
Relatório Focus: os analistas do mercado financeiro consultados pelo Banco Central (BC) revisaram para baixo a estimativa de inflação para 2025, enquanto mantiveram inalterada a projeção de crescimento da economia brasileira. O movimento reflete uma leitura mais cautelosa sobre o comportamento dos preços, sem alterações relevantes no cenário de atividade econômica.
De acordo com o relatório, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação, deve encerrar 2025 em 4,36%, abaixo dos 4,40% estimados na semana anterior. Já a projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2025 permaneceu em 2,25%, sinalizando estabilidade na expectativa de expansão da economia.
Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,5% e 4,5%. Mesmo com a revisão para baixo, a inflação projetada segue acima do centro da meta, mas ainda dentro do limite máximo estabelecido.
Inflação acima do centro da meta
Os preços de bens e serviços do país avançaram 0,18% em novembro, o que representa um avanço de 0,09 ponto percentual em comparação a outubro (0,09%). Em 12 meses até novembro, a inflação acumula alta de 4,46%, o que representa o estouro do centro da meta em 2025, mas valor abaixo do teto. Para 2027, o índice esperado foi mantido em 3,80%.
PIB
Segundo o Focus, o PIB do Brasil para 2025 deve ter crescimento de 2,25%, a mesma projeção da semana passada. Para 2026, a previsão de crescimento da economia foi mantida em 1,80%. Para 2027, a estimativa reduziu de 1,84% para 1,83%. Em 2024, o PIB brasileiro fechou em alta de 3,4%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Juros
Em relação à taxa básica de juros da economia, a Selic, o mercado financeiro manteve a estimativa para o fim de 2025 em 15% ao ano. Para 2026, a projeção reduziu de 12,25% para 12,13% ao ano. Para 2027, o mercado manteve a estimativa para a Selic em 10,50% ao ano. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), a Selic foi mantida em 15%. A próxima reunião do colegiado está marcada para 27 e 28 de janeiro.
A taxa básica de juros é o principal instrumento do BC para controlar a inflação. A Selic é utilizada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia.
Dólar
Os analistas consultados pelo BC mantiveram a projeção para o dólar em 2025 em R$ 5,40. Para 2026, a estimativa se manteve em R$ 5,50. Para 2027, o mercado também manteve em R$ 5,50.
No conjunto, a revisão da inflação e a manutenção das projeções para PIB, juros e câmbio tendem a influenciar as expectativas dos investidores na bolsa de valores brasileira, com impacto direto sobre ações sensíveis ao ciclo econômico, títulos públicos indexados à inflação e ao comportamento do real frente ao dólar.
Sem uma cotação específica anexada, a leitura do relatório Focus ganha relevância no contexto atual do mercado financeiro, pois ajuda a balizar decisões de alocação de recursos, precificação de ativos e estratégias de proteção diante do cenário de inflação ainda pressionada e juros elevados.
(BC)
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