A saída do empresário Abilio Diniz da presidência do conselho do Grupo Pão de Açúcar (GPA) deu fim ao conflito, de pelo menos três anos, com o Grupo Casino. Após entrarem em um acordo benéfico para ambas as partes, o brasileiro anunciou, na última sexta-feira (6), que deixará o cargo 65 anos após seu pai ter fundado o Pão de Açúcar, em 1948.

O acerto entre o empresário e o Casino prevê que Abilio Diniz troque suas ações ordinárias (com voto) da Wilkes, holding de controle do Pão de Açúcar, por ações preferenciais – sem direito a voto, do Grupo Casino; na razão de 1 para 1. Diniz abre mão, ainda, dos direitos políticos que tem na empresa, se tornando apenas um acionista.

Conflito

As desavenças com o grupo francês Casino iniciaram em 2011, quando o empresário tentou fundir o Pão de Açúcar com as operações do Carrefour no Brasil. Para os franceses, era uma tentativa de impedir que assumissem o controle do GPA, como previa o acordo assinado em 2005.

O acordo assinado em 2012 manteve Diniz na presidência do Grupo, sob o cumprimento de metas, mas passou o controle da empresa para o Casino. Neste ano, a relação entre o empresário brasileiro e o Casino piorou depois que Diniz foi eleito presidente do conselho da BRF, principal fornecedora do Pão de Açúcar.

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