
BSLI3 volta aos holofotes da bolsa de valores, após a substituição emergencial da alta liderança em meio às investigações sobre fraude que pode ter causado perdas superiores a R$ 10 bilhões ao banco público. A ação fechou estável a R$ 7,64.
Em um dos movimentos mais bruscos de troca de comando do setor financeiro em 2025, o Banco de Brasília (BOV:BSLI3) anunciou a eleição de Nelson Antônio de Souza como novo presidente da instituição, após a destituição imediata de Paulo Henrique Costa. O comunicado ao mercado veio horas depois de a Polícia Federal deflagrar uma operação que mirou executivos do banco e do Banco Master, acusado de uma fraude bilionária para maquiar liquidez.
A decisão do conselho de administração ocorre em um momento crítico para o BRB. Além da prisão de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, as buscas realizadas pela Polícia Federal atingiram a sede do BRB e as residências de antigos dirigentes — reforçando o clima de instabilidade que colocou pressão adicional sobre a governança da instituição listada na B3.
Souza acumulará a presidência com a diretoria executiva de finanças, controladoria e relações com investidores até a próxima assembleia geral. O até então diretor financeiro, Dario Oswaldo Garcia Júnior, também foi destituído. Segundo decisão judicial citada pela Reuters, o esquema investigado pode ter provocado perdas gigantescas ao banco público, superando R$ 10 bilhões.
O BRB não divulgou, até o fechamento desta matéria, declarações adicionais de seus executivos. A expectativa é de novos esclarecimentos nas próximas horas, sobretudo após a reorganização emergencial do alto escalão.
Como a notícia foi divulgada após o pregão, a ação BSLI3 na quarta-feira, encerrou o dia estável, negociada a R$ 7,64, sem negócios registrados e com volume zerado. O papel segue pressionado pela faixa de 52 semanas, marcada por forte volatilidade entre R$ 6,80 e R$ 27,45. A expectativa é que o mercado reaja nesta sexta-feira (21/11) à abertura, precificando o risco institucional e a gravidade do caso.
O BRB é um banco múltiplo controlado pelo Governo do Distrito Federal, com atuação em crédito, serviços financeiros, cartões, seguros e meios de pagamento. Compete com bancos regionais e médios, como Banrisul, BMG e Banco Pan.
A troca abrupta da liderança coloca o Banco de Brasília (BSLI3) no centro das atenções da bolsa de valores, em um cenário que exige respostas rápidas e reforço de governança.
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