Juros Futuros ensaiam repique técnico. Traders observam resistência da curva longa e chance de retomada no curto prazo

Taxas tentam se firmar após decisão do Copom e baixa liquidez mantém o foco nos vértices intermediários da curva. Veja os pontos técnicos e estratégias para Swing Trade e Day Trade nesta sexta-feira (07/11).

O mercado de Juros Futuros (BMF:DI1FUT) iniciou o pregão desta sexta-feira (07/11) em compasso de espera, com baixa liquidez e taxas próximas da estabilidade em toda a curva. Após a decisão do Copom de manter a taxa Selic em 15% ao ano, o ambiente técnico e macroeconômico permanece de consolidação, especialmente nos vértices intermediário (BMF:DI1F29) e longo (BMF:DI1F33).

Na abertura, o DI Futuro (BMF:DI1F29) oscilava em leve alta de 0,19%, cotado a 13,105%, enquanto o DI Futuro (BMF:DI1F33) subia 0,26%, a 13,585%, refletindo a postura cautelosa dos investidores. Com uma agenda econômica esvaziada e sem novos indicadores de inflação ou atividade, o mercado opera ajustando posições de curto prazo e monitorando o comportamento da curva de juros dos EUA.

Tecnicamente, o DI1F29 segue em tendência de baixa pelas médias móveis de 21 e 200 dias, mantendo suporte importante em 13,00%, ponto que, se perdido, abriria espaço para correções até 12,80% e 12,65%, conforme projeções de Fibonacci. Entretanto, o IFR aponta para cima, sinalizando possível repique técnico em direção a 13,25% ou 13,50% — cenário que favorece operações de Swing Trade compradas com stops curtos abaixo de 13,00%.

No caso do DI1F33, o gráfico também indica tendência de baixa de longo prazo, com suporte em 13,45% e possível teste em 13,30% ou 13,15%. Um fechamento acima de 13,65% retomaria o viés positivo no curto prazo, projetando níveis de 13,90% a 14,25%, o que cria um bom ponto de entrada tática para Day Traders atentos à quebra da resistência imediata.

O contexto técnico mostra que ambos os vértices da curva estão próximos de zonas de reversão de curto prazo, sustentados por IFRs ascendentes. Isso reforça a leitura de que o mercado pode estar precificando um alívio moderado após semanas de pressão, embora a tendência primária ainda seja de queda moderada, alinhada ao cenário de estabilidade da Selic.

No plano fundamental, a decisão do Copom continua a ser o principal fator de ancoragem. A manutenção da Selic em 15% ao ano reforça a percepção de que um novo ciclo de cortes só deve ocorrer em 2026, movimento que já está parcialmente precificado nas taxas intermediárias. O mercado secundário do Tesouro Direto também reflete essa estabilização, com os títulos prefixados e IPCA+ oscilando dentro de margens estreitas nesta sexta-feira.

No exterior, o comportamento dos Treasuries norte-americanos adiciona cautela. Os rendimentos de 10 anos seguem acima de 4,60%, e as apostas em torno da postura do Federal Reserve (Fed) ainda limitam movimentos agressivos nos mercados emergentes. Esse cenário global reforça o caráter técnico dos ajustes observados no mercado de juros brasileiro.

Para o Swing Trade, a leitura predominante é de repique técnico dentro de tendência de baixa, com espaço limitado para ganhos rápidos até as resistências mencionadas. A estratégia mais conservadora seria entrar comprado nos repiques, mantendo stops curtos e alvos modestos nos topos anteriores — um cenário ideal para quem busca operações de reversão leve ou posicionamento tático na curva longa.

Já para o Day Trade, o foco deve estar na faixa intradiária entre 13,05% e 13,15% no DI1F29 e entre 13,55% e 13,65% no DI1F33, aproveitando oscilações curtas em dias de baixo volume e volatilidade controlada. O padrão técnico atual favorece operações scalping de reversão, com bom gerenciamento de risco e uso de médias curtas (5 e 9 períodos) como referência.

No geral, a ausência de gatilhos macroeconômicos e a manutenção da Selic em patamar elevado mantêm a curva de juros ancorada, mas o viés técnico sugere espaço para repiques pontuais. A tendência de longo prazo, contudo, segue de baixa controlada, com o mercado em compasso de espera por sinais concretos de política monetária em 2026.

A análise acima foi realizada pela ferramenta AI – ADVFN Intelligence. A AI é a principal fornecedora de análise financeira e pesquisa impulsionada por Inteligência Artificial disponível no mercado. TESTE GRATUITAMENTE a Inteligência Artificial da ADVFN.