Petrobras envia carta à BR Distribuidora solicitando cooperação para implementar a oferta pública secundária
14 Junho 2021 - 9:28AM
ADVFN News
A Petrobras enviou uma carta à BR Distribuidora (BOV:BRDT3)
solicitando cooperação para implementar a oferta pública secundária
(follow on) para a venda de sua participação remanescente de 37,50%
no capital social na companhia.
O comunicado foi feito pela petroleira (BOV:PETR3)
(BOV:PETR4)
na sexta-feira (11).
Segundo o fato relevante, a realização está sujeita, entre
outros fatores, às condições de mercado, à aprovação dos órgãos
internos da Petrobras, notadamente quanto ao preço, e à análise da
Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
“Esta operação está alinhada à otimização do portfólio e à
melhoria de alocação do capital da companhia, visando a geração de
valor para os seus acionistas”, aponta a empresa.
Ontem, a empresa reiterou que venderia sua participação na BR
Distribuidora por meio de um follow on. A decisão havia sido tomada
pelo conselho de administração da empresa em agosto do ano passado,
ainda na gestão do ex-presidente da petrolífera, Roberto Castello
Branco.
VISÃO DO MERCADO
Bank of America
Na visão do Bank of America (BofA) apesar das incertezas de
quando isso vai de fato acontecer, a notícia que a Petrobras vai
vender sua parcela restante de 37,5% na BR Distribuidora é positiva
para as duas empresas.
“O desinvestimento vai gerar uma contribuição material para o
programa de redução de dívida e ativos da Petrobras. Levando em
conta o preço da última sexta-feira, a venda levantaria cerca de R$
11,472 bilhões. Também cimentaria a independência da BR sobre a
estatal”, pondera o analista Frank McGann.
Destacando que apesar da pressão que os preços podem
sofrer no curto prazo com a notícia, não deve impactar a visão de
longo prazo para a distribuidora.
“Vemos importantes horizontes no médio e longo prazo com um
cenário econômico mais favorável, importantes iniciativas de corte
de custo, benefícios da sua parceria com Lojas Americanas, foco em
fortalecer sua estratégia comercial e de varejo e oportunidades no
gás e novas energias”, avalia o banco.
O Bank of America mantém recomendação de compra para BR
Distribuidora, com preço-alvo em R$ 34,00…
Credit Suisse
Os analistas do Credit Suisse destacam as principais implicações
deste acordo para a estatal: (i) a entrada de caixa no curto prazo
de US $ 2,94 bilhões (melhor do que os US$ 2,5 bilhões estimados
pelo Credit Suisse), (ii) partilha de produção (PSA) maior que
esperado, o que significa mais royalties.
O Credit enxerga a notícia como positiva para as ações, já que
essa entrada de caixa ajuda a Petrobras a atingir a meta de divida
bruta de US$ 60 bilhões acionando a nova política de dividendos
antes do final do ano de 2021, o que esperam ser um catalisador
relevante para o case.
“Os US$ 2,94 bilhões de compensação, mais potencial
desinvestimento da BR Distribuidora e a geração de caixa orgânica
para o resto do ano que pode ser superior a cerca de US$ 12 bilhões
nos faz acreditar que a Petrobras deve atingir a meta de dívida
bruta provavelmente no terceiro trimestre de 2021”, avaliam os
analistas do Credit.
Itaú BBA
O Itaú BBA avalia o acordo de coparticipação assinado pela
Petrobras está em linha com suas expectativas, de forma que não
resulta em alterações sobre suas estimativas. O Itaú BBA vê o
anúncio como positivo para a Petrobras, de US$ 14 para os papéis
PBR, cotados na sexta em US$ 11,46 na Bolsa de Nova York.
Itaú BBA mantém recomendação de compra com preço-alvo
de R$ 38,00 para os papéis PETR4…
Morgan Stanley
O Morgan Stanley destaca que a quantia a ser recebida pela
Petrobras ficou acima da expectativa do mercado. O banco presumia
US$ 1,8 bilhão em seu modelo. O Morgan Stanley
mantém recomendação equalweight (perspectiva de
valorização dentro da média do mercado) para o ADR da Petrobras PBR
negociado na Bolsa de Nova York, com preço-alvo de US$ 11.
Lucro líquido de R$ 1,17 bilhão no 1T21, revertendo
prejuízo
O lucro líquido aos
acionistas da Petrobras somou R$ 1,17 bilhão no primeiro
trimestre, após prejuízo um ano antes. O resultado foi R$ 58,7
bilhões inferior ao quarto trimestre do ano passado, refletindo o
impacto da variação cambial no resultado financeiro devido à
desvalorização do real frente ao dólar e às reversões de impairment
e dos gastos passados com o plano de saúde, ambos ocorridos no
trimestre anterior.
A receita líquida cresceu 14,2%, para
R$ 86,17 bilhões, em base de comparação anual e foi 4,9% superior
ao quarto trimestre, devido, principalmente, à valorização de 38%
nos preços do Brent.
O lucro recorrente, que desconta dos resultados eventos que
melhoraram ou pioraram o resultado da empresa e não devem se
repetir em outros períodos, somou R$ 1,45 bilhão, impactado pelo
efeito da depreciação do real sobre a dívida.
O ebitda – lucro antes de
juros, impostos, depreciação e amortização – somou R$ 49,53
bilhões, após resultado negativo de R$ 29,682 bilhões no primeiro
trimestre de 2020. Em termos ajustados – que excluem da conta
participações em investimentos, reavaliações nos preços de ativos,
resultados com desinvestimentos e realização dos resultados por
venda de participação societária -, o ebitda aumentou 30,5%, para
R$ 48,949 bilhões.
Informações Broadcast
PETROBRAS PN (BOV:PETR4)
Gráfico Histórico do Ativo
De Mar 2024 até Abr 2024
PETROBRAS PN (BOV:PETR4)
Gráfico Histórico do Ativo
De Abr 2023 até Abr 2024