
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (13/11/2025) o primeiro prognóstico para a safra nacional de grãos, cereais, leguminosas e oleaginosas de 2026. A estimativa inicial é de 332,7 milhões de toneladas, o que representa uma queda de 3,7% (ou 12,9 milhões de toneladas a menos) em relação ao recorde de 2025.
O IBGE destacou que, a partir da próxima safra, canola e gergelim passam a integrar oficialmente o levantamento, refletindo o crescimento desses cultivos no país, embora ainda concentrados em poucos estados.
A safra 2025 marcou um ano histórico, com 345,6 milhões de toneladas, o maior volume já registrado, impulsionado por condições climáticas favoráveis e alta produtividade em diversas culturas. Apenas o Rio Grande do Sul enfrentou restrições mais severas de chuvas. A área colhida foi de 81,5 milhões de hectares, com crescimento de 3,1% frente a 2024.
Entre os principais produtos agrícolas, arroz, milho e soja seguem dominando a produção nacional, representando 92,6% do total previsto. Para 2026, o recuo geral deve ser liderado pelo milho (-9,3%), seguido por sorgo (-11,6%), arroz (-6,5%), algodão (-4,8%) e trigo (-3,7%). Já a soja deve apresentar leve alta de 1,1%, atingindo 167,7 milhões de toneladas, novo recorde para o país.
A produção de milho é estimada em 128,4 milhões de toneladas, uma redução expressiva diante das 141,6 milhões de toneladas de 2025. O desempenho negativo do cereal reflete menor rendimento e uma esperada desaceleração nas exportações. Já o arroz (em casca) deve alcançar 11,8 milhões de toneladas, enquanto o algodão herbáceo (em caroço) deve somar 9,3 milhões de toneladas.
No recorte regional, o IBGE aponta crescimento na produção apenas no Paraná (+2,4%) e no Rio Grande do Sul (+22,6%), enquanto o Mato Grosso (-9,8%), Goiás (-7,8%), Mato Grosso do Sul (-12,2%) e Minas Gerais (-4,7%) lideram as quedas.
Em 2026, a área a ser colhida deve atingir 81,5 milhões de hectares, um aumento modesto de 1,1% sobre o ano anterior. Entre os cultivos com expansão de área, destacam-se o milho (+0,7%), a soja (+0,3%) e o trigo (+0,2%).
Os resultados projetados podem influenciar diretamente as cotações das commodities agrícolas negociadas nos mercados futuros, especialmente na B3 (BMF:SOYFUT) e nos contratos internacionais do milho (CCOM:CORN) e da soja (CCOM:SOYBEAN). Um cenário de queda na oferta de grãos, aliado à expectativa de demanda firme, tende a manter os preços sustentados no curto prazo.
O desempenho das safras também afeta indiretamente o câmbio (FX:USDBRL) e o comportamento do contrato futuro de dólar (BMF:DOLFUT), já que o agronegócio responde por uma parcela expressiva das exportações brasileiras. Com a projeção de recuo no milho e estabilidade na soja, o impacto sobre a balança comercial pode ser moderado, mas relevante.
Mesmo diante da redução estimada para 2026, a safra brasileira continua em patamar elevado, reforçando a posição do país como um dos maiores produtores e exportadores de alimentos do mundo. A notícia mantém relevância estratégica no cenário atual da economia e da bolsa de valores, especialmente pelo potencial de influência nos preços de ações ligadas ao agronegócio e de empresas de insumos agrícolas.
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