
Esse é o Bom dia ADVFN, 14 de novembro de 2025, com tudo o que você precisa saber antes da Bolsa abrir!
Bolsas mundiais: Os futuros americanos operavam em baixa, após a maior queda em Wall Street em mais de um mês, devido à incerteza em relação aos cortes nas taxas de juros pelo Federal Reserve (Fed) e às altas avaliações das empresas de tecnologia.
Nos Estados Unidos, os índices futuros operavam no campo negativo. A paralisação do governo dos EUA terminou após mais de seis semanas, deixando dúvidas sobre dados econômicos atrasados que podem nunca ser divulgados e preocupando investidores sobre a trajetória de política monetária americana.
Ontem, as bolsas de Nova York encerraram o pregão com fortes perdas, principalmente no setor de tecnologia, diante de temores persistentes de que papéis relacionados à IA tenham se valorizado excessivamente.
Incertezas sobre a divulgação atrasada de dados econômicos dos EUA, após o fim da paralisação do governo Trump, também azedaram o humor em Wall Street. Os dados são cruciais para que o Federal Reserve (Fed, o banco centra americano) decida sobre possíveis novos cortes de juros.
Fed: A dúvida sobre qual será a próxima decisão de política monetária do Fed vem deteriorando o humor dos investidores. O entusiasmo observado após o fim do shutdown de 43 dias do governo norte-americano deu lugar a questionamentos sobre a real força da economia dos Estados Unidos.
As apostas para a reunião de dezembro mudaram rapidamente: a chance de um corte de 0,25 ponto percentual caiu para 49,6%, bem abaixo dos 94,4% estimados há apenas um mês. Agora, a maior parte do mercado (50,4%) projeta estabilidade nos juros, de acordo com o CME FedWatch.
Também há incerteza sobre a divulgação dos indicadores — como payroll, CPI e PCE — após a reabertura do governo. Apesar da expectativa de normalização das divulgações, a Casa Branca alertou que todos os dados econômicos publicados sofrerão alterações permanentes.
Na Europa, as bolsas operam em baixa, com temores sobre uma bolha de inteligência artificial e a economia global abalando a confiança dos investidores. Já os rendimentos dos títulos do governo britânico subiram acentuadamente, após relatos de que a Ministra das Finanças, Rachel Reeves, não planeja mais aumentar as taxas do imposto de renda no Orçamento de Outono, previsto para o final deste mês.
Os preços do petróleo sobem, enquanto os investidores avaliavam as preocupações com o excesso de oferta global em meio às iminentes sanções contra a petroleira Lukoil, da Rússia.
Na Ásia, os mercados fecharam em queda expressiva, acompanhando as perdas em Wall Street, à medida que ações ligadas à inteligência artificial (IA) seguem recuando em meio a temores de que seus preços tenham subido demais. Dados que apontam para uma desaceleração mais acentuada da economia chinesa também pesaram sobre os negócios.
Liderando o movimento na região, o índice sul-coreano Kospi caiu 3,81% em Seul, a 4.011,57 pontos, pressionado pelas fabricantes de chips Samsung Electronics (-5,45%) e SK Hynix (-8,50%). O japonês Nikkei recuou 1,77% em Tóquio, a 50.376,53 pontos, o Hang Seng cedeu 1,85% em Hong Kong, a 26.572,46 pontos, e o Taiex registrou baixa de 1,81% em Taiwan, a 27.397,50 pontos.
Na China continental, o Xangai Composto apresentou queda de 0,97%, a 3.990,49 pontos, e o Shenzhen Composto, de 1,36%, a 2.511,55 pontos. A aversão a risco na Ásia veio também após indicadores chineses mostrarem que a desaceleração da segunda maior economia do mundo se agravou.
Os investimentos em ativos fixos, que incluem imóveis, tiveram uma contração anual de 1,7% entre janeiro e outubro, bem maior do que o declínio de 0,5% visto nos primeiros nove meses do ano. Já a produção industrial da China subiu 4,5% no confronto anual de outubro e as vendas no varejo avançaram 2,9%, mas ambos os setores perderam fôlego em relação a setembro.
Na Oceania, a bolsa australiana acompanhou o tom negativo de Wall Street e da Ásia, e o S&P/ASX 200 caiu 1,36% em Sydney, a 8.634,50 pontos.
Petróleo:
Os futuros internacionais de petróleo WTI estão sendo negociados a US$ 59,48 (+1,35%).
O Brent é negociado a US$ 63,80 (+1,25%).
Bitcoin:
Negociado a US$ 97.154,90 (-1,18%).
Ouro:
Negociado a US$ 4.166,57 a onça-troy (-0,40%).
Minério de ferro:
O minério de ferro negociado na bolsa de Dalian, +0,26%, a 772,50 iuanes (US$ 108,61).
Brasil:
EUA-Brasil: o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, afirmou na rede X, que se reuniu nta quinta-feira, 13, com o Ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, e que ambos discutiram “assuntos de importância mútua” e “um quadro de reciprocidade para a relação comercial entre os EUA e o Brasil”. O chanceler,Mauro Vieira, disse ser possível chegar a um acordo provisório até o final deste mês ou início de dezembro, que levaria a negociações mais amplas nos próximos meses.
Fraude INSS: Alessandro Stefanutto, ex-presidente do INSS, foi preso pela PF na operação “Sem Desconto”. Investigação apura esquema de descontos não autorizados em aposentadorias e pensões. PF e CGU cumpriram 10 mandados de prisão preventiva.
Economia:.
