
Taxas futuras caem levemente após semana volátil, com o mercado ajustando apostas sobre os próximos passos do Copom.
O mercado de juros futuros encerrou a sexta-feira (07/11) com viés de baixa nos vértices longos da curva de juros, refletindo um movimento técnico de ajuste após a manutenção da taxa Selic em 15% pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O ambiente foi de cautela e menor liquidez, com investidores buscando realinhar posições depois da reação inicial de alta vista na véspera.
Entre os destaques do pregão, os contratos com vencimento em janeiro de 2028 (BMF:DI1F28) lideraram as quedas, recuando 0,27%, a 13,11% ao ano, seguidos pelos vencimentos em janeiro de 2029 (BMF:DI1F29), que caíram 0,19%, para 13,05%, e pelos vencimentos em janeiro de 2030 (BMF:DI1F30), que perderam 0,23%, fechando a 13,21%. Já os vértices mais curtos, como o DI1F26 (BMF:DI1F26), tiveram leve alta de 0,01%, a 14,89%, mostrando que o mercado ainda precifica juros elevados no curto prazo.
No grupo intermediário, o DI1F27 (BMF:DI1F27) — um dos mais líquidos da curva — recuou 0,14%, cotado a 13,86%, enquanto o DI1F31 (BMF:DI1F31) cedeu 0,04%, fechando em 13,37% ao ano. Os contratos mais longos, por sua vez, mostraram desempenho misto: o DI1F32 (BMF:DI1F32) e o DI1F33 (BMF:DI1F33) permaneceram estáveis em 13,50% e 13,55%, respectivamente, enquanto o DI1F34 (BMF:DI1F34) subiu 0,15%, a 13,59%, e o DI1F35 (BMF:DI1F35) avançou 0,04%, a 13,59%.
Os contratos de curto e médio prazo, como o DI1F26 e o DI1F27, concentraram o maior volume de negociações na B3, com 50 mil e 309 mil contratos, respectivamente. Esses vencimentos seguem sendo os mais líquidos da curva, refletindo diretamente as apostas sobre os próximos passos da política monetária e o comportamento das taxas de curto prazo.
Já entre os vértices longos, o destaque ficou para os DI1F28 e DI1F31, com volumes próximos de 198 mil e 77 mil contratos, respectivamente. Esses vencimentos são tradicionalmente os mais sensíveis às incertezas fiscais e políticas, e os ajustes observados hoje indicam que o investidor ainda adota postura conservadora diante das sinalizações recentes do governo.
O mercado reagiu de forma moderada à decisão do Copom, que manteve a Selic em 15%, reforçando a necessidade de uma política monetária contracionista por mais tempo para conter pressões inflacionárias. Essa comunicação, vista como hawkish, tende a manter as taxas curtas elevadas por mais tempo, reduzindo o espaço para cortes no primeiro semestre de 2026.
No cenário internacional, os rendimentos dos Treasuries dos EUA recuaram levemente, com o título de 10 anos operando a 4,13% e o de 30 anos a 4,72%, em meio à expectativa de que o Federal Reserve (Fed) siga cauteloso quanto a novos cortes de juros. Esse movimento contribuiu para aliviar a pressão sobre os juros futuros brasileiros, permitindo o ajuste técnico observado na curva longa.
A volatilidade do câmbio e a aversão global ao risco também influenciaram os negócios, mas o mercado de renda fixa doméstico mostrou resiliência, sustentando um tom de estabilidade no fechamento da semana. Para os próximos pregões, investidores acompanham dados de inflação e expectativas fiscais, que podem redefinir o ritmo dos ajustes na curva.
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