Itaú esclarece à CVM sobre delação de Eike
26 Março 2020 - 9:04AM
ADVFN News
O Itaú Unibanco Holding (BOV:ITUB4) prestou
esclarecimentos à Superintendência de Relações com Empresas da
Comissão de Valores Mobiliários após à informação veiculada em 24
de março no jornal O Globo pelo jornalista Lauro Jardim.
O jornalista divulgou que, em delação, o empresário Eike Batista
contou que manipulava mercado com ajuda de seis bancos.
Entre as instituições financeiras estaria o ItaúBBA, controlado
pelo Itaú Unibanco Holding (BOV:ITUB3).
O Banco esclareceu em comunicado nesta quarta, 25, após o
pregão, que não teve acesso a qualquer informação que trate de
suposta delação premiada do empresário Eike Batista nem foi
notificado por qualquer autoridade sobre o tema.
“O Itaú Unibanco enfatiza que todas as operações que realiza,
seja no mercado de capitais ou no mercado de crédito, seguem os
mais altos padrões de governança corporativa, são supervisionadas
pelas autoridades competentes e reportadas para tais autoridades.
Como não fomos informados sobre a suposta delação, não há como
divulgarmos um fato relevante ou comunicado ao mercado”,
destacou.
O Itaú também informou que a operação mencionada na suposta
delação (Notas Participativas ou “Participation Notes”), além de
ser um produto financeiro comum (trata-se de um derivativo
referenciados em ações), foi publicamente informada ao mercado por
meio de comunicados ao mercado emitidos pela companhia cujas ações
serviram de lastro do derivativo realizado.
O jornalista do O Globo reportou em sua coluna que Eike,
ex-homem mais rico do Brasil, detalhou na delação operações
irregulares com bancos no valor total de cerca de US$ 1 bilhão.
As irregularidades foram feitas num longo período – tanto no seu
auge, quando chegou a ser a sétima maior fortuna do mundo, como nos
anos de derrocada do império X.
Lauro Jardim informou que por meio de uma operação financeira
conhecida no mercado por P-notes, Eike comprava e vendia no
exterior ações do seu grupo sem se identificar. Assim, podia
fraudar e manipular o mercado, utilizar-se de inside informations e
outras irregularidades. Eike não envolveu os presidentes destes
seis bancos (JP Morgan, Goldman Sachs, BTG Pactual, ItaúBBA, Morgan
Stanley e Credit Suisse) na delação.
*Com Informações FinanceNews
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