Petróleo recua nesta quarta-feira (05/11) com temores de excesso de oferta e pressões cambiais

Brent e WTI encerram o dia em leve alta. Petrobras sobe na B3, enquanto Exxon e Chevron recuam em Nova York.

O mercado de petróleo encerrou esta quarta-feira (05/11) com movimentos mistos, após uma sessão volátil marcada por preocupações com o aumento dos estoques nos Estados Unidos e pela valorização do dólar, que tende a reduzir o apetite por commodities cotadas na moeda americana.

Durante a manhã, os contratos futuros do Óleo Brent (CCOM:OILBRENT) chegaram a operar em alta, refletindo compras técnicas após as quedas anteriores. No entanto, as expectativas de que a Opep+ mantenha os níveis de produção inalterados e os sinais de desaceleração da demanda na Ásia limitaram os ganhos.

Ao final da sessão, o Brent para janeiro fechou estável a US$63,49 por barril, enquanto o Petróleo WTI (CCOM:OILCRUDE) para dezembro encerrou a US$59,56, com leve alta de 0,08%, após oscilar entre mínima de US$59,51 e máxima de US$59,61.

Empresas brasileiras do setor

As ações da Petrobras (BOV:PETR4) | (BOV:PETR3) | (NYSE:PBR) | (NYSE:PBR.A) avançaram pelo segundo dia consecutivo, acompanhando o otimismo doméstico após decisões judiciais favoráveis e expectativa positiva pelos resultados do terceiro trimestre, previstos para esta quinta-feira (07/11).

• PETR3 fechou em R$32,67, alta de 1,81%.

• PETR4 encerrou o pregão a R$30,85, valorização de 1,98%.

• Na NYSE, os ADRs PBR e PBR.A subiram 2,70% e 2,51%, respectivamente.

A PRIO (BOV:PRIO3) também teve sessão positiva, com avanço de 2,88%, cotada a R$37,81, impulsionada por revisões otimistas de analistas após a divulgação de seu balanço trimestral. Já PetroReconcavo (BOV:RECV3) recuou 1,02%, enquanto Brava Energia (BOV:BRAV3) subiu 1,93%, mostrando um desempenho misto no segmento de exploração e refino.

Gigantes globais do petróleo

Nas bolsas internacionais, o desempenho das petroleiras refletiu o ambiente de cautela. A Shell (NYSE:SHEL) teve leve alta de 1,18%, enquanto a BP (NYSE:BP) subiu 1,68%, sustentada pela recuperação parcial do Brent. A italiana ENI (NYSE:E) avançou 0,50%, e a TotalEnergies (NYSE:TTE) encerrou praticamente estável, com +0,15%.

Por outro lado, as americanas Chevron (NYSE:CVX) e ExxonMobil (NYSE:XOM) recuaram 0,26% e 0,21%, respectivamente, pressionadas pela percepção de margens menores diante da queda recente do preço do petróleo e da perspectiva de aumento da oferta global.

Contexto e perspectivas

Os investidores seguem atentos ao balanço entre produção e demanda. O Departamento de Energia dos EUA (DoE) prevê que o preço médio do Brent pode cair para US$62 no quarto trimestre de 2025 e US$52 em 2026, caso o ritmo de oferta siga acima da média. Além disso, o fortalecimento do dólar tem sido um fator de peso sobre as commodities, reduzindo o poder de compra de importadores.

Apesar da recente pressão sobre os preços, o setor de petróleo segue relevante para o desempenho do mercado financeiro brasileiro, especialmente por seu peso na B3 e pela forte geração de caixa das grandes produtoras nacionais.

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