (SGX), o contrato futuro mais negociado do minério de ferro, com teor de 62%, manteve-se praticamente estável, encerrando o pregão a US$ 104,10 por tonelada.

O desempenho da mineradora brasileira refletiu o otimismo dos investidores com a reabertura do mercado chinês, prevista para o dia seguinte. A expectativa é de que a retomada das atividades industriais e da construção civil no país asiático, impulsionada por novos estímulos econômicos, aumente a demanda por minério de ferro nas próximas semanas. Esse cenário sustentou a leve alta da Vale, mesmo sem um movimento expressivo nas cotações da commodity.

Nos Estados Unidos, as ADRs da Vale (NYSE:VALE) também registraram valorização, subindo 0,54%, para US$ 11,10. O papel acompanhou o comportamento dos pares internacionais, beneficiado pela recuperação parcial dos preços do aço e pela alta do sentimento de risco global. A melhora das projeções para a economia chinesa e a expectativa de estímulos adicionais por parte de Pequim seguem como catalisadores relevantes para o papel no curto prazo.

O mercado de minério de ferro teve um dia de transição, marcado pela ausência do principal player mundial. A calmaria nas negociações da Ásia não impediu, porém, o avanço das mineradoras listadas em outras praças financeiras. Na Austrália, a BHP Group (ASX:BHP) subiu 2,16%, enquanto a Rio Tinto (LSE:RIO) avançou 1,85% em Londres. Ambas se beneficiaram da recuperação dos preços dos contratos futuros e da expectativa de maior consumo de aço com a retomada das obras de infraestrutura na China.

Na Europa, a ArcelorMittal (EU:MT) teve um dos melhores desempenhos do setor, com alta de 6,12%, negociada a €40,93, sustentada pela melhora na demanda europeia e pela alta das margens operacionais. Já nos Estados Unidos, a Cleveland-Cliffs (NYSE:CLF) disparou 9,29%, fechando a US$ 14,00, após divulgar projeções mais robustas de produção e vendas no mercado doméstico norte-americano.

Em contrapartida, a CSN Mineração (BOV:CMIN3) apresentou leve queda de 0,70%, a R$ 5,65, refletindo o menor volume de negociações na B3 e a ausência de impulso externo. Apesar do recuo, o mercado segue confiante no potencial de médio prazo das mineradoras brasileiras, especialmente diante do cenário de recomposição de estoques e de possível aumento de exportações para a China após o feriado.

A performance positiva da Vale reforça sua correlação com os movimentos globais das commodities metálicas. Mesmo sem alta expressiva nos preços do minério, a percepção de que a demanda asiática voltará a se fortalecer impulsiona as ações da empresa tanto na B3 quanto na NYSE. O papel também se beneficiou do apetite por risco dos investidores internacionais, que voltaram a buscar exposição em setores ligados à economia real, como energia, siderurgia e mineração.

No contexto global, a Vale mantém posição estratégica entre as maiores produtoras de minério de ferro do mundo, ao lado de BHP (ASX:BHP) e Rio Tinto (LSE:RIO). Nesta quarta, a brasileira teve desempenho mais modesto que suas rivais australianas, mas seguiu em trajetória positiva, sustentando o otimismo do mercado com o setor. O cenário permanece de expectativa, com foco na reabertura das bolsas chinesas e nos dados de importação e produção industrial do país previstos para os próximos dias.

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