O Conselho de Administração da Duratex aprovou a mudança da marca corporativa da Companhia de Duratex para Dexco e a proposta de alteração da denominação para Dexco S.A.

O fato relevante foi feito pela empresa (BOV:DTEX3) nesta quinta-feira (15). Confira o comunicado na íntegra.

Com 70 anos de história, a Duratex decidiu mudar a sua marca corporativa. Este movimento faz parte de uma jornada de transformação iniciada há alguns anos e simboliza um novo ciclo de crescimento estratégico da companhia, que visa alavancar a vantagem competitiva e possibilitar a expansão em novos negócios.

Com a Dexco e a promessa da nova marca de Viver Ambientes, a companhia também dá um passo importante na aproximação com seus clientes e consumidores. Ainda, na presente data, em evento público, a Companhia anunciou seu plano de investimentos adicionais para os próximos três anos, no valor de aproximadamente R$ 2,5 bilhões em diversos projetos.

Na Divisão Madeira, a companhia irá investir aproximadamente R$ 500,0 milhões, focando na estratégia de se tornar cada vez mais competitiva em custos. Deste valor, R$ 90,0 milhões serão em projetos de desgargalamento fabril, cujo potencial é de aumentar em 10% a capacidade de produção de painéis de madeira.

Outros R$ 180,0 milhões serão destinados a aquisição de três linhas de revestimentos de painéis, os quais irão potencializar a estratégia de diferenciação com o aumento de 45% da capacidade de revestir painéis de madeira.

Por fim, considerando a estratégia de crescimento de longo prazo, a Companhia irá investir cerca de R$ 240,0 milhões na expansão de sua base florestal na região Nordeste, através de sua subsidiária Caetex.

Na Divisão Deca serão investidos mais de R$ 1,1 bilhão, dos quais cerca de R$ 600,0 milhões serão investidos na expansão das unidades de metais, proporcionando um aumento de 35% de sua capacidade de produção.

Também serão investidos aproximadamente R$ 550,0 milhões na expansão e automação da produção de louças sanitárias, o que incrementará sua capacidade em 30%. Com estes investimentos, a Deca com tecnologia, design e exclusividade, priorizará produtos de maior valor agregado.

Na Divisão de Revestimentos Cerâmicos serão investidos aproximadamente R$ 620 milhões, sendo R$ 600 milhões destinados à construção de uma nova unidade fabril na cidade de Botucatu (SP).

Adicionando 35% na capacidade produtiva da Divisão, esta fábrica será a mais moderna do Brasil e reforçará o posicionamento das marcas Portinari e Ceusa no mercado de formatos gigantes, aumentando ainda mais a exposição na categoria high premium.

O valor remanescente de R$ 20 milhões será investido em projetos de otimização fabril de suas unidades localizadas em Santa Catarina. Ainda, em continuidade aos movimentos de aproximação com o ecossistema empreendedor, a companhia aproveita para anunciar o investimento de R$ 102,3 milhões em ações da ABC da Construção (ABC), em uma operação exclusivamente primaria, adquirindo uma participação minoritária.

Com mais de 150 lojas nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Rio de Janeiro e com excelente perspectiva de crescimento, a ABC também é pioneira na implementação da revolução digital no varejo de acabamentos e já é considerada uma das principais construtechs do país.

Com este investimento, a Companhia estreitará seu relacionamento com um parceiro com reconhecidas competências digitais, tecnológicas e de logística, aproximando-se cada vez mais de seus clientes e consumidores finais dentro da jornada de reforma, decoração e construção.

Cabe destacar que no fechamento desta operação, que ainda depende do cumprimento de condições precedentes, incluindo a aprovação do CADE – Conselho Administrativo de Defesa Econômica, será assinado um acordo de acionistas prevendo o direito da Duratex a indicar um dos cinco membros do Conselho de Administração da ABC da Construção e outros direitos protetivos de seu investimento.

A gestão ordinária dos negócios da ABC continuará de forma independente e autônoma.