✔️ Acordo: Os Estados Unidos anunciaram na quinta-feira, 13, acordos comerciais com Argentina, Guatemala, Equador e El Salvador, que permitirão reduzir o custo de produtos como banana e café para os consumidores americanos. Brasil fica de fora de acordo. Os quatro países latinos concordaram em abrir seus mercados a produtos americanos em troca de uma redução das tarifas sobre suas exportações para os Estados Unidos, entre elas as agrícolas, informou a Casa Branca.
✔️ Petrobras: Em seu próximo plano de negócios, a Petrobras avalia encolher o orçamento para novos investimentos, segundo a Bloomberg. A empresa estaria considerando um total de US$ 106 bilhões para os próximos cinco anos, menos que os US$ 111 bilhões previstos hoje. A Petrobras não confirmou nem negou – só disse que o plano ainda está em análise.
✔️ Correios: O plano de reestruturação dos Correios, apresentado ao Tribunal de Contas da União, projeta uma operação de crédito de R$ 20 bilhões garantida pelo Tesouro Nacional, valor superior a qualquer outro aval concedido pela União a estatais, Estados ou municípios nos últimos quinze anos. A proposta foi levada ao TCU pelo presidente da estatal, Emmanoel Schmidt Rondon, que assumiu o comando da empresa em setembro e pediu acompanhamento prioritário do tribunal diante da situação financeira considerada crítica.
Os números recentes explicam a preocupação. Nos dois primeiros trimestres de 2025, os Correios acumularam prejuízo de R$ 4,37 bilhões, ampliando a sequência de resultados negativos iniciada em 2022 e agravados pela atual gestão. A operação de crédito, caso aprovada, seria a maior já registrada entre 2010 e 2025, período em que o Tesouro atestou 767 empréstimos internos e 407 operações externas para diferentes entes federativos, nenhum deles próximo do montante solicitado pela estatal.
✔️ Banco do Brasil: encerrou o terceiro trimestre de 2025 com mais um resultado considerado fraco, apesar de o lucro líquido ajustado de 3,8 bilhões de reais ter superado em 6% as estimativas. Para os analistas, o desempenho segue pressionado principalmente pelo aumento das despesas com risco de crédito, que alcançaram 17,9 bilhões de reais no período. A deterioração dos ativos foi disseminada entre os segmentos de varejo, empresas e, sobretudo, o agronegócio.
Quase metade da elevação das provisões do trimestre foi originada na carteira Agro. Dentro dela, a Carteira com Rolagem voltou a crescer e atingiu 67 bilhões de reais, novo recorde relativo e absoluto, representando 18,5% do segmento. Para os analistas, o avanço contínuo dessa linha, associado à alta do indicador de inadimplência acima de 90 dias, reforça a expectativa de que a pressão sobre os resultados deve persistir. No crédito total, a Carteira de Crédito Expandida somou 1,28 trilhão de reais no trimestre. Embora tenha desacelerado 1,2% em relação ao segundo trimestre, acumulou alta de 7,5% em doze meses.
✔️ Balanços: a temporada de balanços do terceiro trimestre (3T25) chega ao seu último dia. Para hoje, os destaques são os resultados da Cosan (CSAN3), Raízen (RAIZ4), Rumo (RAIL3), Azul (AZUL4), Gol (GOLL4) e Camil (CAML3).
Agenda Econômica:
🇪🇺 07h00 – Zona do euro/Eurostat: 2ª leitura do PIB/3TRI
🇧🇷 08h00 – Brasil FGV: IGP-10 de novembro
🇧🇷 09h00 – IBGE: Pnad do trimestre móvel até setembro
🇧🇷 10h00 – Ministério da Fazenda: Prisma Fiscal
🇺🇸 15h00 – EUA/Baker Hughes: poços e plataformas em operação
Eventos
🇺🇸 12h05 – EUA: Jeffrey Schmid (Fed/Kansas City) discursa em conferência
🇺🇸 16h30 – EUA: Lorie Logan (Fed/Dallas) participa de conferência
🇺🇸 17h00 – EUA: Raphael Bostic (Fed/Atlanta) participa de conferência
Balanços
📊 Brasil/antes da abertura: Azul e Banrisul
📊 Brasil/após o fechamento: AgroGalaxy, Cosan, Lojas Marisa, Raízen, Rumo e Ser Educacional
Ibovespa e dólar no último pregão:
Ibovespa:
Referência do mercado brasileiro, o principal índice fechou em baixa de 0,30%, aos 157.162 pontos, em um pregão que começou morno, mas ganhou tensão ao longo da tarde conforme Wall Street perdeu força. A piora lá fora veio da rotação dos investidores norte-americanos, migrando de tecnologia para ações da velha economia, além da maior aposta de juros estáveis em dezembro. O volume financeiro atingiu R$22,8 bilhões.
Maiores altas do Ibovespa:
| MRVE3 |
+5.16%
|
R$ 8,56
|
| ALOS3 |
+4.58%
|
R$ 28,33
|
| MBRF3 |
+4.36%
|
R$ 21,79
|
| B3SA3 |
+2.48%
|
R$ 14,47
|
| CXSE3 |
+1.79%
|
R$ 15,37
|
Maiores baixas do Ibovespa:
| HAPV3 |
-42.21%
|
R$ 18,89
|
| RAIZ4 |
-6.45%
|
R$ 0,87
|
| BRKM5 |
-4.89%
|
R$ 7,39
|
| CSAN3 |
-4.84%
|
R$ 6,10
|
| UGPA3 |
-4.77%
|
R$ 21,75
|
Dólar:
O dólar fechou em alta de 0,09%, cotado a R$5,2982.
IFIX:
O índice fechou em baixa de 0,17%, aos 3.591,08 pontos.
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Fonte: CNBC, valor investe, G1, BDM, infomoney. atualização: 7h30 (horário Brasília)
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