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Dólar fecha em alta com Copom e Fed no centro das atenções

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O dólar teve um pregão volátil nesta quarta-feira, 10 de dezembro de 2025, dia dominado por um ambiente de cautela provocado pelo cenário eleitoral brasileiro e pelas decisões de política monetária no Brasil e nos Estados Unidos.

Ao fim da sessão, o dólar à vista terminou cotado a R$ 5,4686, alta de 0,60%, descolando-se do comportamento externo.

Enquanto o real perdia força, o índice DXY recuava 0,52% por volta das 17h, operando a 98.700 pontos e sinalizando enfraquecimento global da moeda norte-americana após a decisão do Federal Reserve. A divergência teve a influência dos fatores domésticos sobre o câmbio, especialmente a incerteza política e a expectativa pelo Copom.

Nos Estados Unidos, o Fed cortou os juros em 0,25 ponto percentual, levando a taxa para a faixa de 3,50% a 3,75% ao ano. Foi o terceiro corte consecutivo, mas novamente sem consenso: o placar de 9 a 3 representou a maior divergência interna desde 2019, evidenciando disputas sobre a intensidade do afrouxamento monetário.

As novas projeções do Fed também ganharam atenção, já que o chamado dot plot indicou apenas um corte adicional em 2026, frustração para investidores que esperavam sinais mais agressivos de flexibilização. A mensagem de Powell reforçou que a inflação ainda não está totalmente controlada e que os riscos permanecem assimétricos, sustentando incertezas sobre o ritmo futuro de cortes.

O presidente do Fed afirmou que há claros sinais de desinflação, mas ainda acima da meta, especialmente em serviços. Ele também destacou que parte dos movimentos em bens reflete efeitos tarifários. A autoridade monetária indicou que continuará recompondo reservas por meio da compra de títulos curtos, buscando estabilidade no sistema financeiro.

No Brasil, o câmbio reagiu ao IPCA de novembro, que subiu 0,18%, em linha com as estimativas, e levou a inflação acumulada em 12 meses para 4,46%, novamente dentro do intervalo de tolerância do Banco Central. A leitura mais benigna em serviços ajudou a aliviar a percepção inflacionária no curto prazo, mas não alterou a aposta majoritária de Selic estável.

Com o Copom se reunindo, o mercado manteve a expectativa de manutenção da taxa em 15% ao ano, mas buscou sinais sobre o início do ciclo de cortes em 2026. A antecipação de um eventual afrouxamento ainda divide analistas, especialmente após uma sequência de dados mais fracos da economia e da persistência de incertezas políticas.

O ambiente eleitoral também pesou no câmbio. Após o apoio de Jair Bolsonaro à candidatura de Flávio Bolsonaro, a aversão ao risco aumentou e provocou movimentos defensivos. O dólar oscilou fortemente ao longo do dia, batendo mínima de R$ 5,4195 (-0,40%) e máxima de R$ 5,4956 (+1,00%), antes de estabilizar em alta.

A busca por proteção cambial ocorreu mesmo com o recuo da moeda norte-americana no exterior. Para analistas, a preocupação do mercado está concentrada no impacto eleitoral sobre as contas públicas e na percepção de que eventuais mudanças de governo poderiam dificultar ajustes fiscais, reduzindo apetite por ativos domésticos.

O dólar futuro para janeiro também avançou, fechando em R$ 5,4900, alta de 0,53%, enquanto o fluxo cambial da semana passada mostrou entrada líquida de US$ 4,71 bilhões. Apesar disso, a sensibilidade do câmbio ao noticiário político e às decisões de juros segue elevada, com volatilidade prevista para permanecer nos próximos dias.

Por fim, a disparidade entre juros brasileiros e norte-americanos continua sendo fator relevante para o comportamento do câmbio. A manutenção de um diferencial elevado tende a sustentar o real no médio prazo, mas, com o Fed reduzindo juros e o Copom próximo de iniciar seu próprio ciclo, investidores ajustam posições à espera de maior clareza.

Este conteúdo é apenas para fins informativos e não constitui aconselhamento financeiro, de investimento ou de qualquer outra natureza profissional. Não deve ser considerado uma recomendação de compra ou venda de quaisquer valores mobiliários ou instrumentos financeiros. Todos os investimentos envolvem riscos, incluindo a potencial perda do principal. O desempenho passado não é indicativo de resultados futuros. Você deve conduzir sua própria pesquisa e consultar um consultor financeiro qualificado antes de tomar qualquer decisão de investimento. Algumas partes deste conteúdo podem ter sido geradas ou assistidas por ferramentas de inteligência artificial (IA) e revisadas por nossa equipe editorial para garantir precisão e qualidade.

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