
Expectativas do mercado apontam capex menor, possível ajuste de opex e produção média próxima de 2,58 milhões de barris por dia, enquanto PETR4 opera a R$32,30 (+0,22%) na bolsa de valores.
A Petrobras (BOV:PETR4) divulga nesta quinta-feira (28/11) seu Plano Estratégico 2026-2030, em meio a um cenário desafiador marcado pelo petróleo Brent estabilizado na casa dos US$ 60 por barril e pelo receio de um ciclo prolongado de preços mais baixos. O mercado está atento a possíveis cortes de investimento, ajustes de portfólio e à nova projeção de produção — fatores que influenciam diretamente o humor dos investidores na bolsa de valores.
O preço do petróleo, que até poucos meses sustentava projeções acima de US$ 80, trouxe uma mudança de rota para a Petrobras. Com margens mais apertadas, o setor de óleo & gás exige eficiência e prioridade em projetos com retorno mais rápido. Por isso, o mercado acredita que o novo plano refletirá maior disciplina financeira e otimização operacional — sem comprometer a expansão prevista para os próximos anos.
Uma pesquisa conduzida pelo Itaú BBA com 49 investidores institucionais indica expectativa de investimento (capex) em torno de US$ 18,5 bilhões, com capex operacional estimado em US$ 16,2 bilhões e produção de aproximadamente 2,58 milhões de barris por dia em 2026.
As projeções embutem uma redução de cerca de US$ 1 bilhão no investimento para o próximo ano, impulsionada principalmente pela transferência de projetos de revitalização (Revits) para avaliação interna e outras otimizações fora do Upstream.
O banco avalia que o médio prazo (2027-2028) pode trazer um quadro mais construtivo, especialmente após o pico recente de projetos de E&P. Caso o plano apresente cortes de despesas operacionais (opex), o sentimento do mercado pode melhorar ainda mais — já que a preocupação predominante hoje recai sobre investimentos, não sobre custos.
Fontes do mercado apontam que o capex total do ciclo deve ficar próximo de US$ 106 bilhões, abaixo dos US$ 111 bilhões estimados anteriormente.
A Petrobras ainda não divulgou comentários públicos detalhando o plano, mas fontes internas citadas pelo setor reforçam que a estatal priorizará projetos com maior retorno econômico, equilíbrio de caixa e disciplina no endividamento — especialmente em um momento de possível pressão sobre a dívida bruta caso o petróleo siga abaixo de US$ 65.
Às 10h30 desta quarta-feira (27/11), as ações Petrobras PN (BOV:PETR4) eram negociadas a R$ 32,30, em leve alta de 0,22%, refletindo expectativa positiva antes da divulgação do plano. O papel se aproxima da máxima intradia, após abrir o pregão próximo da estabilidade, enquanto investidores reagem com cautela às discussões sobre capex, endividamento e produção futura.
A Petrobras é a maior companhia integrada de energia do Brasil, atuando nos segmentos de exploração, produção, refino, gás natural, energia e logística. Suas principais operações estão concentradas no pré-sal, área responsável pelos maiores volumes de produção. Entre suas concorrentes globais estão ExxonMobil (NYSE:XOM), Chevron (NYSE:CVX), Shell (LSE:SHEL) e Equinor (NYSE:EQNR). PETR4 é uma das ações mais negociadas da bolsa de valores brasileira e compõe o Ibovespa (BOV:IBOV).
Com expectativas elevadas e um cenário global desafiador, o novo Plano Estratégico da Petrobras deve definir o tom para PETR4 nos próximos meses.
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