Zamp reduz prejuízo e fortalece geração de caixa no 3T25, mas dívida líquida avança

Resultados mostram melhora operacional com avanço do EBITDA e receita, mesmo com prejuízo líquido e desafios na estrutura de capital; ação opera em leve queda na B3.

A Zamp S.A. (BOV:ZAMP3), operadora das marcas Burger King e Popeyes na bolsa de valores brasileira (B3), reportou prejuízo líquido de R$ 22,5 milhões no terceiro trimestre de 2025, redução de 30,8% frente à perda de R$ 32,5 milhões registrada no 3T24. Excluindo os efeitos do IFRS 16, o prejuízo foi de R$ 21,6 milhões, queda de 28,7% na comparação anual.

O destaque do trimestre ficou com a geração de caixa operacional. O EBITDA ajustado somou R$ 182,3 milhões, alta de 34,5%, com margem de 13,9% sobre a receita líquida — avanço de 184 pontos-base. Sem IFRS 16, o indicador atingiu R$ 114,3 milhões, aumento de 48,9%, com margem de 8,7%.

A receita operacional líquida da companhia foi de R$ 1,31 bilhão, crescimento de 16,7% na comparação com o 3T24, impulsionada por aumento no tráfego das lojas e ajustes de preço no período. O custo dos materiais vendidos (CMV) ficou em R$ 447,8 milhões, avanço de 14,9%, porém com redução relativa de 34,7% para 34,2% da receita.

No balanço, a Zamp encerrou o trimestre com dívida bruta de R$ 1,11 bilhão, recuo de 27,2% frente ao ano anterior. Já a dívida líquida (sem IFRS 16) subiu 40,6%, alcançando R$ 767,7 milhões, enquanto o patrimônio líquido caiu 11,7%, para R$ 1,45 bilhão.

No pregão desta sexta-feira (07/11), as ações ZAMP3 eram negociadas a R$ 3,35, em leve queda de 0,59%. No dia, os papéis oscilavam entre R$ 3,32 e R$ 3,37, após abrirem cotados a R$ 3,36. No acumulado de 52 semanas, a faixa de negociação foi de R$ 2,09 a R$ 3,69.

A Zamp é uma das principais operadoras de restaurantes de fast-food no Brasil, controlando as marcas Burger King e Popeyes. O segmento é competitivo e marcado por pressão de custos, dinamismo promocional e necessidade constante de ganhos de eficiência operacional.

Para investidores, o trimestre mostra avanços importantes na rentabilidade, mas a estrutura de capital segue como ponto de atenção, especialmente diante da elevação da dívida líquida.