
Nesta sexta-feira, 7 de novembro, os mercados globais iniciaram o dia influenciados por uma série de fatores internacionais e domésticos. Entre os principais elementos que moldaram o cenário estão os dados comerciais decepcionantes da China, a instabilidade política nos Estados Unidos e os ajustes na política monetária brasileira.
Depois de uma sessão anterior marcada por forte pressão vendedora nos papéis de tecnologia, os índices futuros americanos tentaram uma recuperação parcial logo após a abertura, mas no momento da abertura do mercado de ações, o Nasdaq Futuro (CCOM:US100) já apresentava queda de 0,71%, indicando que o movimento corretivo ainda não encontrou sustentação.
O tom negativo da véspera foi agravado por dados preocupantes sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos. De acordo com a consultoria Challenger, Gray & Christmas, o número de demissões em outubro atingiu o maior patamar para o mês em mais de duas décadas, elevando o sentimento de cautela entre os investidores e pressionando os ativos de risco.
Na Ásia, o desempenho comercial da China em outubro ficou aquém das expectativas, com uma desaceleração acentuada nas exportações. O resultado, atribuído em grande parte às tarifas impostas pelos EUA, provocou quedas nos principais índices da região: o Nikkei recuou 1,19%, o Hang Seng caiu 0,92% e o Shanghai SE teve baixa de 0,25%.
Nos Estados Unidos, o impasse político resultou em mais um shutdown, interrompendo pela segunda vez a divulgação do relatório de empregos (payroll). Sem esse indicador essencial, o Federal Reserve fica sem uma referência clara sobre o mercado de trabalho, o que pode aumentar a prudência da autoridade monetária e reacender as expectativas de corte de juros em dezembro.
No cenário doméstico, o Comitê de Política Monetária (Copom) adotou uma postura mais conservadora, levando os agentes financeiros a postergar suas projeções para o início da redução da taxa Selic. A maioria dos analistas agora espera que o ciclo de cortes comece apenas em março. Apesar disso, o Ibovespa (BOV:IBOV) demonstrou força nos últimos dias, acumulando 12 altas consecutivas até ontem. Hoje, o índice apresenta leve retração de 0,18%, sendo negociado a 153.070 pontos.
Entre os destaques positivos do dia está o resultado financeiro da Petrobras, que superou as estimativas do mercado. As ações da estatal operam em alta: a ação ordinária (BOV:PETR3) avança 0,28% e a ação preferencial (BOV:PETR4) sobe 0,26%. Os recibos de ações negociados nos EUA (NYSE:PBR)) também registram valorização de 0,66% no after hours, impulsionados pela elevação nos preços do petróleo Brent (+0,61%) e Crude (+0,56%).
No mercado de renda fixa, os contratos futuros de Depósitos Interfinanceiros (DI) com vencimentos entre 2026 (BMF:DI1F26) e 2035 (BMF:DI1F35) operam em alta, refletindo o reposicionamento da curva de juros após o comunicado do Copom. No câmbio, o dólar comercial (FX:USDBRL) sobe 0,19%, cotado a R$ 5,3612, enquanto o euro (FX:EURBRL) registra alta de 0,31%, negociado a R$ 6,1996.
Já no universo das criptomoedas, o dia é de perdas generalizadas. O Bitcoin (COIN:BTCUSD) recua 0,79% e o Ethereum (COIN:ETHUSD) apresenta queda de 2,01%, em meio à redução do apetite por ativos de risco. A exceção fica por conta do Dogecoin (DOGEUSD), que registra leve alta de 0,51%, contrariando a tendência predominante no setor.
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