Incerteza econômica no Brasil recua em novembro para 107,6 pontos

O Indicador de Incerteza da Economia (IIE-Br), medido pela Fundação Getulio Vargas, mostrou um novo alívio em novembro ao recuar 1,4 ponto e alcançar 107,6 pontos. A métrica suavizada por médias móveis trimestrais também registrou queda de 1,0 ponto, para 107,7 pontos. Esses movimentos reforçam um ambiente econômico menos tensionado, ainda que fatores externos e climáticos sigam compondo o panorama de riscos.

Segundo a economista do FGV IBRE, Anna Carolina Gouveia, “O indicador de incerteza recuou em novembro influenciado, principalmente, pelo componente de Expectativas. O componente de Mídia, por sua vez, ficou relativamente estável, embora reflita diferentes fatores geradores de incerteza. Segundo uma nuvem de palavras a partir das notícias que o compõem, a incerteza esteve mais relacionada aos debates em torno da COP30 e em questões climáticas. Com o resultado, o IIE-Br se mantém em patamar considerado confortável de incerteza, abaixo dos 110 pontos, pelo terceiro mês seguido. Em médias móveis trimestrais o Indicador de Incerteza registra trajetória de queda ao longo do ano, sinalizando uma redução das incertezas econômicas em 2025. Essa tendência poderá se manter nos próximos meses, caso os indicadores econômicos continuem apresentando sinais positivos”.

No detalhamento dos componentes, o índice de Mídia teve variação mínima, com leve queda de 0,1 ponto para 111,0 pontos, contribuindo negativamente em 0,1 ponto para o resultado agregado. Já o componente de Expectativas, que mede a dispersão nas projeções de especialistas para variáveis macroeconômicas, apresentou queda mais expressiva de 5,8 pontos, passando a 90,8 pontos, o que retirou 1,3 ponto do indicador geral.

(fgv)

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