A Dexco – fabricante de louças e
metais sanitários, revestimentos cerâmicos e painéis de madeira
– reportou lucro líquido de R$ 169,2 milhões
no segundo trimestre, valor 76,4% menor do que no mesmo período de
2021.
O lucro líquido recorrente foi de R$ 202,9 milhões, queda de
19,2% ante o segundo trimestre do ano passado.
A receita líquida consolidada, por sua vez,
subiu 12,1%, para R$ 2,213 bilhões no 2T22, contra R$ 1,974 bilhão
do 2T21, explicada principalmente pela manutenção dos preços e
melhora de seu mix de produtos, fatores estes suficientes para
compensar a retração das vendas sofrida no período.
O resultado é explicado principalmente pela manutenção dos
preços e melhora de seu mix de produtos, fatores estes suficientes
para compensar a retração das vendas sofrida no período. Com este
resultado, a Companhia finalizou o semestre com o aumento de 16,1%
de sua Receita Líquida, quando comparado ao primeiro semestre de
2021.
O ebitda – lucro antes de juros,
impostos, depreciação e amortização – somou R$ 561,8 milhões,
queda de 48,2% sobre o segundo trimestre de 2021. O Ebitda ajustado
e recorrente atingiu R$ 446,247 milhões, queda de 10,8% na mesma
base de comparação anual. A margem encolheu 5,1 pontos porcentuais,
para 20,2%.
O Ebitda ajustado e recorrente não conta os resultados da
recém-inaugurada Divisão de Celulose Solúvel, apurada na linha de
“evento não recorrente”. No trimestre, ela gerou um efeito negativo
de R$ 30,6 milhões.
A Divisão Madeira encerrou o semestre com ebitda ajustado e
Recorrente de R$ 619,3 milhões, 12,6% abaixo do mesmo período de
2021. Reforçando a estratégia de diferenciação, no semestre já
foram investidos R$ 51,7 milhões no projeto de desgargalamento
fabril, na aquisição de equipamentos para expansão da capacidade de
revestimento de painéis e aumento da base florestal no
Nordeste.
A Divisão Deca passou a representar 25,3% do resultado da
Companhia, a pressão nos custos da Divisão Madeira decorrente do
forte aumento do preço da ureia e do frete nacional e
internacional, fez com que a Dexco finalizasse o segundo trimestre
com ebitda ajustado e recorrente de R$ 446,3 milhões, 10,8% abaixo
do segundo trimestre de 2021. Todavia, no semestre, esta queda foi
parcialmente compensada pelos fortes resultados reportados no
primeiro trimestre do ano, resultando em um ebitda ajustado e
recorrente de R$ 949,9 milhões, apenas 4,6% abaixo do primeiro
semestre de 2021. Com este resultado, a Dexco reforça sua mudança
de patamar de resultados, advinda do processo de transformação
realizado nos últimos 7 anos, demonstrando assim sua resiliência em
meio a um cenário econômico adverso.
Segundo dados da ABRAMAT, o faturamento bruto e
deflacionado da indústria de materiais de construção apresentou
média de queda de 6,9% e 8,5% na mesma comparação.
Já o mercado de Revestimentos Cerâmicos encerrou o trimestre com
retração de 13,3% nos volumes vendidos e utilização da indústria em
85,0%, enquanto no semestre esta queda foi de 12,4%, conforme dados
da Associação Nacional dos Fabricantes de Cerâmica para
Revestimentos (ANFACER). A Divisão de Revestimentos da Dexco
apresentou queda levemente acima do mercado no semestre, devido a
uma maior retração nas vendas do canal varejo, mesmo com aumento
das vendas no mercado externo. Todavia, os repasses de preço e a
eficiente gestão de custos sustentaram o ebitda ajustado e
recorrente em R$ 73,1 milhões no trimestre e em R$ 145,3 milhões no
primeiro semestre.
Já o retorno sobre patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês)
atingiu 12% entre abril e junho deste ano, despencando 41,7 pontos
percentuais (p.p.) na comparação com a mesma etapa do ano passado.
O ROE recorrente, por sua vez, caiu 4,4 p.p., de 18,8% para
14,4%.
O lucro bruto atingiu a cifra de R$ 775,7 milhões no segundo
trimestre de 2022, um aumento de 7,7% na comparação com igual etapa
de 2021. A margem bruta foi de 35% no 2T22, baixa de 1,5 p.p.
frente a margem do 2T21.
As despesas com
vendas apresentaram alta de 57,8% na
comparação trimestral e 66,1% na semestral, devido a retomada dos
eventos presenciais, como Feira Revestir e CasaCor, aliado ao maior
dispêndio com marketing e retomada das viagens. Além disso,
notou-se um aumento nas exportações, que representam cerca de 14,0%
das vendas da Divisão.
As despesas gerais e administrativas pro
forma encerraram o segundo trimestre em R$ 77,5 milhões, 31,4%
acima do 2T21, enquanto no semestre este valor foi de R$ 151,3
milhões, 31,5% maior que o 1S21.
O foco da Companhia em digitalização e automação de processos
foi o principal responsável por este aumento, porém com o objetivo
de aumentar significativamente a produtividade e eficiência do time
Dexco e, consequentemente, otimizar seus gastos futuros nessa
frente. Além disso, a retomada das atividades presenciais levou ao
aumento das despesas com viagens, as quais não ocorreram em 2021,
tampouco no 1T22, o que justifica a alta dessas despesas na
comparação sequencial.
O resultado financeiro pro forma foi negativo em R$ 94,4
milhões. A trajetória de alta da taxa básica de juros nos últimos
doze meses, que tem reflexo direto nos encargos financeiros da
Companhia, levou à uma despesa adicional de R$ 67 milhões em
relação ao 2T21.
A Dexco apresentou uma melhora de R$ 13,8 milhões no resultado
financeiro do 2º trimestre de 2022 frente ao 1º trimestre deste
mesmo ano. Essa melhora se deve ao ganho de variação cambial de
cerca de R$ 46,3 milhões de reais, apesar de ser consumido em parte
por uma despesa de financiamento adicional de R$ 31,3 milhões de
reais quando comparados os mesmos períodos.
A Companhia finalizou o segundo trimestre do ano com o
endividamento consolidado de R$ 5.650,9 milhões e Dívida Líquida de
R$ 3.689,3 milhões.
O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida
líquida/Ebitda ajustado, ficou em 1,72 vez em junho/22, alta de
0,81 vez em relação ao mesmo período de 2021.
Em relação ao 1T22, houve um aumento nominal de R$ 429,4 milhões
do Endividamento Líquido, explicado principalmente pelo maior
consumo de caixa no período, em meio aos investimentos em projetos
de expansão. Estes efeitos, junto à leve retração dos resultados
dos últimos doze meses, levaram ao aumento da alavancagem, que
encerrou o período em 1,7x Dívida Líquida/ebitda Ajustado e
Recorrente, ainda em patamares baixos.
Os resultados da Dexco (BOV:DXCO3) referentes suas operações
do segundo trimestre de 2022 foram divulgados no dia
27/07/2022. Confira o Press Release completo!
* Com informações da ADVFN, RI das empresas, Infomoney, Estadão,
Reuters
Dexco ON (BOV:DXCO3)
Gráfico Histórico do Ativo
De Dez 2024 até Jan 2025
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Gráfico Histórico do Ativo
De Jan 2024 até Jan 2025