O processo que transita junto ao Tribunal de Contas da União pedindo a suspensão da venda da participação que a Caixa Econômica Federal detém no Banco Pan (BOV:BPAN4) possui pouca ou nenhuma chance de prosperar, disseram fontes próximas de um dos ministros do tribunal.

Movido por Lucas Furtado, procurador do Ministério Público junto ao TCU, o processo representa apenas um “ruído”, disseram as fontes, que pediram anonimato para falar livremente do assunto. Em 6 de abril, o BTG Pactual anunciou a compra de 49,2% das ações ordinárias do Pan, detidas pela Caixa. A transação é estimada em R$ 3,7 bilhões.

O BTG Pactual (BOV:BPAC11) já era dono das ações ordinárias restantes do Pan. Uma das fontes disse que Furtado “mirou em um alvo, pretendendo acertar outro”: em sua denúncia, ele afirma que a Caixa está promovendo uma privatização, a qual precisaria ser discutida no Congresso, citando decisão recente do Supremo Tribunal Federal. Porém, vendas de subsidiárias ou de participações minoritárias – ambos os casos se aplicam ao Banco Pan — não precisam passar pelo Legislativo.

Uma das fontes próxima de um dos ministros do tribunal, suspeita que Furtado quer desenterrar a apuração da Polícia Federal, iniciada em 2010, sobre os motivos que levaram à Caixa a comprar participação no banco. O banco público comprou uma participação minoritária após o Pan enfrentar problemas econômicos. Há mais de uma década, a Polícia Federal viu indícios de tráfico de influência e improbidade administrativa, pois o banco estatal estaria resgatando financeiramente o empresário Silvio Santos. A investigação foi engavetada.

Procurado, o BTG afirmou que não irá se pronunciar. A Caixa diz que “confia na regularidade integral dos procedimentos adotados até o momento”.

Fonte Tradersclub

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