A Braskem reportou queda de 17% nas exportações do terceiro trimestre de 2022, conforme relatório encaminhado ao mercado.

O comunicado foi feito pela companhia (BOV:BRKM5) na sexta-feira (21).

A taxa média de utilização das centrais petroquímicas aumento 5 pontos percentuais no 3T22 em relação ao 2T22, explicado pelo processo de retomada das operações após parada programada de manutenção na central petroquímica do Rio Grande do Sul e na planta de PVC Alagoas, que havia impactado a taxa de utilização da central petroquímica da Bahia. Na comparação com o 3T21, a taxa de utilização se manteve em linha.

As vendas de resinas da Braskem no Brasil no terceiro trimestre ficaram quase estáveis em relação a um ano antes, enquanto as de polipropileno (PP) nos Estados Unidos e na Europa caíram, refletindo menor demanda, informou a petroquímica.

Segundo a companhia, a taxa média de uso de suas centrais no Brasil foi de 79% de julho a setembro, estável ano a ano e alta de 5 pontos percentuais na base sequencial, com a retomada das operações após paradas no Rio Grande do Sul, em Alagoas, que havia impactado a central da Bahia.

Nos Estados Unidos, a taxa média de uso das centrais de 74% mostrou queda de 7 pontos na base sequencial e de 20 pontos ano a ano. Na Europa, o índice de 78% foi quase estável sobre o trimestre anterior e 14 pontos menor ano a ano. Em ambos os casos, a queda no comparativo anual refletiu menor demanda.

A venda de resinas da Braskem no Brasil no terceiro trimestre subiu 2% sequencialmente com “maior disponibilidade de produto para venda”, e ficou estável ano a ano. Mas as exportações caíram 18% sobre o segundo trimestre e 17% contra mesma etapa de 2021.

Nos EUA, as vendas de PP da Braskem no trimestre caíram 19% na base sequencial e 14% ano a ano. Na Europa, houve aumento de 8% sobre o trimestre anterior, mas queda de 7% sobre julho a setembro do ano passado.

VISÃO DO MERCADO

JP Morgan

O JPMorgan apontou que os volumes de vendas da Braskem no 3T22 decepcionaram as estimativas do banco, apesar das vendas mais fortes da Europa no trimestre. Brasil, México e EUA foram os principais motivos para números de produção abaixo de suas expectativas.

Três pontos de destaque no Brasil, as vendas de resinas caíram 9,1%, impactadas pela queda de 18% nas exportações na base trimestral; as vendas do México foram impactadas pela reposição do estoque da Braskem Idesa (-14,3% abaixo da projeção do JP); e as vendas nos EUA também ficaram 5,7% abaixo de suas estimativas devido à menor demanda e disponibilidade de produtos. A surpresa positiva veio da Europa, com volumes 5,6% acima das projeções do JP.

UBS BB 

O banco UBS destaca que tirando vendas de resinas no Brasil, apoiadas em sazonalidade, as outras unidades da companhia apresentaram retração na demanda.

Os analistas Luiz Carvalho, Tasso Vasconcellos e Matheus Enfeldt escrevem que houve uma normalização acelerada dos spreads, o que deve gerar um Ebitda de US$ 416 milhões no trimestre, queda de 48% sobre junho.

As perspectivas de médio e longo prazo da Braskem não são alteradas após a prévia operacional, afirma o banco, destacando que no curto e médio prazo notícias envolvendo a venda da empresa pela Petrobras e Novonor devem continuar movimento as ações.

UBS BB tem recomendação de compra com preço-alvo em R$ 50,00…

Informações Infomoney

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