
Estatal confirma acompanhamento da possível mudança de controle da Braskem (BRKM5) e reforça direitos de preferência e tag along previstos em acordo de acionistas
A Petróleo Brasileiro S.A. Petrobras (BOV:PETR4) informou ao mercado que está avaliando os desdobramentos do acordo firmado entre a Novonor (ex-Odebrecht) e a gestora de investimentos IG4, que prevê a transferência da participação acionária da Novonor na Braskem S.A. (BOV:BRKM5). O posicionamento foi divulgado em comunicado enviado ao mercado na noite de segunda-feira (15/12).
Segundo a estatal, o acordo de acionistas atualmente em vigor da Braskem prevê direitos de preferência e de tag along em determinadas hipóteses de transferência das ações detidas pela NSP Investimentos, holding da Novonor. A Petrobras ressaltou que irá analisar os termos e condições da potencial transação para decidir, no momento oportuno, sobre o eventual exercício desses direitos.
O movimento ocorre em um momento sensível para a Braskem, que atravessa um processo de reestruturação societária e financeira, enquanto o mercado acompanha de perto a possibilidade de mudança em seu controle acionário. A Petrobras, que já é acionista relevante da petroquímica, busca preservar seus interesses estratégicos dentro da companhia.
Além disso, a Petrobras informou que vem avaliando a celebração de um novo acordo de acionistas com as partes envolvidas, considerando as tratativas em andamento entre a Novonor e o fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC). Esse ponto indica que a estatal pode ter um papel ativo na redefinição da governança da Braskem caso a operação avance.
Pelo acordo anunciado, a IG4 adquiriu cerca de R$ 20 bilhões em créditos de bancos credores da Braskem por meio de um FIDC. Esses créditos estavam lastreados em ações da petroquímica, dadas em garantia pela Novonor às instituições financeiras. Com a operação, a Novonor se comprometeu a transferir a totalidade de suas ações ordinárias de controle da Braskem para um fundo de investimento em participações (FIP), mediante quitação parcial dessas dívidas.
Ao final da implementação da transação, um fundo assessorado pela IG4 — ou por empresa afiliada — deverá se tornar titular, direta ou indiretamente, de ações ordinárias e preferenciais da Braskem representativas de 50,111% do capital votante e 34,323% do capital total da companhia. A operação ainda está sujeita ao cumprimento de condições precedentes.
Durante o pregão desta terça-feira (16/12), as ações preferenciais da Petrobras (PETR4) operavam em queda de 1,32%, cotadas a R$ 31,28 por volta das 10h28. O papel abriu o dia a R$ 31,53, tocou a máxima de R$ 31,53 e a mínima de R$ 31,23, com volume financeiro superior a 4 milhões de ações negociadas até o momento. O movimento reflete tanto a cautela do mercado com o cenário corporativo quanto a atenção dos investidores às possíveis implicações da operação envolvendo a Braskem.
A Petróleo Brasileiro S.A. Petrobras é uma das maiores companhias integradas de energia do mundo, com atuação nos segmentos de exploração e produção, refino, transporte, comercialização de petróleo, gás natural e derivados. A companhia é referência no setor de óleo e gás na bolsa de valores brasileira e tem como principais pares empresas como Shell, BP, ExxonMobil e Chevron no cenário global.
A manifestação da Petrobras reforça que a possível mudança de controle da Braskem segue no radar do mercado e ainda pode gerar novos desdobramentos relevantes. Investidores devem acompanhar de perto os próximos passos da operação e os impactos sobre a governança das empresas envolvidas.
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