
Brent na faixa de US$ 60,20 e WTI a US$ 56,70. Greve dos petroleiros no Brasil não impacta produção global.
Os preços do petróleo encerraram a sessão desta segunda-feira, 15 de dezembro de 2025, em território negativo, acumulando uma queda de cerca de 4% na semana. O movimento reflete preocupações persistentes com o excesso de oferta no mercado global, agravadas por sinais de progresso nas negociações de cessar-fogo na Ucrânia, que poderiam resultar na suspensão de sanções e na liberação de mais petróleo russo.
O contrato futuro do Brent para fevereiro fechou na faixa de US$ 60,20 por barril, enquanto o WTI para janeiro terminou próximo de US$ 56,70. Esses níveis representam mínimas recentes, pressionados por um cenário de suprimento abundante e demanda moderada.
Analistas da Oxford Economics projetam que o Brent deve encerrar 2026 em torno de US$ 58 por barril, com uma nova queda para US$ 55 em 2027, devido a um excedente persistente superior a 2 milhões de barris por dia.
No Brasil, os petroleiros deflagraram uma greve nacional por tempo indeterminado a partir da meia-noite desta segunda-feira, coordenada pela Federação Única dos Petroleiros (FUP). As principais reivindicações incluem soluções para déficits nos planos de previdência da Petros e reajustes salariais.
Apesar da paralisação, a Petrobras informou que adotou medidas de contingência e que não houve impacto na produção de petróleo e derivados, garantindo o abastecimento normal ao mercado. As ações da companhia (BOV:PETR4) na B3 operaram de forma mista, sem reflexos significativos no preço global do barril.
Empresas independentes como PetroRio (BOV:PRIO) e 3R Petroleum acompanharam a tendência de baixa dos preços internacionais. O Itaú BBA mantém a PRIO como preferida no setor para 2026, destacando sua eficiência operacional.
Geopoliticamente, tensões entre EUA e Venezuela, incluindo relatos de ciberataques à PDVSA e apreensão de petroleiros, geraram ruído, mas não foram suficientes para contrabalançar o cenário de oferta abundante.
No front global, a ExxonMobil anunciou redução de 30% em investimentos em tecnologias de baixo carbono entre 2025 e 2030, baixando o plano de US$ 30 bilhões para US$ 20 bilhões, priorizando expansão em óleo e gás fóssil para elevar lucros até 2030.
O setor de óleo e gás enfrenta preços pressionados, mas as grandes companhias internacionais continuam focadas em eficiência e portfólios tradicionais para manter rentabilidade em um ambiente de transição energética lenta.
Em resumo, o mercado de petróleo permanece sob pressão baixista, com excesso de oferta e incertezas geopolíticas dominando o sentimento, enquanto eventos locais como a greve da Petrobras não alteram o panorama global de forma significativa.
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Resumo sobre o mercado de petróleo hoje
- Petróleo fecha em baixa: Brent US$ 60,20 | WTI US$ 56,70 (-4% na semana)
- Motivos: Excesso de oferta + progresso em cessar-fogo Ucrânia (mais óleo russo?)
- Projeções Oxford: Brent US$ 58 (2026) e US$ 55 (2027)
- Brasil: Greve nacional petroleiros inicia hoje; Petrobras diz zero impacto na produção
- Ações: PETR4 mista; PRIO e 3R caem com preços globais
- ExxonMobil: Corta 30% em investimentos baixo carbono (US$ 20 bi até 2030)
- Tensões EUA-Venezuela adicionam ruído, mas não sustentam preços
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