
Ibovespa Fecha em Forte Queda com Aversão a Risco Generalizada
O Ibovespa (BOV:IBOV) encerrou esta quarta-feira (17/12) em queda expressiva de 0,79%, aos 157.327,26 pontos, acumulando perda de 1.250,26 pontos no dia, após já ter recuado 2,42% na sessão anterior. O pregão foi marcado por forte aversão a risco, com investidores reduzindo exposição diante de um ambiente político e externo carregado de incertezas. O volume financeiro permaneceu elevado, refletindo o nervosismo do mercado, enquanto o contrato futuro de Ibovespa (BMF:INDFUT | BMF:WINFUT) acompanhou o movimento negativo, sinalizando cautela também para os próximos pregões.
Fiscal e Ruídos Políticos Elevam a Volatilidade no Brasil
No cenário doméstico, o desconforto com o fiscal seguiu no centro das atenções após a aprovação, no Congresso, de medidas que cortam incentivos e elevam a tributação de apostas, sem apresentar um ajuste estrutural das despesas públicas. Além disso, o chamado “fator Flávio”, ligado ao avanço do nome do filho de Jair Bolsonaro em pesquisas eleitorais, adicionou ruído político e ampliou a volatilidade, reforçando a postura defensiva dos investidores locais.
Wall Street em Queda e Geopolítica Tensa Pressionam Mercados
No exterior, o desempenho negativo de Wall Street contribuiu para o mau humor global, com destaque para a forte queda das ações da Oracle, após surgirem dúvidas sobre o financiamento de um grande projeto de data center, reacendendo temores sobre endividamento no setor de tecnologia. O ambiente internacional também foi pressionado por tensões geopolíticas, com ameaças envolvendo a Venezuela, reações mais duras da Rússia e a alta do petróleo. A expectativa pela divulgação da inflação ao consumidor nos Estados Unidos reforçou o tom defensivo dos mercados globais.
Vale e Petrobras Amenizam Queda do Índice
No mercado corporativo, os pesos-pesados ajudaram a limitar perdas mais intensas do Ibovespa. A Vale (BOV:VALE3) avançou 1,27%, enquanto a Petrobras (BOV:PETR4 | BOV:PETR3 | NYSE:PBR) subiu 1,11%, impulsionada pela valorização do petróleo no mercado internacional. Entre as maiores altas, a Brava Energia (BOV:BRAV3) saltou 3,69%, apoiada em planos de aumento de investimentos no setor de óleo e gás.
Bancos e B3 Lideram as Baixas do Dia
No lado negativo, os grandes bancos concentraram as perdas, refletindo o desconforto com o cenário fiscal e macroeconômico. Banco do Brasil (BOV:BBAS3), Bradesco (BOV:BBDC4), Itaú Unibanco (BOV:ITUB4) e Santander Brasil (BOV:SANB11) fecharam em queda. A B3 (BOV:B3SA3) também se destacou negativamente, com recuo de 3,43%. Vale, Petrobras e B3 figuraram entre as ações mais negociadas do dia, concentrando o giro financeiro do mercado.
Juros Futuros Sobem Forte e Indicam Piora na Percepção de Risco
O mercado de juros futuros apresentou um dia de forte estresse, com alta dos DIs (BMF:DI1FUT) ao longo de toda a curva. Os vencimentos de curto prazo refletiram o desconforto imediato com o fiscal e a política monetária, enquanto os contratos de médio e longo prazos subiram ainda mais, sinalizando aumento dos prêmios de risco. O movimento reforça a leitura de que o mercado segue cético em relação à trajetória das contas públicas e ao ambiente macroeconômico a partir de 2026.
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