BofA Securities divulga sua previsão para o preço do cobre em 2026, em meio ao aumento da pressão sobre a oferta

Os preços do cobre podem permanecer sustentados até 2026, com restrições de oferta previstas para persistir após preocupações com a disponibilidade global terem impulsionado o metal a novas máximas históricas na quarta-feira, de acordo com analistas do BofA Securities.

Os negociadores têm redirecionado grandes volumes de cobre para os Estados Unidos, numa tentativa de reduzir a exposição a potenciais tarifas abrangentes impostas pelo governo Trump. Essa mudança apertou a oferta em outras regiões, impulsionando ainda mais a alta dos preços.

Somadas às expectativas de que um corte na taxa de juros pelo Federal Reserve em dezembro possa ajudar a impulsionar a atividade econômica, essas dinâmicas pressionaram o dólar americano e elevaram o preço do cobre. Os contratos futuros de cobre na Bolsa de Metais de Londres (LME) subiram 1,6%, para US$ 11.362,00 por tonelada métrica, na quarta-feira, após atingirem uma máxima intradia de US$ 11.434,50.

Em uma nota de pesquisa, analistas do BofA, incluindo Michael Widmer e Danica Averion, afirmaram que esperam que o mercado de cobre permaneça deficitário até 2026, a menos que haja uma forte contração de mais de 3% na demanda chinesa.

A China — maior compradora mundial de cobre — está entrando em uma fase de desaceleração após décadas de rápido crescimento que ajudaram a impulsionar os preços de cerca de US$ 1.500 por tonelada, há 25 anos, para mais de US$ 10.000 atualmente.
Mudanças nas políticas públicas, ciclos variáveis ​​de infraestrutura e incertezas geopolíticas são apontados como potenciais fatores que podem prejudicar a demanda futura.

O Bank of America prevê que o consumo de cobre na China aumentará apenas 0,5% em 2026 em comparação com o ano anterior, o que representaria o crescimento mais fraco desde 1988.

Ainda assim, a resiliência em outras regiões pode ajudar a contrabalançar a moderação da China. Os analistas observaram que a demanda dos EUA e da Europa poderia fornecer um apoio significativo.

Apesar do cenário macroeconômico “desafiador” previsto para o próximo ano, a equipe afirmou que permanece “otimista” em relação às perspectivas para o metal. Eles projetam que o cobre poderá atingir uma média de cerca de US$ 11.750 por tonelada em 2026.

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