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Afluências abaixo da média pressionam reservatórios e elevam atenção do setor elétrico em 2026

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O volume de água previsto para chegar aos reservatórios das hidrelétricas brasileiras em janeiro deverá ficar abaixo da média histórica em todo o Sistema Interligado Nacional (SIN), de acordo com dados divulgados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). A sinalização reforça um cenário de cautela no setor elétrico, especialmente em um período tradicionalmente marcado por chuvas mais intensas e recuperação dos níveis de armazenamento.

As projeções indicam precipitações inferiores à média na região central do País, com impacto direto sobre as afluências em bacias relevantes do Sudeste/Centro-Oeste e do Nordeste, como Grande, Tietê, Paranapanema, Tocantins e São Francisco. Em contrapartida, as bacias do Paraná, do Uruguai e da região Amazônica devem registrar volumes próximos à média histórica, com áreas do extremo Norte apresentando possibilidade de volumes acima do padrão histórico.

Na análise por subsistema, a expectativa do ONS é de Energia Natural Afluente (ENA) equivalente a 85% da média de longo termo (MLT) no Norte, 83% no Sudeste/Centro-Oeste, 75% no Sul e apenas 55% no Nordeste. Os números evidenciam um quadro de maior fragilidade no Nordeste, que tradicionalmente já opera com menor flexibilidade hídrica.

As projeções sucedem um mês de dezembro também marcado por afluências abaixo da média histórica. No Sudeste/Centro-Oeste, o período registrou a 10º pior afluência da série histórica de 95 anos, com ENA em 72% da MLT. No Nordeste, a ENA ficou em 43%, configurando a 4º menor marca já observada. No Norte, o índice foi de 68%, representando o 19º pior resultado histórico. Já no Sul, a ENA atingiu 75%, posicionando-se na mediana dos registros históricos.

Diante desse cenário, cresce no setor elétrico a preocupação com o nível de armazenamento ao fim do verão, fator que exerce influência direta sobre a formação dos preços de energia no mercado. Ainda assim, a avaliação inicial indica que, apesar das afluências abaixo da média histórica, haverá espaço para alguma recomposição dos reservatórios ao longo de janeiro.

No Sudeste/Centro-Oeste, o volume armazenado deve avançar dos atuais 43,7% para 53,5% até o final de janeiro. No Nordeste, a projeção aponta elevação de 45,3% para 55,4%, enquanto no Norte o armazenamento deve passar de 54,6% para 58,9%. O Sul aparece como exceção, com expectativa de queda de 77% para 64,3% no período.

Essas projeções consideram não apenas os volumes esperados de ENA, mas também a política operativa definida pelo ONS. No Nordeste, por exemplo, a geração hidráulica vem sendo minimizada em atendimento à resolução da Agência Nacional de Águas (ANA). Já no Sul e no Sudeste/Centro-Oeste, a geração está sendo ajustada para controle dos níveis dos reservatórios.

O ONS destaca ainda que a perspectiva de afluências abaixo da média deve se estender para fevereiro. No Sudeste/Centro-Oeste, 56,2% dos cenários indicam ENA entre 70% e 90% da MLT. No Nordeste, mais de 70% dos cenários apontam volumes inferiores a 70% da média do mês. No Sul, há grande dispersão, com mais de 65% dos cenários sugerindo afluências abaixo do histórico, embora exista cerca de 15% de chance de volumes significativamente superiores à média. No Norte, a tendência é de aumento das afluências, com mais de 30% de probabilidade de ficar dentro ou acima da média histórica.

Considerando os cenários até abril, o ONS reforça a perspectiva de ENA abaixo da média histórica ao longo de todo o período, que normalmente concentra volumes mais elevados de chuva e permite o enchimento dos reservatórios para atravessar o período seco, que vai de maio a setembro.

Possíveis impactos no mercado financeiro.

Por se tratar de uma notícia de caráter estrutural e macroeconômico, o cenário de afluências abaixo da média tende a gerar impactos relevantes sobre o mercado financeiro. A expectativa de menor conforto hídrico pode influenciar a formação dos preços de energia elétrica, com reflexos sobre empresas do setor elétrico listadas na bolsa de valores, além de potenciais efeitos indiretos sobre inflação, câmbio e títulos públicos, especialmente se houver necessidade de maior despacho de fontes térmicas ao longo do ano.

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