Braskem dispara e CSN Mineração lidera quedas em dia positivo para o Ibovespa

Índice avança com apoio de blue chips, maioria das ações fecha em alta e noticiário corporativo movimenta papéis de mineração, energia e consumo.

O Ibovespa (BOV:IBOV) encerrou o pregão desta sexta-feira (19/12) em alta de 0,35%, aos 158.473 pontos, em um dia marcado por viés positivo na bolsa de valores brasileira. O movimento refletiu a combinação de desempenho firme das ações de maior peso e um fluxo comprador mais amplo, apesar de ajustes pontuais em setores ligados a commodities metálicas. No total, 51 ações do índice registraram alta, 22 encerraram em queda e 3 papéis fecharam estáveis, evidenciando um pregão de tom construtivo para o mercado financeiro local.

Entre os principais vetores de sustentação do índice estiveram os papéis de bancos, energia elétrica e consumo, além de Petrobras e Vale, que contribuíram positivamente para limitar oscilações mais negativas vindas do setor de mineração.

Maiores altas do dia no Ibovespa

O destaque positivo do pregão ficou com a Braskem (BOV:BRKM5), que saltou 6,56%, impulsionada pela repercussão positiva dos novos contratos de longo prazo firmados com a Petrobras para fornecimento de nafta, fortalecendo a previsibilidade operacional da petroquímica. Na sequência, a CVC Brasil (BOV:CVCB3) avançou 4,12%, refletindo expectativa de recuperação gradual do setor de turismo e ajustes técnicos após sessões anteriores de volatilidade. O IRB Brasil (BOV:IRBR3) subiu 2,50%, apoiado em fluxo comprador e leitura mais favorável para o setor de resseguros. A Hypera (BOV:HYPE3) ganhou 2,19%, com investidores reforçando posições no setor farmacêutico, enquanto a Vamos (BOV:VAMO3) completou o grupo das cinco maiores altas, com valorização de 1,87%, beneficiada pela percepção de demanda resiliente por locação de veículos e equipamentos.

Maiores quedas do dia no Ibovespa

Na ponta negativa, a CSN Mineração (BOV:CMIN3) liderou as perdas do índice, com queda de 4,01%, após o mercado reagir de forma cautelosa à aquisição de participação relevante na MRS Logística, operação de R$ 3,35 bilhões que levantou questionamentos sobre alocação de capital. A CSN (BOV:CSNA3) também sentiu o impacto e recuou 3,23%. Em seguida, a Cyrela (BOV:CYRE3) caiu 2,39%, em meio a ajustes no setor imobiliário. A Natura (BOV:NATU3) perdeu 2,26%, pressionada por preocupações com margens e consumo, enquanto a Porto Seguro (BOV:PSSA3) fechou em baixa de 2,19%, refletindo movimentos técnicos e realização de lucros.

Vale e Petrobras no pregão

As ações da Vale (BOV:VALE3) avançaram 0,71%, encerrando o dia a R$ 70,85, mesmo em um ambiente de volatilidade para o minério de ferro no exterior. O desempenho positivo esteve ligado mais ao fluxo doméstico e ao peso do papel no índice do que a mudanças estruturais no cenário da commodity. Já a Petrobras (BOV:PETR3) | (BOV:PETR4) teve um pregão construtivo, com alta de 0,71% nas ações ordinárias e 0,36% nas preferenciais, após a divulgação de novos contratos de fornecimento de nafta para a Braskem, reforçando a previsibilidade de receitas no segmento de refino e petroquímica.

Monitor Performance ADVFN

O investidor que deseja acompanhar, em tempo real, o ranking de desempenho das ações do Ibovespa, bem como a performance diária, semanal, mensal e anual dos papéis listados na bolsa de valores, pode utilizar o Monitor Performance ADVFN. A ferramenta permite visualizar rapidamente os destaques positivos e negativos do mercado e comparar movimentos entre diferentes períodos.

Índices de Ações da B3

Entre os índices setoriais, o destaque de alta ficou com o Índice Financeiro (BOV:IFNC), que avançou 0,40%, impulsionado principalmente pelas ações de Itaú Unibanco, Bradesco e Banco do Brasil, que tiveram desempenho majoritariamente positivo no pregão. O Índice de Utilidade Pública (BOV:UTIL) também teve bom desempenho, com alta de 0,39%, apoiado por papéis de energia elétrica como Engie Brasil e CPFL Energia.

Na ponta negativa, o Índice de Materiais Básicos (BOV:IMAT) recuou 0,45%, pressionado pelas fortes quedas de CSN, CSN Mineração e Usiminas, refletindo tanto ajustes técnicos quanto a cautela do mercado com investimentos e mudanças corporativas no setor.

Destaques Diários do Momento B3

Entre as empresas que figuraram no Momento B3, as maiores altas ficaram com Braskem, beneficiada pelos novos contratos com a Petrobras, Cogna, que avançou após anunciar dividendos intermediários, e Cemig, apoiada na divulgação de juros sobre capital próprio. Esses eventos corporativos ajudaram a sustentar o apetite comprador ao longo do dia.

Já entre as maiores baixas do noticiário corporativo, CSN Mineração se destacou negativamente após a aquisição da participação na MRS Logística, enquanto Usiminas (BOV:USIM5) caiu 1,01% após anunciar a renúncia de seu diretor financeiro, movimento que trouxe incerteza pontual sobre a governança no curto prazo.

O Momento B3 reúne diariamente os principais fatos corporativos do mercado brasileiro e pode ser acompanhado ao longo do pregão para entender como notícias e eventos impactam diretamente o desempenho das ações.

Resumo dos Eventos Corporativos do Dia

CSN Mineração (BOV:CMIN3): aprovou a aquisição de até 11,17% da MRS Logística por R$ 3,35 bilhões; o mercado reagiu negativamente, pressionando as ações.

Dexco (BOV:DXCO3): anunciou aumento de capital por capitalização de reservas, com bonificação de ações, evento visto como neutro pelo mercado.

Itaú Unibanco (BOV:ITUB4): aprovou aumento de capital de R$ 12,8 bilhões via reservas de lucros, sem impacto relevante no preço das ações no dia.

Petrobras (BOV:PETR3) | (BOV:PETR4): firmou novos contratos de fornecimento de nafta com a Braskem, contribuindo para a alta moderada dos papéis.

Usiminas (BOV:USIM5): comunicou a renúncia do diretor financeiro a partir de 2026, o que gerou cautela e queda das ações no pregão.

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