
Comparação exclusiva dos números de Itaú Unibanco, Bradesco e Santander antes da divulgação do balanço financeiro do Banco do Brasil, com projeções que apontam risco elevado para o BB.
Faltando menos de 24 horas para o Banco do Brasil (BOV:BBAS3) apresentar seu balanço do terceiro trimestre de 2025, o mercado já tem um veredicto claro sobre os três grandes bancos privados: o Itaú Unibanco (BOV:ITUB3) | (BOV:ITUB4) segue imbatível em rentabilidade e saúde financeira, o Bradesco (BOV:BBDC3) | (BOV:BBDC4) mostra o maior crescimento operacional do período e o Santander Brasil (BOV:SANB11) surpreende positivamente em eficiência e controle de custos. Mas qual deles realmente entrega o melhor resultado até agora — e, mais importante, qual vale mais a pena para o investidor na bolsa?
O Itaú Unibanco fechou o 3T25 com lucro líquido recorrente de 11,9 bilhões de reais, alta de 11,3% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, e um retorno sobre o patrimônio líquido anualizado de 23,3%, o maior entre todos os grandes bancos. A inadimplência acima de 90 dias permaneceu em apenas 1,9%, com o segmento de pessoa física registrando o menor nível da história. A carteira de crédito total atingiu 1,402 trilhão de reais, com crescimento de 6,4% em 12 meses, puxado especialmente pelo crédito imobiliário, que subiu 15,2%. A margem financeira com clientes avançou 11% na comparação anual, enquanto as receitas com serviços e seguros cresceram 7,1%. O índice de eficiência no Brasil alcançou 37,7%, o melhor patamar já registrado para um terceiro trimestre. O banco ainda revisou para cima sua projeção de margem com mercado para 2025, agora entre 3,0 e 3,5 bilhões de reais.
Já o Bradesco reportou lucro recorrente de 6,2 bilhões de reais, com impressionante crescimento de 18,8% ano contra ano — o maior salto entre os três. A carteira de crédito expandida chegou a 1,03 trilhão de reais, com alta de 9,6% em 12 meses e 1,6% no trimestre, liderada por micro, pequenas e médias empresas e pessoa física, que cresceu 13,8%. A margem financeira com clientes disparou 19%, refletindo spreads mais altos e volume maior. Apesar do aumento de 20% nas provisões para devedores duvidosos, que totalizaram 8,5 bilhões de reais, a inadimplência acima de 90 dias caiu 0,1 ponto percentual em um ano, para 5,4%. O ROE subiu para 14,7%, com melhora de 2,3 pontos em relação ao 3T24. O banco superou suas próprias projeções em crescimento de crédito, receitas de serviços e resultado de seguros, que saltou 21,7%.
O Santander Brasil, por sua vez, entregou lucro de 4,0 bilhões de reais, alta de 9,4% na base anual e 9,6% no trimestre, superando as expectativas do mercado, que previam estabilidade em torno de 3,7 bilhões. O ROE atingiu 17,5%, acima dos 17,0% do ano anterior e das projeções de 16,3%. A carteira de crédito cresceu 3,8% em 12 meses, para 688,8 bilhões de reais, com foco em pequenas e médias empresas e financiamento ao consumo. As comissões subiram 4,1%, impulsionadas por cartões e seguros, mas a margem financeira total ficou praticamente estável, pressionada por uma margem com mercado negativa de 1,3 bilhão de reais. A inadimplência subiu 0,3 ponto no trimestre, para 3,4%, mas as provisões caíram 4,9% em relação ao 2T25, para 6,5 bilhões de reais. As despesas gerais permaneceram estáveis em 6,4 bilhões, beneficiadas pela redução de 2,2 mil colaboradores.
Em termos de saúde financeira, o Itaú é o mais robusto: combina a menor inadimplência, o maior ROE, a melhor eficiência operacional e a maior consistência em guidance. O Bradesco mostra vitalidade no crescimento, com a carteira mais dinâmica e margens em alta, mas ainda lida com um índice de inadimplência elevado e despesas operacionais acima do projetado. O Santander se destaca pela disciplina de custos e pela surpresa positiva no lucro e ROE, mas cresce menos e sofre com volatilidade na margem de mercado.
Do ponto de vista de investimento, o Itaú Unibanco (ITUB4) negocia a R$ 40,37 com P/L de 9,9, P/VP de 2,0 e dividend yield de 7,0%, justificando múltiplos mais altos por seu ROE de 23,3%, inadimplência mínima de 1,9% e eficiência recorde de 37,7%. O Bradesco (BBDC4), a R$ 19,08, apresenta P/L de 9,5, P/VP de 1,15 e dividend yield de 7,0%, igual ao do Itaú, com alta de 50,3% em 12 meses, refletindo sua recuperação acelerada (lucro +18,8% ano a ano e carteira +9,6%). Já o Santander Brasil (SANB11), cotado a R$ 32,65, tem P/L de 10,1, P/VP de 0,99 e yield de 5,75%, sendo o mais barato em relação ao patrimônio, mas com crescimento modesto (+3,8% na carteira) e margem de mercado negativa.
Comparando os múltiplos fundamentalistas, Itaú Unibanco é a melhor opção de investimento entre os três por combinar qualidade superior, estabilidade e dividendos previsíveis, ideal para investidores defensivos com upside de +14% (preço alvo de ITUB4 em R$ 46). O Bradesco oferece o maior potencial de valorização por recuperação, podendo subir entre +30 e +40% se mantiver o turnaround, sendo a escolha tática para 12-24 meses. O Santander, apesar de barato, tem menor crescimento e dividend yield, servindo, no momento, apenas para diversificação de carteira ou value investing com paciência. Em resumo, no campo fundamentalista: compre ITUB4 para fazer uma aposta com mais segurança, BBDC4 para aposta de grande ganho e SANB11 só se sobrar exposição.
Enquanto isso, as projeções para o Banco do Brasil apontam para um cenário bem mais desafiador. Analistas estimam lucro entre 3,4 e 4,0 bilhões de reais, uma queda de até 64% em relação ao 3T24, com ROE projetado em apenas 7,4%. A inadimplência no agronegócio pode chegar a 5,1%, e as provisões são esperadas em 16,3 bilhões de reais, alta de 61,7% no ano. A carteira deve crescer cerca de 8,7%, mas o custo do crédito elevado e a pressão regulatória devem comprometer a rentabilidade. Comparado aos três privados, o BB aparece como o mais fraco em praticamente todos os indicadores — e com risco de nova decepção amanhã.
Na véspera do balanço do BB, o Itaú Unibanco se consolida como o banco com o melhor e mais saudável resultado do 3T25. Para quem busca solidez e dividendos consistentes, ITUB4 é a melhor opção. Para quem aposta em recuperação com upside significativo, BBDC4 é a mais promissora. O Santander fica como alternativa conservadora, mas o Banco do Brasil, pelas projeções, deve continuar sendo o patinho feio do setor — pelo menos até 2026.
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