Ibovespa atinge máxima histórica, com blue chips em alta e expectativas de inflação recuam

O índice Bovespa fechou em alta nesta segunda-feira (03/11), renovando máxima histórica pela sexta sessão consecutiva ao atingir 150.454 pontos, com avanço de 0,61%. O volume negociado na bolsa de valores foi de R$ 21,3 bilhões, acima da média móvel dos últimos 50 pregões de R$ 14,5 bilhões. O desempenho positivo refletiu a força das blue chips, como Itaú (BOV:ITUB4), Petrobras (BOV:PETR4 | BOV:PETR3) e Equatorial (BOV:EQTL3), em um dia marcado por balanços trimestrais e expectativa para decisão de juros do Comitê de Política Monetária (Copom), que deve manter a Selic em 15,0%. O índice futuro do Ibovespa (BMF:INDFUT) acompanhou o movimento, reforçando o otimismo do mercado.

O mercado de ações no Brasil foi impactado por uma combinação de fatores políticos, econômicos e externos. No cenário doméstico, o Boletim Focus trouxe recuo parcial das projeções para o IPCA 2025 a 4,55%, enquanto expectativas para 2026 permaneceram em 4,20% e 2027 e 2028 apresentaram quedas consecutivas, indicando leve reancoragem inflacionária. O potencial impulso fiscal do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com programas sociais como Minha Casa, Minha Vida e Luz para Todos, preocupa o Banco Central sobre a convergência da inflação à meta.

No front internacional, os índices norte-americanos, Dow Jones Futuro (CCOM:US30) e S&P 500 Futuro (CCOM:US500), mantiveram sinais mistos, enquanto o DXY (CCOM:DXY) avançou 0,15%, refletindo fortalecimento do dólar ante moedas globais. Commodity-wise, petróleo Brent (CCOM:OILBRENT) reagiu positivamente à decisão da Opep+ de aumentar produção em dezembro.

No front corporativo, o destaque negativo ficou com Marcopolo (BOV:POMO4), após rebaixamento pelo BTG Pactual, que cortou preço-alvo de R$ 12,00 para R$ 10,00. Entre os maiores contribuintes do índice Bovespa, Itaú (BOV:ITUB4 | setor bancário), Petrobras (BOV:PETR4 | BOV:PETR3 | energia e petróleo) e Equatorial (BOV:EQTL3 | energia elétrica) avançaram 1,66%, 1,18% e 2,59%, respectivamente.

Nas maiores altas percentuais, Minerva (BOV:MRFG3 | proteína animal), Bradespar (BOV:BRAP4 | investimentos) e CPFL Energia (BOV:CPFE3 | distribuição de energia) subiram 2,79%, 2,70% e 2,64%. Já as ações mais negociadas incluíram Petrobras (BOV:PETR4 | BOV:PETR3), Itaú (BOV:ITUB4) e Bradesco (BOV:BBDC4), refletindo interesse intenso do investidor em blue chips do setor financeiro e energético. Fora do Ibovespa, Light (BOV:LIGT3 | energia elétrica) se destacou com ganhos significativos, em expectativa da renovação de concessões pela ANEEL.

No mercado de juros futuros da B3, os vértices da curva apresentaram alta de até 3,0 pontos-base, em movimento de realização após fechamento relevante na semana anterior. Os contratos DI1FUT (BMF:DI1FUT) mais negociados registraram ajustes modestos, acompanhando a tendência dos yields norte-americanos, sinalizando cautela dos investidores diante da manutenção do juro em 15,0% pelo Copom. A curva de longo prazo apresentou variações mais suaves, enquanto a de curta e média duração absorveu maior volatilidade, refletindo expectativas de política monetária e leitura de mercado sobre futuras flexibilizações.

Confira o ranking completo de todos os papéis negociados na B3.