A Companhia aproveita para comunicar também, que a partir do pregão de 19 de agosto de 2021 ocorrerão as seguintes mudanças no mercado de bolsa de valores administrado pela B3: o seu nome de pregão DURATEX passará a ser DEXCO e as ações de suas emissões passarão a ser negociadas sob o novo código, ticker, DXCO3, em substituição a DTEX3.

VISÃO DO MERCADO

Credit Suisse

O Credit Suisse esteve no dia do investidor da Dexco (ex-Duratex), realizado ontem, e afirmou acreditar que a companhia será uma das principais beneficiadas do ciclo de alta de vários anos da atividade de construção civil no Brasil.

Além disso, o projeto DWP da Dexco, que inicia em 2022, deve contribuir para um valor presente líquido adicional de R$ 2 a R$ 2,50 por ação, valor que o Credit acredita ainda não ter sido precificado.

“Finalmente, a alavancagem está atualmente baixa em 1,2 vez a relação dívida/ebitda e vemos cair para 0,8 vez até o fim de 2021, o que deve manter o balanço da empresa confortável para seu ciclo de investimento de R$ 2,5 bilhões”, diz o relatório.

Uma vez que acredita que a empresa está sendo negociada hoje abaixo da média histórica dos últimos cinco anos.

Ontem, durante o evento com investidores, a Duratex anunciou que está mudando sua marca para Dexco e começará a negociar sob o novo ticker DXCO3 a partir de 19 de agosto.

Além disso, a Dexco também anunciou seu plano de investimentos de R$ 2,5 bilhões a ser executado ao longo dos próximos três anos, que inclui R$ 510 milhões de investimentos em sua divisão de madeira, principalmente relacionados a novas máquinas de revestimento de madeira, a expansão da base florestal da Dexco, mais R$ 1,1 bilhão de investimentos na divisão Deca, que inclui um aumento de 35% na capacidade de produção de metais sanitários e 30% na capacidade de produção de louças sanitárias e um investimento de R$ 620 milhões na divisão de revestimentos cerâmicos, principalmente relacionado à nova planta de produção em Botucatu, que deve aumentar a capacidade desta divisão em 35%.

Além disso, a Dexco também está investindo em uma empresa brasileira chamada ABC, uma varejista de materiais de construção e também está reservando R$ 100 milhões para seu novo fundo de capital de risco.

Credit Suisse mantém a recomendação de compra com preço-alvo em R$ 27,00…

A empresa pretende divulgar os resultados do 2T21 no dia 28 de julho

Duratex (DTEX3): lucro líquido de R$ 172,7 milhões, melhor trimestre da história

A Duratex registrou lucro líquido de R$ 172,7 milhões, aumento de 232%, no primeiro trimestre, na comparação anual, para R$ 172,7 milhões. Esse é o melhor primeiro trimestre da sua história em lucro líquido, receita líquida, Ebitda ajustado recorrente e geração de caixa.

receita líquida teve expansão de 52,2%, para R$ 1,7 bilhão, puxada por reajustes de preços e aumentos de volumes. A receita originada do mercado externo cresceu 60,5%, para R$ 353,5 milhões.

De janeiro a março, os investimentos da Duratex somaram R$ 132,4 milhões – R$ 84,5 milhões foram em ativos imobilizados e R$ 47,9 milhões para formação de ativo biológico.

Ebitda – juros, impostos, depreciação e amortização – teve alta de 74,4%, para R$ 464,6 milhões. Já o Ebitda ajustado recorrente cresceu 126%, para R$ 495,9 milhões, como consequência dos altos níveis de utilização da capacidade, de ganhos em produtividade e de reajustes de preços. A margem do Ebitda ajustado e recorrente passou de 18,9%, no primeiro trimestre de 2020, para 28%.

Na divisão madeira, a Duratex registrou recorde do Ebitda ajustado e recorrente de R$ 375,9 milhões, 158% superior ao do mesmo período do ano passado. Na Deca, o indicador cresceu 71,6%, para R$ 65 milhões e, na divisão Revestimentos Cerâmicos, aumentou 53,8%, para R$ 54,9 milhões.