
IPC dos EUA sai na quinta-feira (13/11) com projeção de +0,3% mensal. Brasil divulga vendas no varejo na também na quinta-feira e IGP-10 na sexta-feira (14/11), enquanto Europa revela PIB do Q3 na sexta-feira.
A semana de 10 a 14 de novembro de 2025 reserva uma agenda econômica densa, com indicadores capazes de redefinir apostas sobre política monetária global. Nos Estados Unidos, o destaque fica para o IPC de outubro, divulgado na quinta-feira (13/11). O mercado projeta alta de +0,3% mensal (anterior: +0,25% sem ajuste sazonal) e +3,0% anual (anterior: 3,0%), com o núcleo em +0,2% mensal e +3,0% anual (anterior: 3,0%). Um número acima do esperado pode reforçar o tom hawkish do Fed, elevando yields dos Treasuries de 10 anos acima de 4,30% e fortalecendo o dólar (DXY). Abaixo da projeção, reforça soft landing, beneficiando ações do S&P 500 e títulos públicos de longo prazo.
Ainda nos EUA, na quinta-feira (13/11), saem os pedidos iniciais por seguro-desemprego (projeção: 218 mil; anterior: 237,5 mil média de 4 semanas) e produtividade não-agrícola do Q3 (projeção: 3,3%; sem anterior final). Dados fortes sustentam consumo, mas podem pressionar salários e inflação, impactando bonds corporativos. O leilão de Note a 10 anos na quarta (12/11) e Bond a 30 anos na quinta testarão demanda por refúgio. Estoques de petróleo EIA na quarta (12/11) influenciam WTI e prêmios de risco em Treasuries.
No Brasil, o IPCA de outubro será divulgado na terça-feira (11/11), com projeção de +0,48% mensal e +5,17% anual (sem anterior oficial, mas Boletim Focus aponta aceleração). Acima do esperado, reforça o comunicado duro do Copom, elevando DI janeiro/2027 para além de 12,10% e pressionando o real. Abaixo, alivia curva de juros, beneficiando NTN-B e ações de consumo no Ibovespa.
Na quinta-feira (13/11), o crescimento do setor de serviços de setembro tem projeção de +0,1% mensal e +2,5% anual (sem anterior detalhado). Resultado positivo impulsiona Ibovespa, especialmente varejo e bancos, enquanto fluxo cambial estrangeiro na quarta (12/11) pode sustentar o real em R$ 5,55. Vendas no varejo de setembro na quinta (projeção: +0,2% mensal; +0,4% anual) e IGP-10 de novembro na sexta (+0,1% mensal) completam o quadro. Dados fracos elevam risco fiscal, pressionando LTN e ações cíclicas.
Na Europa, o PIB do Q3 sai na sexta-feira (14/11), com projeção de +0,2% trimestral e +1,3% anual (anterior: 0,2% e 1,3%). Confirmação reforça recuperação gradual, estreitando spreads de BTP italiano e sustentando Euro Stoxx 50. Abaixo, acelera apostas em corte do BCE em dezembro, baixando yields dos Bunds. Produção industrial de setembro na quinta (projeção: -1,2% mensal; +1,1% anual) e IPC núcleo de outubro na sexta (+2,5% anual; anterior: 2,4%) são cruciais: inflação acima pressiona euro e Gilts.
Na quinta-feira (13/11), o Reino Unido divulga PIB do Q3 (projeção: +0,3% trimestral; +1,4% anual) e produção industrial (+0,4% mensal; -0,7% anual). Dados fortes sustentam libra e ações do FTSE 100, mas fracos elevam yields dos Gilts com BoE hawkish. IPC da França na sexta (+0,1% mensal; +1,0% anual) e balança comercial da zona do euro na sexta (+1,0B) completam o cenário.
Na Ásia, a China domina com produção industrial, vendas no varejo e investimento em ativos fixos na quinta-feira (13/11): projeções de +6,5%, +3,0% e -0,5% anual, respectivamente. Acima do esperado, alivia yuan e ações do CSI 300; abaixo, pressiona commodities e real via minério. Taxa de desemprego chinesa em 5,2% (anterior: 5,2%) reforça estímulos do PBOC.
No Japão, encomendas de máquina ferramenta na quarta (+9,9% anual; anterior: 8,1%) e índice de atividade terciária na sexta (-4,3%) sinalizam demanda interna. Dados fracos enfraquecem iene, beneficiando Nikkei via exportadores. Na Austrália, emprego de outubro na quinta (projeção: +14,9 mil; desemprego 4,5%) impacta AUD: forte eleva yields e ações do ASX 200.
Resumindo impactos potenciais: EUA com IPC acima impulsiona dólar e Treasuries, pressiona ações; Brasil com IPCA quente adia cortes da Selic, eleva DI e real volátil; Europa com PIB fraco acelera BCE dovish, beneficia Bunds e euro; Ásia com China forte sustenta commodities e emergentes. Mercados de títulos públicos atraem refúgio em dados fracos; juros sobem com inflação; câmbio favorece USD em surpresas altas; ações reagem positivamente a crescimento.
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