Vale reinicia processo de licenciamento ambiental para seu antigo projeto Apolo
24 Novembro 2021 - 10:00AM
ADVFN News
A mineradora Vale reiniciou o processo de
licenciamento ambiental para seu antigo projeto Apolo, entre as
cidades de Caeté e Santa Bárbara, em Minas
Gerais, após uma profunda revisão do plano original, que
permitiu uma redução de impactos ambientais, conforme apresentação
da empresa.
O comunicado foi feito pela mineradora (BOV:VALE3) nesta
quarta-feira (24).
Com capacidade para produzir 14 milhões de toneladas por ano e
vida útil de 29 anos, o cronograma do Projeto Apolo Novo Conceito
prevê conquistar a licença para iniciar operações em 2028, segundo
documento da empresa apresentado à
Assembleia Legislativa de Minas Gerais nesta terça-feira.
No mais novo plano, a companhia dispensará o uso de barragens e
contará com uma usina e um novo ramal ferroviário de 8 km de
comprimento, que será conectado à Estrada de Ferro Vitória-Minas
(EFVM).
A empresa protocolou em setembro junto ao Estado mineiro o novo
Estudo e Relatório de Impacto Ambiental (EIA/Rima) para a retomada
do licenciamento.
A expectativa da empresa é obter a licença prévia em 2023,
seguida da licença de instalação em 2024.
O empreendimento deve gerar cerca de 2.600 empregos temporários
no pico das obras.
Já na fase de operação, serão cerca de 2.800 vagas de trabalho,
sendo 740 empregos diretos (entre próprios e terceiros) e 2.100
indiretos e induzidos.
Ainda durante a operação, estima-se a movimentação de cerca de
138 milhões de reais em massa salarial anualmente, além de uma
adição de 151 milhões de reais em impostos (CFEM e TRFM) por
ano.
Novo Conceito
O empreendimento, que teve seu licenciamento original iniciado
em 2009, passou por diversas revisões para atender mudanças na
legislação e solicitações da sociedade civil, conforme destacou a
Vale em email à Reuters.
Além da eliminação do uso de barragens, a versão remodelada
também traz reduções significativas na área do projeto, no consumo
de água e na emissão de carbono, ressaltou a empresa.
“O novo Projeto Apolo ocupa uma área 32% menor do que a proposta
inicial de 2009, passando de 2.000 hectares para 1.368 hectares”,
disse a empresa, por email.
“A área do empreendimento também não interfere com os limites do
Parque Nacional da Serra do Gandarela, criado em 2014 com uma área
de 31.270 hectares, dos quais cerca de 15.000 hectares estão em
processo de possível doação pela Vale para
o ICMBio.”
O consumo de água reduziu em cerca de 95% devido ao
processamento a seco do minério de ferro. Atualmente, a necessidade
do insumo para o projeto está prevista em aproximadamente 100 m³/h,
contra 1.900 m³/h estimados em 2009.
Para aumentar as condições de segurança e reduzir a emissão de
gás carbônico na atmosfera, serão utilizados caminhões autônomos na
área de lavra para transporte do minério.
Apresentações do novo conceito a comunidades vizinhas foram
iniciadas em julho, segundo a empresa, ao frisar que manterá o
relacionamento com esses grupos, além de outros setores da
sociedade civil, para esclarecimento de dúvidas e discussão de
soluções relacionadas ao projeto.
Informações Reuters
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