1. 💥 Confira os destaques corporativos de hoje 💥

   Alupar (ALUP11)

   A Alupar Investimento comunicou que sua controlada, Transmissora de Energia Central Paulistana (TECP), recebeu do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) os Termos de Liberação Definitivos referentes à fase I do projeto de modernização da Subestação Centro, localizada em São Paulo. Com a energização dessa etapa, a companhia passa a fazer jus a uma Receita Anual Permitida (RAP) de R$ 16,87 milhões, equivalente a 21,24% da RAP total do ciclo 2025/2026. Saiba mais…

   Azul (AZUL4)

   A Azul S.A. anunciou neste sábado (01/11) que chegou a um acordo global com o Comitê Oficial de Credores Quirografários (Official Committee of Unsecured Creditors – UCC), avançando em seu processo de reestruturação dentro do Chapter 11 nos Estados Unidos. O entendimento é considerado um marco relevante para a criação de um plano consensual, que deve orientar a reorganização financeira da companhia aérea nos próximos meses. Saiba mais…

   Banco do Brasil (BBAS3)

   O Banco do Brasil S.A. comunicou nesta segunda-feira (03/11) a renúncia de João Francisco Fruet Júnior ao cargo de Diretor do Corporate and Investment Bank. Para substituí-lo, a instituição indicou Julio César Vezzaro, funcionário de carreira com 24 anos de experiência no banco. Saiba mais…

   BB Seguridade (BBSE3)

   A BB Seguridade anunciou a nomeação de João Vagnes de Moura Silva como novo vice-presidente do Conselho de Administração, para mandato até 2027. A decisão foi aprovada pelo próprio Conselho e preenche uma posição que estava em aberto na estrutura de governança da companhia. Saiba mais…

   CBA (CBAV3)

   A Companhia Brasileira de Alumínio comunicou a conclusão da aquisição de participação em ativos de autoprodução de energia eólica do Complexo Serra do Tigre, localizado no Rio Grande do Norte (RN), anteriormente detidos pela Casa dos Ventos. A operação foi finalizada após o cumprimento das condições precedentes, incluindo aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Saiba mais…

   Ecorodovias (ECOR3)

   A Ecorodovias aprovou a 7ª emissão de debêntures simples, não conversíveis em ações, no valor total de R$ 1,25 bilhão. A operação terá prazo de vencimento de sete anos, com liquidação prevista para 15 de outubro de 2032, e os recursos obtidos serão aplicados em diversos propósitos corporativos, incluindo o resgate antecipado das debêntures da 6ª emissão. Saiba mais…

   Hidrovias do Brasil (HBSA3)

   A Hidrovias do Brasil anunciou nesta segunda-feira (03/11) a conclusão da venda de sua operação de navegação costeira (cabotagem) para a Companhia de Navegação Norsul. O valor da transação foi estimado em R$ 715 milhões, considerando o enterprise value. Segundo a empresa, o movimento permite maior foco em atividades consideradas estratégicas em seu portfólio, além de contribuir para o reforço da estrutura financeira. Saiba mais…

   Petrobras (PETR3/PETR4)

   A Petrobras anunciou a alteração das rotas de voos que transportam equipes de apoio e perfuração do primeiro poço na Bacia da Foz do Amazonas, na costa de Oiapoque (AP). Entre 26 de outubro e 30 de novembro, os deslocamentos, antes realizados via Belém (PA), passaram a ter como base Macapá (AP), coincidindo parcialmente com a realização da COP30. Saiba mais…

   O Conselho de Administração da Petrobras aprovou um novo Programa de Desligamento Voluntário (PDV), voltado a aproximadamente 1.100 empregados da controladora. O PDV será destinado a colaboradores em atividade que tenham se aposentado pelo INSS antes da promulgação da Emenda Constitucional nº 103/2019. Os desligamentos estão previstos ao longo de 2026. Saiba mais…

   Rede D’Or (RDOR3) 

   A Rede D’Or São Luiz consumou o fechamento com a George Holding S.A., sociedade detida por fundos geridos pela CVC Capital Partners, da alienação da totalidade da participação societária de sua titularidade no capital social da GSH Corp Participações S.A.

   Telefônica Brasil (VIVT3)

   Telefônica Brasil confirmou a incorporação da IPNet Serviços em Nuvem e Desenvolvimento de Sistemas por sua controlada Telefônica Cloud Brasil a partir de 1º de novembro de 2025. A operação extingue a IPNet como entidade separada e faz parte de um movimento de reorganização interna voltado à simplificação estrutural e à otimização administrativa. Saiba mais…

   Unifique (FIQE3)

   A Unifique Telecomunicações comunicou ao mercado, na sexta-feira (31/10), a assinatura de um contrato para adquirir 100% do capital social da CCS Telecom, provedora regional de serviços de internet com atuação no litoral de Santa Catarina. O valor total da transação é de R$ 70,6 milhões, com pagamento dividido entre uma parcela à vista e outras 36 parcelas mensais. Saiba mais…

   

   (Com informações da TCMover e Momento B3)