Petrobras encerra o dia em alta, descolando de estabilidade no Petróleo

Ações da estatal brasileira do setor petroleiro sobem mais de 1,9% em meio a expectativas positivas para o balanço do 3T25 e decisão favorável no STJ.

A Petrobras (BOV:PETR4) | (BOV:PETR3) | (NYSE:PBR) registrou um desempenho positivo nesta quarta-feira, 5 de novembro de 2025, nas principais bolsas de valores onde está listada. Na B3, as ações preferenciais PETR4 fecharam em R$ 30,85, com alta de R$ 0,60 ou 1,98%, enquanto as ordinárias PETR3 avançaram para R$ 32,67, ganhando R$ 0,58 ou 1,81%. O volume negociado foi robusto, com 40,375,900 papéis para a PETR4 e 15,054,300 para a PETR3, refletindo o interesse contínuo dos investidores em meio a um cenário de volatilidade global no setor de energia.

Do outro lado do Atlântico, as American Depositary Receipts (ADRs) da companhia também brilharam na NYSE. A PBR encerrou o pregão em US$ 12,13, com valorização de US$ 0,30 ou 2,54%, movimentando 26,519,461 unidades. Já a PBR.A, que representa as ações ordinárias, subiu para US$ 11,45, com ganho de US$ 0,28 ou 2,51%, e volume de 10,427,167 contratos. Esses números superam a média recente, sinalizando uma confiança renovada por parte dos investidores estrangeiros na gestão da estatal brasileira.

Em comparação com os preços do petróleo, o desempenho das ações da Petrobras se destacou positivamente. O Petróleo Brent (CCOM:OILBRENT) fechou estável em US$ 63,495, sem variação percentual, após oscilar entre US$ 63,44 e US$ 63,55. Já o Petróleo WTI (CCOM:OILCRUDE) registrou leve alta de 0,06%, para US$ 59,545, com amplitude entre US$ 59,50 e US$ 59,59. Diferentemente do que se observa em dias de quedas acentuadas nas commodities, as cotações da Petrobras não seguiram a toada morna do barril, impulsionadas por fatores internos que mitigraram qualquer pressão externa.

O mercado de commodities energéticas globais mostrou sinais de cautela nesta sessão, com o Brent mantendo-se estável em patamares baixos devido a preocupações com a demanda chinesa e estoques elevados nos EUA. No entanto, a resiliência das ações da Petrobras sugere que os players do mercado estão priorizando narrativas corporativas locais sobre as flutuações do óleo cru. Essa desconexão é um alívio para analistas, que veem na estatal uma oportunidade de hedge contra a volatilidade das commodities.

Entre os assuntos que movimentaram o mercado em torno da Petrobras hoje, destaca-se a vitória judicial no Superior Tribunal de Justiça (STJ). A decisão favorável em uma ação de R$ 2,9 bilhões contra uma ex-fornecedora fortaleceu o caixa da companhia, sendo interpretada como um boost para a confiança dos acionistas. Além disso, a expectativa pelo balanço do terceiro trimestre de 2025, agendado para esta sexta-feira, 7 de novembro, mantém o otimismo elevado, com projeções de lucros robustos impulsionados por eficiência operacional e exportações.

Outro fator relevante foi o anúncio recente do Programa de Demissão Voluntária (PDV), aprovado na véspera para 1.100 funcionários, visto como uma medida estratégica de corte de custos em um ambiente de transição energética. Paralelamente, as perspectivas de dividendos atrativos para 2025 – com yield estimado entre 12% e 16% – continuam a atrair investidores em busca de renda passiva, especialmente em um contexto de juros altos no Brasil.

Para contextualizar o desempenho da Petrobras no cenário global, uma comparação com pares internacionais revela um quadro misto. A ConocoPhillips (NYSE:COP) subiu modestos 0,64%, para US$ 88,4692, enquanto a Chevron (NYSE:CVX) recuou 0,27%, fechando em US$ 152,98. A Equinor ASA (NYSE:EQNR) teve o pior desempenho do grupo, com queda de 0,75% para US$ 23,79, pressionada por ventos contrários na Europa. Já a Shell (NYSE:SHEL) foi a grande vencedora, avançando 1,18% para US$ 74,61, beneficiada por sua diversificação em gás natural.

A TotalEnergies (NYSE:TTE) sofreu mais, caindo 1,22% para US$ 60,50, em meio a desafios regulatórios na França, e a Exxon Mobil (NYSE:XOM) mal se mexeu, com perda de 0,21% para US$ 113,90. Nesse comparativo, a Petrobras se posicionou entre as melhores, superando gigantes como Chevron, Equinor e TotalEnergies, mas ficando ligeiramente atrás da Shell. Essa performance relativa reforça a percepção de que a estatal brasileira está navegando melhor as turbulências do setor, graças a reservas robustas e uma agenda de desinvestimentos acelerada.

Fatores que influenciaram os preços de PETR3 e PETR4 hoje

• Petróleo: Estabilidade no Brent e leve alta no WTI limitaram pressões baixistas, mas não impulsionaram o setor como em sessões anteriores.
• Petrobras: Vitória no STJ e expectativa pelo balanço do 3T25 atuaram como catalisadores positivos, elevando o apetite por risco nas ações da estatal.

No geral, o dia foi de consolidação para a Petrobras, com ganhos consistentes nas bolsas que contrastam com a calmaria nas commodities. Investidores devem ficar atentos aos desdobramentos do balanço trimestral, que pode definir o tom para o restante do ano.

A análise acima foi realizada pela ferramenta AI – ADVFN Intelligence. A AI é a principal fornecedora de análise financeira e pesquisa impulsionada por Inteligência Artificial disponível no mercado. TESTE GRATUITAMENTE a Inteligência Artificial da ADVFN.