Wilson Sons confirma OPA e controladora passa a deter 97,65% do capital social

Após aquisição de 130,96 milhões de ações por R$ 18,53 cada, Wilson Sons (PORT3) reforça controle acionário e prepara resgate compulsório das ações remanescentes, movimentando a bolsa de valores

A Wilson Sons Holdings Brasil S.A. (BOV:PORT3) anunciou nesta quinta-feira (23/10) que a SAS Shipping Agencies Services Sàrl, subsidiária da MSC, adquiriu 130.960.732 ações ordinárias por meio da oferta pública de aquisição (OPA), correspondentes a 29,57% do capital social da companhia. O preço por ação foi de R$ 18,53.

Com essa operação, a controladora da Wilson Sons passa a deter 432.542.080 ações, ou 97,65% do capital social, reduzindo significativamente o free float da companhia. A movimentação reforça o controle acionário e a estratégia da MSC de concentrar participação em empresas de logística portuária listadas na bolsa de valores.

Após a OPA, permanecem em circulação apenas 10.389.820 ações, cerca de 2,35% do capital. A SAS Shipping Agencies Services Sàrl convocará uma assembleia geral extraordinária para deliberar sobre o resgate compulsório das ações em circulação. Os acionistas remanescentes poderão vender suas ações à controladora até 23 de janeiro de 2026 ou até a aprovação do resgate compulsório, pelo mesmo preço da OPA.

Não foram divulgados comentários diretos dos representantes da Wilson Sons sobre a operação, mas a ação reforça o plano de consolidação da participação da controladora e a otimização da estrutura acionária da companhia.

Durante o pregão desta sexta-feira (24/10), a ação PORT3 registra leve valorização de 0,05%, cotada a R$ 18,48, oscilando entre R$ 18,50 e R$ 15,47, com volume negociado de 15.400 papéis. O mercado acompanha de perto o impacto do resgate compulsório e como isso pode reduzir ainda mais o free float da ação.

A Wilson Sons Holdings Brasil S.A. atua no setor de logística portuária e marítima, oferecendo serviços como rebocadores, terminais portuários e transporte de carga. Entre seus principais concorrentes estão empresas do setor portuário nacional e multinacionais que atuam no Brasil.