Aura Minerals reverte prejuízo e registra lucro de R$ 76,4 milhões influenciado pelo cobre
11 Maio 2021 - 5:09AM
ADVFN News
A Aura Minerals (BOV:AURA33) reverteu o prejuízo de R$ 78,6
milhões registrado no primeiro trimestre do ano passado (US$ 18
milhões) e apurou lucro líquido atribuível aos acionistas de R$
76,4 milhões (US$ 14 milhões) no mesmo intervalo deste ano.
A receita da companhia saltou 193%, para R$ 634,5 milhões (US$
116 milhões), no mesmo período de comparação. Essa é a maior
já registrada pela empresa em um trimestre, influenciado pelo preó
do cobre.
A companhia praticamente atingiu a meta de aumentar a capacidade
da mina mexicana em 30%, anunciada no ano passado, com produção de
100 mil toneladas por mês. Em março, o montante chegou a 99 mil
toneladas.
Somado ao preço do metal, o aumento da produção, a redução de
custos, os ganhos de eficiência e a base comparativa mais fraca
também contribuíram para um resultado melhor.
“No primeiro trimestre de 2020, os embarques de produção de ouro
ficaram parados no aeroporto e só foram vendidos no segundo
trimestre”, explicou a empresa.
Nos três primeiros meses do ano, a Aura registrou 66,8 mil onças
equivalentes de ouro (GEO). “É um quarto da nossa previsão,
significa que estamos em linha com o ‘guidance’”. Para 2021, a
companhia manteve a projeção entre 250 mil e 290 mil onças
equivalentes.
Com o preço do cobre atual, a previsão do executivo é que até o
final do ano, o guidance da companhia possa aumentar em 25 mil
onças.
VISÃO DO MERCADO
Credit Suisse
O Credit Suisse também destacou os resultados positivos da
mineradora canadense e manteve a recomendação de compra e o
preço-alvo de R$ 73 para a BDR, dando ênfase ao potencial de
crescimento que a companhia tem pela frente nos próximos anos,
podendo atingir 357 mil GEO em 2024 e até 200 mil GEO em 2020,
preservando o caixa positivo, com rendimento médio de 8% entre 2021
e 2024 em preços do ouro à vista e, consequentemente, potencial de
rendimento médio de dividendos atraente de 3% ao longo de 2021 a
2024.
XP Investimentos
A XP ressalta que fortes níveis de produção e os melhores preços
realizados de cobre levaram a um aumento na receita líquida para
US$ 116 milhões (alta de 15% no trimestre e alta de 139% na
comparação anual).
O Ebitda foi de US$ 52 milhões (em linha com a estimativa da XP
e alta de 4% na base trimestral).
A XP espera dividendos saudáveis para 2021: “vemos a Aura sendo
negociada a 3,1 vezes a relação entre o valor da empresa e o Ebitda
(EV/Ebitda) esperado para 2021 e 1,9 vez o esperado para 2024
(atingindo uma produção de 347 mil onças de ouro equivalente, na
visão da XP), abaixo de seus pares (que negociam entre 4 vezes e 5
vezes), e assumindo um preço médio de US$1.830/oz para o ouro em
2021.
“Acreditamos que a empresa esteja bem posicionada para
aproveitar os benefícios de seu plano de expansão e destravar valor
quando declarar novos recursos e reservas”, apontam os analistas,
que mantêm recomendação de compra para Aura, com preço-alvo de R$
95 por BDR.
Aura Minerals (BOV:AURA33)
Gráfico Histórico do Ativo
De Mar 2024 até Abr 2024
Aura Minerals (BOV:AURA33)
Gráfico Histórico do Ativo
De Abr 2023 até Abr 2024