Wells Fargo eleva meta de lucro após fim de restrição regulatória

O Wells Fargo (NYSE:WFC) divulgou resultados acima das expectativas no terceiro trimestre e revisou para cima sua meta de rentabilidade, após o Federal Reserve suspender o limite de ativos que restringia o crescimento do banco desde 2017. As ações subiram 3,2% na manhã de terça-feira, 14 de outubro de 2025, em reação aos números.

O lucro líquido atingiu US$ 5,59 bilhões, ou US$ 1,66 por ação, superando os US$ 1,55 esperados por analistas e avançando frente aos US$ 1,42 por ação registrados há um ano. A receita de juros foi de US$ 11,95 bilhões, ligeiramente abaixo das projeções, mas a receita não financeira subiu 9,3%, alcançando US$ 9,49 bilhões.

A instituição elevou sua meta de retorno sobre o patrimônio líquido tangível (ROTCE) de 15% para 17% a 18% no médio prazo, sinalizando confiança no novo ciclo de expansão. O indicador ficou em 15,2% tanto no segundo quanto no terceiro trimestre.

Segundo o CEO Charlie Scharf, o banco vive um momento de transição positiva, com o maior crescimento de empréstimos em mais de três anos e melhora na eficiência. Ele afirmou que a saúde financeira dos clientes permanece sólida, apesar da incerteza econômica global.

O Wells Fargo também encerrou sete ordens regulatórias neste ano, incluindo punições ligadas ao escândalo de contas falsas, e agora mantém apenas uma pendência de 2018. Desde o início de 2025, as ações acumulam alta de 12,4%, abaixo de rivais como JPMorgan e Citigroup.

A qualidade do crédito permanece resiliente: a provisão para perdas caiu para US$ 681 milhões, ante US$ 1,07 bilhão há um ano. O diretor financeiro Mike Santomassimo destacou que o desempenho das carteiras de crédito e automóveis continua sólido, sem indícios relevantes de deterioração.

O banco também teve forte desempenho em banco de investimento, com taxas 25% maiores, totalizando US$ 840 milhões. Entre as operações de destaque, assessorou a Union Pacific na compra da Norfolk Southern por US$ 85 bilhões e a Sycamore Partners no acordo de US$ 23,7 bilhões com a Walgreens Boots Alliance.

O Wells Fargo também é negociado na B3 por meio da BDR (BOV:WFCO34).

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